terça-feira, fevereiro 16, 2010

Calendário


Um ano... um ano e uns dias...



O tempo passa a voar e parece que ainda não passou nada. A passagem constante e normal dos dias torna-se uma coisa tão rotineira e rápida, comum e simples que nem se consegue fazer notar as semanas, os meses e os anos a passar. Só as datas festivas marcam com maior ênfase o rasgar de cada dia.



Passou um ano e pouco... um ano?! ISto é imenso! Parece que, mesmo depois desta corrida de dias, continua tudo tão igual, semelhante ou sem grandes novidades. A verdade é que, se olhar para as coisas com um maior cuidado, com mais atenção e com um pouco de amor no olhar, encontram-se tantas coisas diferentes, tantos avanços, recuos, aprendizagens... é deliciosa a panoplea de coisas que se guardam deste ano que já avançou. Um salto para o escuro, desconhecido e para uma certa aventura, sem qualquer garantia de nada e com maior probabilidade a sair furada, acabou por se tornar numa coisa certa e com pernas para andar... o bebé de 1 ano que agora tende a manter-se seguro e quieto no seu lugar, mas sempre a crescer.






Não se conhece todos os caminhos, não se sabe como chegar a todos os lugares mas, sabe-se chegar aos lugares seguros e que trazem uma energia diferente: sabe-se chegar ao mar, sabe-se chegar aos pontos de encontro, sabe-se chegar à casa dos amigos, ou, pelo menos, sabe-se o número de telemóvel para combinar alguma coisa. Não sei de tudo, mas sei alguma coisa; não procuro tudo, mas encontro muita coisa que não estava à espera; não encontro o que procuro, mas também não sei bem o que procuro.






Um ano... amizades, momentos de muitas lágrimas, de rir até cair para o lado, vaguear nas ruas, conhecer praias, conhecer lugares que se tornam pontos de passagem obrigatória, arrependimento/certeza, conversas e silêncio, enfrentar as coisas ou fugir delas, sorrisos e abraços cheios de amor apesar do tamanho XS de quem os dá... Orgulho! Orgulho e vitória em muito daquilo que se consegue conquistar e viver! Orgulho na luta e não no chegar ao spot; finalmente, orgulho em descobrir que se consegue olhar para o lado positivo da vida, sem querer duvidar de nós e ceder ao medo ficando estagnado e pela "zona de conforto".






UM ANO e continuo a desejar, sonhar por e com tantas coisas que parecem não chegar mas, um ano passou e sinto-me com um lugar meu, uma conquista e vitória, acompanhada e capaz de acreditar que com a simplicidade de quem somos conseguimos chegar a algum lugar que valha a pena. Um ano e, poderia dizer que existe alegria em muito do que este ano trouxe e desafiou.






Contagem a somar para o 2º ano... traga ele o que trouxer, há-de chegar cheio de novas coisas, muito que aprender e viver!!!

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Vento, chuva, frio e pensamentos viajantes

Começa uma nova semana... passou o fim-de-semana a correr com aquela data que nada me diz a não ser "bora marcar o jantar das 3 de sempre" e, apesar da distância, cá nos juntámos nós na capital:)
Agora, chega outra data festiva, o Carnaval: adorado por uns e odiado por outros, confesso que fico no meio! Claramente que acabo por viver muito dele por causa da pequenada que tanto valor e importância dá a estes dias em que o mundo da magia e imaginação é rei no mundo real; e onde todos podem sair um bocadinho da casca e divertir-se sem grandes medos ou vergonhas.
A manhã prometeu frio e chuva... ouviu-se um silêncio imenso e uma disposição igualmente mais silenciosa. As ruas estavam a acordar enquanto se abria a porta e enquanto percorria o caminho de todos os dias. A luz ainda teimava em ficar meio escondida por trás das nuvens e dos prédios altos. Abri a porta e estava tudo silencioso, fechado e parado, como se fosse a única pessoa a sentir o tempo correr e ficasse à espera que todo o resto do mundo acordasse.
Entrou-me pela porta o primeiro sinal de vida por entre o vento e a chuva e daí em diante, foi "sempre a somar", apesar do sono e da contagem até ao regresso, de uma forma breve, ao quente da cama que deixei "em aberto".

Dias chuvosos e frios dão que pensar: procura-se o aconchego que conforta e os únicos que vão vaguear são os pensamentos que se perdem por entre o frio, um palpitar do coração, o respirar da alma e o calor da fogueira.
Passado, presente e futuro encontram-se por entre recordações, imagens reais e desejos. Fecha-se então a porta, roda-se a chave, faz-se o caminho até ao conforto de um lugar quente, na melhor companhia para uma conversa que vá fluindo... até o sono chegar e envolver tudo...até ao dia seguinte que se deseja melhor.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010


Gosto daquela ideia romanceada de que cada ruga conta uma história. Como se a inspirar a metáfora bonita do passar dos anos como sinónimo de riqueza de experiências.

Em boa verdade, ser sénior não é necessariamente símbolo de mais sabedoria mas sim da representação da acumulação de estórias.

Com efeito, à medida que vivemos mais tempo, temos cada vez mais tendência para nos diferenciarmos e termos cada vez menos pontos em comum - E tornearmos cada ruga como um traço vigoroso da benesse que é vida. A nossa própria vida… assim… vincada também pela diferença…