sexta-feira, maio 30, 2008

This is the main title





O último truque que fiz...

...Saí de casa com uma varinha mágica (escondida no sobretudo que me agasalhava naquela noite de Inverno, com a intenção de desvendá-la a meio da noite, na surpresa de uma conversa...)!
Passado algum tempo comecei a sentir uma comichão insuportável...

Na verdade os brilhantes da varinha tinham-se entranhado no meu peito...
Depois constatei ainda que aquilo não saía nem por nada, adiquirindo o reforço de umas borbulhinhas em contornos de estrela que davam azo a qualquer coisa parecida com uma alergia!

A varinha foi para o lixo e quem me visse na discoteca com uma estrela no peito ( Ok...prefiro não incorrer sobre os pensamentos que causei:S!)

Bem, e este foi o último truque que fiz ( ou melhor: que quis fazer)....
....e não correu lá muito bem!

Apesar de tudo existe sempre quem tenha o condão de nos fazer aproximar dos nossos desejos, sem qualquer tipo de truque!

Mas continuo a achar que a ideia era bem gira!

Moral da história:
1- Abolir os decotes do meu vestuário!
2- Nunca mais comprar nada nos chineses!
3- A utilizar uma varinha mágica que seja a da cozinha!

Começa a festa

Começa a festa da música na grande capital!

Leva-se o "azul bebé" para cuidar do que vai caindo do céu!
Junta-se a malta, daqui e dali... a festa dos encontros, dos anos que passam, da distância que separa o abraço físico... é bom sentir esta ansiedade de aproveitar tudo isto.

Sentir também a busca de uma paz mais "segura", de sentir o chão que se pisa sem buracos traiçoeiros... deixar que o tempo se torne longo e prolongar os tempos de conversa, de bem-estar, de estar!!

Ansiar a confusão, a fuga de tudo e... a desejar encontrar algo mais!!


BORA PA ESTRADA!!!

"Azul bebé" é a palavra de ordem, o resto? é conversa... =)
é conversa...lolol!

sexta-feira, maio 23, 2008

Ao ligar a televisão deparei-me com um diálogo (numa série) que já ia a meio:

“Ainda não chegámos ao patamar de dizer sempre a verdade!
Tem que haver alguma censura para já…
Depois, lá chegaremos…”

Estou presa à ideia de que uma relação genuína exige honestidade pura sem deixar espaço para omissões. Requer a imposição da meta-comunicação , vulgo “dizer aquilo que se pensa” (a seguir, quando utilizar a palavra verdade quero com isso representar “aquilo que se realmente pensa”)!

Mas… muitas vezes ansiamos alcançar a “verdade” demasiado depressa e transpomos etapas…
Não devemos começar os primórdios de uma relação com um enaltecimento ou dureza da “verdade”…
A “verdade” tem que ser sempre algo que se conquista…
Porque, só depois de conquistada consegue-se lidar com ela de maneira construtiva.
Antes da fase da “verdade sem restrições” é necessário abater lentamente resistências e criarem-se oportunidades para as tentativas de adivinhar a “verdade”, das omissões que depois darão lugar a surpresas inesperadas ou descobertas imprevisíveis…



Talvez isso seja a condição necessária para um enamoramento que prende as relações para a posteridade, testando aquilo que conseguimos “ouvir” no que não foi dito!
A habituação, a desenvoltura de considerar o que o outro lado tem “lá” escondido ou o que o outro quererá dizer…
No entanto, numa fase posterior das relações, se a honestidade sincera não imperar parece-me a mim que algo vai mal…

E a paciência para se chegar à fase da verdade também é algo bem difícil…
E ainda mais difícil, perceber perspicazmente a altura certa para mudarmos para essa fase da relação…

Numa relação é o esperado que nos dá estabilidade mas também sabemos que é o inesperado que é capaz de mudar a nossa vida!
E a vida pressupõe mudanças para poder ser fascinante!

O que (ou de que é) que vale a pena esperar na vida?

