terça-feira, setembro 30, 2008

Nuno Ricardo

Já lá vão os tempos do Euro 2004 em que eu e a minha irmã decidimos que a ter um filho Homem que fosse Nuno Ricardo!

Esta teoria parece-nos naturalmente bastante razoável por várias ordens de razão. Se nos debruçarmos cuidadosamente sobre os nomes do plantel da selecção nacional 2004 podemos descobrir o NUNO Gomes, o NUNO Valente e o NUNO (Manique), depois vislumbramos o RICARDO (guarda-redes) e ainda o RICARDO Carvalho. Tendo em conta o nosso apelido (Costa), futuramente herdado pelo promissor rebento, alcançamos ainda mais elementos da equipa, nomeadamente o Costinha e o Rui Costa.

E não é que a soma de todos estes nomes perfaz o belíssimo número 7 (vestido pelo Figo) e existente na camisola do Cristiano Ronaldo depois do 1.
Nuno Ricardo Costa (que abarca denominadores comuns de não menos do que 9 elementos do futebol na prestação nacional de 2004) parece-nos então um bom presságio para um percurso futebolístico de sucesso.
Parece-nos a nós que qualquer pessoa que queira singrar no mundo deve muito ao seu nome. Se repararmos não existe nenhuma cantora pimba com um nome menos pomposo do que Cátia Vanessa (senão vejamos Rute Marlene)!
Dada a crise económica parece-me então uma boa reflexão a partilhar… Porque parece-me a mim que o Futebol nunca entrará em decadência monetária…

A ter um filho homem que seja Nuno Ricardo!

sábado, setembro 27, 2008

Passa/Vira(gem)


Passar por uma rua cheia de gente em que nada nem ninguém é conhecido.
Virar a esquina e não encontrar nada de novo.

Passar os olhos num livro, meio à pressa, sem grande atenção e esquecer em que mergulhou o olhar.
Virar cada página com atenção
e pormenor, sem que nada passe adiante sem ser visto... e fica na memória.

Difícil entender o que realmente é passar ou virar quando não se encontra o verdadeiro contexto das palavras, da situação e dos sentimentos que assaltam o
momentos exacto do momento.

Virar parece ser mais inesperado, haver uma quebra que pode surpreender... virar do branco para o preto; virar uma página para um novo capítulo ou para continuar a história que ficou na página que fica para trás.

Passar... parece contínuo, mais pensado e demorado, ainda que posso ser guardado mas... parece tão mais lento e cuidado, menos agressivo e faseado, sem cortes... contínuo... contínuo... um passo de cada vez, em que se pode olhar para trás e ver o caminho que foi feito...

Há coisas que passam, outras que viram! Não sei que momento será... de passagem ou de viragem...

Por enquanto... é passando a viragem do crescer sem se perguntar "já está na hora?"

Passa e vira, vira e passa... e o tempo, enquanto passamos e viramos... VOA!


quinta-feira, setembro 25, 2008

Quando surgem catástrofes sequenciais (ou não)....




... eu espero sempre um beijo antes de adormecer...

domingo, setembro 21, 2008

"Entre palavras sem cor"


Perderam-se as cores...
O pincel que conseguia desenhar cada traço de palavras deixou de mexer... deitou-se na mesa, misturado com a água, os panos, as telas e os lápis de traçar...
As palavras saem simplesmente, sem cor, sem conseguir que a tela saia do traço simples e comum de uma criança a iniciar a arte de falar pelo desenho.

As pessoas que deitam as palavras coloridas nem sempre conseguem desenhar de acordo com o momento, nem sempre têm a inspiração para isso, nem sempre podem pintar nos quadros de quem as rodeia. Podem desenhar sem que se veja no momento e, resta esperar para saber quando se consegue ver a obra de arte que foi "talhada" bem na frente dos olhos.

