terça-feira, junho 22, 2010
Meu anjo, parabéns!!!
"Acredita em Anjo? Pois é, sou o seu.
Soube que anda triste, que sente falta de alguém"
Anjos... sem asas, que não moram no céu, não são intocáveis ou invisíveis... anjos! Anjos de carne e osso, pessoas como nós apenas com um olhar diferente, um jeito doce e um lugar especial.
Um sorriso cheio de magia, um olhar cheio de luz, um abraço quente e aconchegante, um colo seguro e tranquilo.
Alguém em quem se pode confiar e que, a distância do olhar não afasta a proximidade de um coração e de uma relação sincera e forte... uma amizade com um laço forte e pressistente.
Anjo de jeito simples, sorriso rasgado, olhar cintilante, jeito de menina e uma cor forte no corpo. Uma pele chocolate e uma voz doce! Gargalhada contagiante e uma personalidade forte!
Gosto de ti, meu anjo, porque...
és tu!! Pura e dura! Simplesmente tu, com a tua beleza contagiante, o teu jeito doce e firme;
és um colo profundo e suave!
és menina frágil e com medos, como todos os anjos que por aí podem andar;
és tão capaz de dar colo como de o pedir e sentir;
és simplesmente sincera e amiga!
sim!!
Só porque sim! Há coisas que não se podem explicar ou entender por palavras soltas e escritas, só se podem sentir com o passar dos anos, o guardar dos momentos, o viver dos dias, o cultivar dos dias... guardar-te!
"Vou guardar cada lugar teu. Ancorado em cada lugar meu
E hoje apenas isso me faz acreditar que vou chegar contigo, onde só chega quem não tem medo de naufragar"
:)
PARABÉNS!!! Por hoje, pelo passado e pelo presente... o futuro, estarei aqui para ver e dar-te os parabéns sempre:) Parabéns por ti!!!
Orgulho-me de te ter e conhecer, meu bem!!!
*
quarta-feira, junho 16, 2010
Hoje apeteceu-me
sem razão aparente ou por todas as razões e mais algumas. Não consegui encontrar um meio termo que pudesse equilibrar a vontade da decisão. Encontrei em ti um desespero de um dia inacabado e tão friamente vivido no silêncio de pensamentos barulhentos e por entre os gritos de uma voz sem som!!
Quis deixar-te...
meter-me no carro, após ter feito uma mala para uma viagem curta, e seguir pela estrada, sem destino aparente mas com o desejo de chegar a algum lugar que pudesse ser o procurado. Ir à busca de algo mais que nem eu sei bem o que é!
Noutros dias, não te quis deixar...
porque me conquistaste com a beleza da tua luz, com a magia de cada esquina que guardas escondida, com toda a liberdade que me dás.
Ontem, não me quis despedir de ti tão cedo...
porque me guardas segredos, me trouxeste vitórias fantásticas, me agarraste pela mão e me trouxeste até "hoje". Não sabia se te queria deixar!
Hoje... desejei deixar-te já! Sem sequer perguntar o porquê nem para onde! Sem sequer ponderar a existência das saudades que possam chegar... tudo porque hoje... não me sei!
Hoje não me sei, em ti, contigo... sei-me sem ti!! Sei-me perdida como os espaços que de ti não conheço; sei-me revoltada com a minha revolta; triste com a minha tristeza; pequena como a minha crença em tudo o que fiz até este preciso minuto!
Hoje... anseio que o dia chegue ao fim, sem saber bem o que esperar do desfecho, sem saber bem o que beber dele, sem saber bem o que tirar de mim...
Agora, apetece-me esperar! Que um sono leve caia sobre a face, como um manto de tranquilidade e inunde a alma de uma paz permanente... que me acordes tu, com a magia que ontem te fiz ter; que me acordes tu com novas caras e sorrisos; que me acordes tu para a vida que me prometeste quando até ti cheguei e me levaste a conquistar....
Que me leves tu até onde tenho que ir, com saudade ou não mas... com a certeza que tu foste parte importante daquilo que hoje sou e pude ser!!!
Mas hoje... apeteceu-me deixar-te!!!
terça-feira, junho 08, 2010
Tu dás a receita eu quebro o jejum... (?)
Não leias. Olha as figuras brancas desenhadas pelos intervalos separando as palavras de várias linhas dos livros e inspira-te nelas.
Dá aos outros a tua mão a guardar.
Não te deites sobre as muralhas.
Retoma a armadura que abandonaste na idade da razão.
Põe a ordem no seu lugar, desarruma as pedras da estrada.
Se sangras e és homem, apaga a última palavra na ardósia.
Forma os teus olhos fechando-os.
Dá aos sonhos que esqueceste o valor daquilo que não conheces.
Conheci três lampistas, cinco guarda-barreiras mulheres, um guarda-barreira homem: e tu?
Não prepares as palavras que gritas.
Habita as casas abandonadas. Não foram habitadas senão por ti.
Faz um leito de afagos aos teus afagos.
Se eles batem à porta, escreve as tuas últimas vontades com a chave.
Rouba o sentido ao som, existem tambores encobertos mesmo nos vestidos claros.
Canta a grande piedade dos monstros. Evoca todas as mulheres de pé sobre o cavalo de Tróia.
Não bebas água.
Fala consoante a loucura que te seduziu.
Ata as pernas infiéis.
Deixa a madrugada aumentar a ferrugem dos teus sonhos.
Aprende a esperar, de pés para a frente. É assim que brevemente sairás, bem coberto.
Acende as perspectivas da fadiga.
Faz-lhes a surpresa de não confundir o futuro do verbo ter com o passado do verbo ser.
A quem peça para ver o interior da tua mão, mostra os planetas não descobertos do céu.
Para descobrir a nudez daquela que amas, olha as suas mãos. O seu rosto baixou.
Dá-me o prazer de entrar e sair nas pontas dos pés.
Ponto e vírgula: vês, mesmo na pontuação, como eles são surpreendentes.
Deita-te, levanta-te e agora deita-te.
Regula a tua marcha pela das tempestades.
Nunca mates uma ave da noite.
Olha a flor da campainha: ela não permite ouvir.
Falha a finalidade aparente, quando tiveres que atravessar o teu coração com a flecha.
Opera milagres para os negares.
Tem cuidado com os carroceiros do bom gosto.
Desenha na poeira os jogos desinteressados do teu tédio.
Não escolhas o tempo de recomeçar.
Escreve o imperecível na areia.
Não guardes em ti aquilo que não fira o bom senso.
Imagina que esta mulher está contida em três palavras e que esta colina é um abismo.
Lacra as verdadeiras cartas de amor que escreves com uma hóstia profanada.
Queres ter ao mesmo tempo o mais pequeno e o mais inquietante livro do mundo? Pede para relerem os selos das tuas cartas de amor e chora; não obstante tudo, tens razão para isso.
Nunca esperes por ti.
Não anules os raios vermelhos do Sol.
Segues pela terceira rua à direita, depois pela primeira à esquerda, chegas a uma praça, voltas junto do café que conheces, segues a primeira rua à esquerda, depois a terceira rua à direita, lanças a tua estátua por terra e ficas.
Sem saber o que irás fazer com ele, apanha o leque que esta mulher deixou cair.
Bate à porta, grita: Entre, e não entres.
Nada tens para fazer antes de morrer.
André Breton e Paul Éluard