Uma das opções de resposta será a “verdade” das relações!

quinta-feira, maio 22, 2008

A poucas horas de "fechar"


Mais um ano, mais uma experiência, mais 25 sorrisos maravilhosos que encheram os meus dias e me criaram um mundinho TÃO especial e que já começo a fazer "recordação". Tenho 25 amigos, pequenotes mas tão especiais que custa mesmo falar deles sem sentir a lágrima a ficar irrequieta no olhar... Fica então o final de parte de uma etapa que fará em mim um passo em frente, uma fase de crescimento e aprendizagem espantosos!






Criança

é saber ensinar aos crescidos que nunca cresceram realmente.

é explicar que se pode olhar a vida como criança.

é saber brincar sem vergonha, sem medo.

é aprender a brincar com a vida e com as outras crianças.

é ler uma história em conjunto.

é fazer birra pela comida e pelo bibe.

é saber dar gargalhadas com os outros.

é chorar quando acha que não é justo.

é fazer queixinhas de vez em quando.

é querer aprender e crescer.

é curiosidade a saltar pelos olhos e pelas mãos.

é acolher o crescido que julga saber muito mas que, na realidade, só sabe ser crescido.

é ser importante para alguém.

é ser amada e saber que há quem cuida de nós.

é ser rei e rainha no país do faz de conta.

é ser sol num dia de tempestade.

é ser mundo!

É ser como cada um de vocês… pequenos professores do lado mais colorido da vida.

É ser… apenas e somente CRIANÇA!

Ana



quarta-feira, maio 21, 2008

E se eu disser...




















que me apetece fugir?!

Balançar




Porque quem me conhece sabe como gosto de Mafalda Veiga.

A minha neguinha mandou-me este link a dizer que a fazia lembrar de mim... só nós sabemos porquê!
Fica aqui para ouvir!!

"fim de um dia cansada, à mesa do «café» de sempre"

domingo, maio 18, 2008

Deixei-me levar...

José Saramago disse um dia:
"Deixa-te levar pela criança que foste!"
E isso vai ser a epígrafe do seu "Livro das Tentações" (ele até costuma dizer que a substância dos seus livros está na epígrafe e no título, o resto não vale a pena ler).
Neste livro das tentações, vai falar da sua infância. O mundo apresenta-se aos olhos de uma criança como uma grande tentação, a tentação de que há qualquer coisa fora de nós e que nós não sabemos!
Diz ainda:
"A minha vida foi sempre uma vida muito banal, não me aconteceu nada de muito importante. O que aconteceram foram coisas banais a que eu dei importância, sei lá uma noite, um amanhecer, um rio, um barco, essas coisas, tudo coisas de todos nós, podem de facto transformar-se em elementos quase de "formação espiritual".
Um dia José Saramago juntou-se a Sebastião Salgado:




Eu apenas sublinho!

terça-feira, maio 13, 2008

frase que ficou





You have the love you need right in front of you

Lenny Kravitz, "I'll be waiting"

Hello stranger!




Já dizia o filme (Closer):
“Hello Stranger”
E deixava ecoar todo um clima enigmático…

Momentos em que nos “apaixonamos” por estranhos…
Momentos em que estranhamos as pessoas por quem somos “apaixonados”…
Reconhecemo-nos nestes momentos paradoxais!

Encontrar alguém nada estranho no meio da multidão…
Estranho!





“Hello Stranger” – faz-se ecoar cá dentro…
… quando por vezes nos cumprimentamos a nós próprios…
…quando desbravamos espaços entre nós…
…quando desvendamos enigmas numa transparência espontânea…


Secretamente todos esperamos a razão do poeta, quando dizia: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se!”

E aí compreendemos porque o título do filme é “Perto demais” quando a cena fundamental começa com o simples:
“Olá estranho!”…

Dou ênfase ao segundo 28 do trailer:







“intimacy is a lie we tell ourselves”

???