As palavras flutuam à volta do corpo mas não se consegue captar a capacidade delas tornarem algo diferente. Parecem fluir com rapidez e arrastadas pelo vento... soam a "nada de importante". Palavras escritas que podem dizer muito do nada que se consegue ver...

"Entre palavras sem cor" perde-se a capacidade de desenhar o que se sente e só o pincel da boca consegue mostrar dizendo... usando palavras... com ou sem cor

Just another day...

Dias que passam...
dias vistos como "mais um" em que nada se espera e tudo acontece por si só, sem mais nada, sem nada demais.

Olhar para o calendário e ver o tempo passar, os números mudam mas tudo parece na mesma, pouco ou nada parece mudar, mesmo que se saiba que "nada se repete".

Dias em que não se encontra um equilíbrio e se anda numa constante corda de equilibrismo: ora balança para cá, ora balança para lá. Ouvem-se palavras, vêem-se sorrisos, vêem-se pessoas (des)conhecidas ... tudo acontece mas parece não ter qualquer sentido ou razão para ser assim, simplesmente... acontece!

Dias, dias, dias... passam, correm e era preciso algo mais que "isto"...

quinta-feira, setembro 18, 2008

Sair...


Sair por aí... de música a ocupar os ouvidos. Música leve e melancólica que faz divagar por ventos, marés, mares e por cada pedaço de pele que envolve o corpo e conta histórias vividas, de hoje, ontem, ... do tempo. Sair sem rumo... sem um destino, sem uma hora, uma data, um momento escolhido para o regresso... apenas partir! Viagem sem regresso anunciado! Ficar perdida no encontro com as memórias e sentimentos que os dias vão colocando na prateleira do pensamento e nos arquivos que ficam por arrumar! Uma caixa que acumula e... a seu tempo, a seu ritmo, vai separando pelas divisórias ou...limita-se a ficar "por ali". Sair do "acordado"... mergulhar no sono e no sonho que prende e não deixa escapatória para conseguir caminhar sem pressa, sem preocupação e corrida desmedida. O sonho não passa adiante, não deixa acalmar e a vida parece continuar noite dentro, fechada numa casa, pela janela dos olhos e no sotão dos pensamento. Sair... deixar escorrerem as palavras pelos cantos da boca até acabarem por cair por terra... à procura de um chão ou de um espaço onde fiquem e digam o que vai por dentro do corpo que se move com vontade de...
SAIR POR AÍ!!

quarta-feira, setembro 17, 2008



O meu trabalho agora (se o posso chamar assim) passa muito por escrever, reescrever, pensar no que quero escrever, articular o que escrevo, pensar no que pretendo transmitir ao escrever…
Acho mesmo que isto também é uma coisa que se ensina!

Uma coisa que aprendi foi que se me perguntarem onde estou neste momento posso dizer que estou rodeada de quatro paredes (brancas), que tenho uma janela ao pé e um computador em frente mas, isso na verdade nada diz… Na realidade essa mesma descrição pode corresponder a vários cenários… porque não digo que da janela sobressai um azul de céu forte enquanto as cortinas esvoaçam ao sabor do vento e da melodia que ouço das colunas do computador… porque não digo que nas paredes está uma das minhas imagens preferidas, a preto e branco, com um poema de fundo, e que me sinto acolhida por todos os livros que dispus na estante segundo critérios que fui definindo.




Aprendi ainda que, à semelhança do que acontece num filme comercial, se deve investir nas cenas iniciais, ainda que estas tenham apenas uns míseros segundos de protagonismo. Apesar de no resultado final corresponder a nem um minuto da película total, a curta cena exige sempre um grande investimento económico, uns tanto ou quantos (que é como quem diz umas largas dezenas de milhares) figurantes, a escolha minuciosa de uma banda sonora (quiçá elaborada especificamente para o efeito) ou mesmo um lugar situado noutro ponto qualquer do mundo mas que personifique o ambiente idealizado.
A capacidade de criar imagens mentais, de induzir uma motivação para o que vem a seguir, de conseguir aliar os sentimentos às palavras, esta capacidade de cativar sem pretensões…
Aprendi que investir nisso custa muito e obriga a um cuidado minucioso a que nem sempre estou disposta…

