sábado, julho 31, 2010

E o sorriso serve para se usar =)

Podemos procurar diferenças e não só semelhanças para nos juntarmos?

quarta-feira, julho 21, 2010

Vida de Personagem



Caiu a máscara!


O palco fechou e os actores saem de cena.
A actuação foi perfeita, duradoura e muito credível. O pano abre e todos regressam, sorridentes, à procura dos aplausos que tornam ensurdecedor todo o qualquer ruído. Só se vêem os sorrisos. Os corações do palco palpitam sem conseguirem reduzir o seu ritmo num só segundo… é a emoção!

Despem-se aqueles que não o são, caem as personagens, sem vida, com cada gesto de destruição da personagem que, até então, era viva e cheia de história, fé e luz. Fecha-se a porta e, para trás, fica o mundo encantado do faz-de-conta, que pode encaixar na realidade mas, não o é naqueles corpos. Deixa-se a outra vida e cai-se nesta.

Existe tanto que tu, personagem, agora muda e morta, não sabes viver. Não te saberia ver no meu mundo real. Não saberias ser mais nada do que aquilo que sempre foste perante o público, em cima de um palco e por cima de um corpo real, a habitar a imaginação de uma mente viva e capaz de te deixar alugar parte do seu espaço. Que fazes tu depois de tudo? Vives quando te deixam viver, ficas fechada e morta até te recordarem, se o voltarem a fazer… O que sentes tu, ao seres usada e abusada para lazer de uns e “ganha pão” de outros? Alguém sabe de que vives tu, propriamente?

Deixa-me ser personagem enquanto tu tentas ser pessoa viva; deixa-me desmontar a minha vida no final de um espectáculo que se resume e vive pelo sucesso, aplausos e sorrisos. É isso… vives apenas e somente do teu sucesso e dos que fazem o mesmo contigo. Sabes tu o que é o fracasso, nesse teu mundo fechado em ilusões, sonhos e imaginação? Acho que não… és uma personagem que nasce, vai crescendo, tornas-te “quase gente” e depois… não chegas a lugar nenhum porque… vives onde não habitas, trabalhas onde te entregam e… morres, a cada dia de sucesso, quando te deixam fechada num baú até à próxima actuação… Onde é a tua casa afinal? Onde moram os teus sonhos e ansiedades? Tens o teu tempo sempre tão contado que um relógio não te dá a conhecer todas as horas de um dia…

És personagem! É isso que nos distingue! Eu tenho o meu corpo e vivo com ele, no mundo mais real; Tu tens o corpo de alguém e habitas nele quando tem que ser, quando entras no mundo da imaginação, onde a realidade salpica os momentos…

És personagem e… há quem inveje ser como tu… em determinados momentos da realidade da vida!

terça-feira, julho 20, 2010

Ele passou por mim e sorriu - Os Deolinda

http://www.youtube.com/watch?v=L_ymvjxErs0


Ele passou por mim e sorriu
e a chuva parou de cair
o meu bairro feio tornou-se perfeito
e o monte de entulho, um jardim

O charco inquinado voltou a ser lago
e o peixe ao contrário virou
Do esgoto empestado saiu perfumado
um rio de nenúfares em flor

Sou a mariposa bela e airosa
que pinta o mundo de cor de rosa
eu sou um delírio do amor
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa
que o amor é curto e deixa mossa
mas quero voar, por favor

No metro, enlatados, corpos apertados
suspiram ao ver-me entrar
Sem pressas que há tempo
dá gosto o momento
e tudo mais pode esperar

O puto do cão com seu acordeão
põe toda a gente a dançar
e baila o ladrão
com o polícia p'la mão
esvoaçam confetis no ar

Sou a mariposa bela e airosa
que pinta o mundo de cor de rosa
eu sou um delírio do amor
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa
que o amor é curto e deixa mossa
mas quero voar, por favor

Há portas abertas e ruas cobertas
de enfeites de festas sem fim
e por todo o lado, ouvido e dançado
o fado é cantado a rir

E aqueles que vejo, que abraço e que beijo
falam já meio a sonhar
se o mundo deu nisto e bastou um sorriso
o que será se ele me falar

Sou a mariposa bela e airosa
que pinta o mundo de cor de rosa
eu sou um delírio do amor
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa
que o amor é curto e deixa mossa
mas quero voar, por favor

segunda-feira, julho 19, 2010

Dizem que...

"Somos o avesso um do outro. Quando duvidas, paras, e eu sigo em frente. Quando tens medo, eu tenho vontade; quando sonhas, eu pego nos teus sonhos e torno-os realidade, quando te entristeces, fechas-te numa concha e eu choro para o mundo; quando não sabes o que queres,... esperas e eu escolho; quando alguém te empurra, tu foges e eu deixo-me ir. Somos o avesso um do outro: iguais por fora, o contrário por dentro. Tu proteges-me, acalmas-me, ouves-me e ajudas-me a parar. Eu puxo por ti, sacudo-te e ajudo-te a avançar. Como duas metades teimosas, vivemos de costas voltadas um para o outro, eu sempre à espera que tu te vires e me abraces, e tu sempre à espera que a vida te traga um sinal, te aponte um caminho e escolha por ti o que não és capaz."



Margarida Rebelo Pinto

quarta-feira, julho 07, 2010

Clap, clap, clap...


"Madame Godard"

Por todas as vezes que nos devemos comportar como "madames" sem nunca perder o olhar de mademosseile, a meninice do deslumbre...

Por todas as vezes que não ficamos à espera da sorte...

Godard disse que "A história deve ter um começo, um meio e um fim, mas não necessariamente nessa ordem"...

Sabe bem ter afrontamentos de ínvisivel de vez em vez!

domingo, julho 04, 2010

Ser ou não ser "Femêa Omega"?

Tenho-me deparado com a redifinição do conceito de "sucesso".
Em vários momentos, há que flexibilizar a fasquia do que idealizamos como exequível.
O verdadeiro desafio é encontrar o equilíbrio entre o que, de facto, é limitação irreversível ou o que não é. Não deixar instalar um qualquer comodismo num facilitismo pouco ambicioso. Nem insistir demasiado num objectivo irreal, portanto frustante.
Como flexibilizar o nível de exigência adequado para cada momento?
Submeto-me...


.... a cada momento.