Última noite... acabou a queima! II

A estrada parecia longa... perdi a noção do caminho que percorria! Centrava-me apenas na conversa e a tentar controlar a força na condução. Não sei a velocidade, não sei quanto tempo demorou... mas foi um tempo!
Parecia tudo tão reticente a sair de cada gesto e movimento da boca que quase soletrava palavras... senti-me a disparar algumas mais apressadas mas... sinceramente bem ditas!
Por momentos sentia que aquele momento tinha que terminar apenas quando fosse o momento... senti-me a recuar num tempo e a querer avançar noutro... queria procurar algo e... nem precisei de muito para sentir um "tum tum" acelerado por dentro... pouco depois do carro parar e surgir conversa!
Queria entender mal mas tudo me abanava por dentro para que tivesse que entender "assim mesmo!".
Um tom de voz baixo, um olhar fixo no nada de um chão coberto de terra do parque, dentro de um carro cheio de pó e ... com espaço para o que tinha dentro, e nada mais que "aquilo que tinha dentro". As palavras soaram-me durante muito tempo... ecoaram e permaneciam! O silêncio tanto me disse ...

Saudades...
Não apenas isso mas... saudades...

Tudo passou quando um ar cansado se aproximava e dava sinal de que ... acabou por aqui!
Liguei o carro, soltou-se o abraço que queria ficar e... ficou ali, tudo o que faltava ser dito, sentido, falado, explicado... ficou ali, preso por um fio... TUDO!!

Cheguei a casa e...

Mensagem...
... saudades ...


adormeci de cansaço e com tudo a ecoar, novamente, ... repetidamente...

Última noite... acabou a queima!


Madrugada... mo amanhecer espreitava!

Via-se ao longe clarear! Um dia longo, uma noite calma, tranquila...das melhores!
Olhares cruzados, mil caras, uma multidão e música. Seguia uma e outra, depois outra...
Jantar tardio com fogo de artifício e um caminho até ao parque onde estava tudo: pessoas, música, capas negras, cartolas, ... tanto e tanta coisa!
Uma noite com risos, conversas, abraços, desabafos, amigos, amigas, um copo, uma dança, um riso, um entrelaçar de dedos, mensagens a circular... tão cheia de tudo! "onde tás?"; "bora pas barracas dançar um pouco?"; "vamos dançar para o balcão?!", um foto aqui, outra acoli... tão calma e tão boa, mesmo depois de acumular o sono que pesava nos olhos como duas pedras da calçada que teimavam em querer cair pelo chão.

Há vontades que tiram o sono, ou pelo menos o seguram bem firme. Há momentos que nos tiram as palavras; há alturas em que hesitamos agir; há alturas em que esperamos a acção de alguém; alturas em que o que era confuso parece claro... por palavras, por um gesto leve e tão amedrontado, uma palavra de olhar fixo e brilho no olhar... há alturas em que tudo é tão certo e só não o é porque ... não se quer, não se consegue... porque... não sei!

O que passou...

O tempo, simplesmente, passou a voar!
Noites longas, manhãs demasiado claras e luminosas para olhos de uma pequena menina.
O tempo, simplesmente, deixou que tudo fosse passando depressinha e sem avisar quando estava a chegar mesmo ao fim.
Encontrei uma menina a fugir com o pensamento de que, aos poucos, as coisas vão passando sem perguntarem se podem, a fugir da lágrima de saudade dos tempos que teimam em ser recordações para sempre e das pessoas que passam na vida das pessoas quando são "morceguinhos" com livros e um curso...


Um dia tudo acaba... para recomeçar noutro lado!

Recomeçar ou mesmo começar!
A vida dá voltas e voltas! Foram lágrimas, foram cortejos, trabalhos, noitadas de trabalhos, dores de cabeça, momentos de desespero, praia, risota... tanta, tanta coisa que só o coração e "nós" é que sabemos.
Dou por mim a divagar um pouco por estes anos e... foram tão intensos
mas... acabaram depressa demais! Já sinto saudades do que ainda não acabou mas me faz sentir já uma saudade funda e uma lágrima quente, do coração.