Uma coisa que aprendi também foi a lidar com a minha dificuldade em conjugar isto tudo (lembro-me bem quando me propuseram fazer mais exercício físico na tentativa de aumentar os meus níveis de testosterona no sangue, porque transmitia demasiado nível de estrogénio em tudo o que escrevia =)

Aprendi sobretudo que escrever é mesmo difícil! E que é uma coisa que se ensina… E o que eu ainda tenho para aprender!
Aprendi que escrever pode ser uma coisa bem morosa... =)

quarta-feira, setembro 10, 2008

Dias...

Todos os dias são diferentes! Por muito que se repitam as pessoas, os lugares e as ruas... há qualquer coisa que saiu do lugar, que mudou de forma de estar, que responde de outra maneira, ... nada é exactamente igual!

Os sentimentos que regem o virar de cada segundo que o rigoroso ponteiro dos
Gira a vida inteira enquanto tudo o que temos cá dentro se vai mexendo, remexendo e mudando e saltitando. Tudo isto marca cada dia, mais os que nos marcam e guardamos cuidadosamente ou com um frio na barriga do medo que foi.

Dias e dias, pessoas e pessoas, horas e horas, sentimentos e sentimentos, ruas e ruas... todos sempre com algo diferente... nem sempre temos a capacidade de reparar no que muda mas nada é igual a cada dia que vamos passando e vivendo.

terça-feira, setembro 09, 2008

Se te pedisse...


para me levares daqui, para fugir... levavas-me para onde??
É que eu não sei onde me levaria!!!







Há qualquer coisa inquieta e ferida

Sentem-se as marcas... sente-se na pele!
Quanto mais se sente a vontade inocente de desdenhar o óbvio, fica cravado o frio e dorido de um pensamento perdido no meio do medo, do choro, da dor...
Apetece fugir da fuga, correr para a rua e gritar ao mundo a crueldade que uma vida pode ter num dado momento ou numa dada questão de segundos perdido no meio de um respirar profundo.
Sente-se o calor entrar em cada espaço do corpo... o frio corre apressadamente para o recanto mais escondido de um espaço fechado e ... desvanece com a luz que se vai apagando perante os olhos aberto. Os gritos tornam-se silenciosos no interior do corpo tenso e fechado... parece que segura num peso leve, numa raiva calma... parece que tudo perde o sentido e parece o que não parece... perde-se o tempo e a orientação já não vem de dentro nem de lugar algum... apenas se perdeu com o perdido.
Os ponteiros avançam sem que sejam vistos correr e os olhos fazem prisioneiras as teimosas e cintilantes bailarinas escorregadias... são presas com toda a força que existe e com aquela que nunca existiu mas apareceu...
A alma voa, perdida, num espaço vazio mas interior... perdeu-se a noção do que se tem e do que se é! Limita-se a existir um espaço perdido, um espaço vazio que nem o leve e lento respirar parecem conseguir reanimar e levantar do chão.

A queda livre passa por uma queda infindável e sabe-se que o chão é duro de suportar a queda... ainda assim, é desejado o toque seco do chão à queda fria e eterna que não deixa sentir nada senão o tempo...

Fica a tristeza perdida na floresta da luta e da vontade! Fica a lagoa do medo, no meio das frutas que alimentam e fortalecem para o caminho limitado... vêem-se os animais ferozes prontos a saltar para devorar a força da vida que não quer desistir...

"há qualquer coisa inquieta..."

segunda-feira, setembro 08, 2008




Sem querer percorro-ME em ilusões…
Desafio a conquista como quem pede abrigo
Imersa pelos beijos das palavras
Sonho com viagens de olhares vagos…

Percorro-te em teias de utopia
E deixo-me trespassar por resquícios de conforto
Deleito-me nesta imagem de mim e recrio-me em silêncio
Suspirando enternecida com a exaustão da procura.