Noites agitadas, um copo aqui, uma dor nos pés ali; "bora pas tendas!" "vamos ver o concerto", uma dança mais atrevida, um sorriso de gozo com o palhaço do lado... uma cartola e mil histórias para contar! Travessuras e aventuras... simplesmente deliciosas e apetitosas de lembrar e recontar, recordar à volta de uma mesa de corações derretidos por tudo o que já passou!

Saudades... é o que fica agora que a recta final se
torna tão próxima e parece estar quase a cair em cima da cabeça!

Bom... pela vida que corre, que anda em frente apesar dos imprevistos e surpresas;
Mau... pela saudade e vontade de guardar cada momento a cada dia, vontade de viver "pra sempre" assim, neste mundinho de 11 e outros tantos :,)

Ficamos por aqui e agora... a luta maior virá!

domingo, maio 04, 2008

Até onde...


às vezes pergunto-me: até onde vai, realmente, a preocupação das pessoas?
Parece que só quando acontece alguma coisa um pouco mais fora do comum se tornam em "mães galinhas" mas depois de passar a situação... a despreocupação instala-se e espera-se por uma próxima vez para "re-preocupar" ...

Porquê? Somos seres estranhos...


às vezes pergunto-me: até onde vai a capacidade de seguir o que se sente se medo do que possa vir de mau? Até onde a capacidade de lidar com os sentimentos de dentro e dos outros por nós? Até onde as pessoas são capazes de dizer realmente o que sentem, o que querem... porque realmente querem?

Porquê? Magoam-se pessoas e magoa-se a própria alma com decisões inexplicáveis à própria explicação.



às vezes pergunto-me: até onde vou conseguir chegar (assim)?

A resposta é sempre a mesma "não sei!"


Até onde sou capaz de saber o que quero...
até ao ponto de passar uma noite inteira a dizer "eu só queria ser feliz!"

Mesmo a calhar




Eu sou uma alma nova, eu vim até esse mundo estranho,
esperando
Que eu pudesse aprender um pouco sobre dar e receber
Mas desde que eu vim para cá, senti a alegria e o
medo
Percebo que estou cometendo todos os erros possíveis.

la-la-la-la-la-la-la-la...

Eu sou uma alma jovem nesse mundo tão estranho
Esperando que eu pudesse aprender o que é verdadeiro
e
falso
Mas por que não?
Por favor
Tentando me comunicar
Descobrindo que o amor não é sempre fácil de se fazer

la-la-la-la-la-la-la-la...

Isso é um final feliz porque
Você não entende
Tudo que você fez
Por que está tudo tão errado?

Isso é um final feliz
Venha e me dê sua mão
Eu te levarei para longe

Eu sou uma alma nova,
Eu vim até esse mundo estranho,
esperando que eu pudesse aprender um pouco sobre dar e
receber
Mas desde que eu vim para cá,
Senti a alegria e o medo
Percebo que estou cometendo todos os erros possíveis.




Recebi, curiosamente, esta música na caixa de e-mail...
Já conhecia mas aperceber-me da letra...ainda não tinha parado, só tinha ouvido o ritmo animado e encorajador da música. Depois disto... há tanto a fazer sentido!

Obrigada por este mimo, gémea!*

quinta-feira, maio 01, 2008

Deixa (eu) ver (sua) alma!

“Acredito realmente que se há algum Deus, ele não se encontra em nenhum de nós; nem em ti, nem em mim, mas simplesmente no espaço entre nós. Se há algo de mágico no mundo, deve estar no esforço de compreender outro alguém, de partilhar algo. Mesmo sendo quase impossível consegui-lo, mas que importa, a resposta deve estar nessa tentativa.”

Antes do amanhecer de Richard Linklater











Bem de leve...
Abre-se a válvula...
Deixa-se tocar a alma...

Devagar... simples....
A alma pousa...


Fique sim…LIVRE!

Gosto mesmo de ver (ou será tocar?) almas todos os dias!
E fazer disso uma profissão? =)