Arrebato-me pelo charme de uma noite adormecida
Peço-te discretamente que me acompanhes
Por trilhos desajeitados de rumos desconhecidos
Passíveis de desbravar na ironia da inconstância

Contorço-me em desejos
E guardo o arriscar para depois...

Porque sem querer percorro-TE iludida
E secretamente invade-me a lucidez
Que dá contornos à única maneira de manter a ilusão…

Levar-te comigo em segredo!
Num segredo tão gasto de ser só meu!

domingo, setembro 07, 2008


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa


sábado, setembro 06, 2008

Senti(r)(mentos)

Há momentos em que os gestos, realmente, valem mais do que mil palavras. Um abraço fechado pode fazer toda a diferença quando uma conversa parece não chegar lá dentro; pode fazer parar o tempo e envolver cada segundo; pode ser sentido como um abrigo seguro; pode fazer falar no silencio, tal como um olhar ou um sorriso. Existem coisas, pessoas, momentos, ... que nos tocam tão dentro! Quem não gosta de sentir o calor de um abraço, de um beijo, ... que chega duma pessoa especial? Sentir o toque leve na pele, sentir os braço a envolver o corpo, sentir o toque de um beijo mimado... sentir! A vida parece-me forrada de sentires. Andamos sempre com mil coisas na cabeça, mil sensações, ... sentir faz sentido, pelo menos para mim.

Neste verão foi de sentidos e sentimentos. Uma recolha engraçada! Sentir o sol, o sal, o mar... sentir as amizades, os sentimentos de medo, alegria, ... sentir o tempo passar.
Sentir o toque na pele, sentir um beijo mimado de quem gosta e cuida de nós... Sentir a paz e calma dos dias sem correr, aquele sentimento de tranquilidade...

Sentir(mo-nos;-te) é bom demais!

Muito bons os sentimentos e sentires sentidos com sentido perto ou longe de quem os faz valer!

Sabe quanto vale um beijo?

Desafio com tempo contado


Pois bem, à muito que me lembrava que não passava por aqui deixando rasto!
O tempo parece que voa e a facilidade de ir adiando as palavras e as escritas é tão mais fácil do que a "obrigação" de cumprir a vontade de escrever que anda balançada com a preguiça de teclar um texto.

Cá estou, finalmente! Preguiça de lado e pumba!

O campo passou a correr e com um desgaste terrível, o verão parece ter passado numa semana, e as alterações de planos de última hora e surpresas imprevistas aparecem sempre quando menos estamos à espera (não se fossem chamar surpresas INESPERADAS).

Bom, têm sido tempos de mudança, de desafios maiores que nunca sentidos na pele e no corpo, por inteiro. Achamos que já vimos muito e estamos capazes de lidar com tudo mas... há SEMPRE uma novidade! Pois bem, cá estou eu, a entrar num desafio de tempo contado e que termina no Natal. Sinto que quando terminar seria o momento exacto de levar avante mas... a vida é mesmo assim, nem sempre podemos ser nós a decidir o que fazer e quando o fazer.
A criançada é um desafio maior que nunca, a todos os níveis, momentos... pode surpreender tanto que não cabemos em nós de tanta felicidade e orgulho ou podem ser do mais difíceis de chegar e... custa pensar que é uma luta "desmedida" sem tempo exacto da chegada das tréguas e da entrada no mundinho fechado. Mas... eu adoro a pequenada e, por muito que me possam desafiar em grande dão-me uma enorme certeza de que estou bem com aqueles seres...o tempo passa bem rápido e uma semana saltita de dia para dia até ao fim de semana, num abrir e fechar de olhos.

Enfim... a vida dá com cada volta que nem se entende bem se foi só um rodopio ou se um conjunto de voltas e cambalhotas entrelaçadas.

Agora... é momento de parar, descansar...