sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Não raras vezes ouço a expressão pensar demais (eu própria já a utilizei uma ou duas vezes antes de me aperceber que estava a dizer uma coisa sem sentido!).

Não pensamos demais, apenas pensamos!
Acho que utilizamos esta expressão quando não gostamos de nos confrontar com aquilo que pensamos, quando decidimos conscientemente ao invés de enveredar por uma decisão pouco ponderada, por ser repentina e onde temos mais oportunidades de nos desculpar se alguma coisa corre menos bem ou mais desencontrada do que queríamos…


Há mais margem de manobra para falhar e não nos vemos encurralados em alternativas plenamente plausíveis que teremos que escolher.
Não é pensar demais, é perceber apenas que não temos apenas um caminho…e que decidir custa… E que vamos estar lá para receber as consequências e depois (mais uma vez) pensar (demais) sobre elas…

Ás vezes quando estamos a pensar ficamos com cara de parvos…( que é como quem diz confusos)!
Mas… e não temos também o direito de ser “parvos”?
Não seremos ainda mais parvos quando tentamos ter um ar inteligente?

Fazer burrices não é antónimo directo de pensar inteligentemente.
É que infelizmente não há articulação perfeita entre acção e pensamento!

P.S: acho que pensei demais para elaborar este post =)

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

GPS??

Lembro-me das primeiras vezes que me perdi! Acho que não tive muito tempo para conseguir sentir desespero ou aflicção. Só me apercebi que foi mesmo sério quando me levaram até à minha mãe que chorava imenso!

Quando crescemos acho que perdermo-nos num lugar desconhecido torna-se mais leve e controlável. Encontramos sempre solução, relativamente fácil. Fisicamente, encontramos sempre a melhor saída.

E quando nos perdemos de nós mesmos? ... que GPS ou coordenadas serão as que nos levam ao nosso próprio encontro???









Sabes...?

Eu ainda não!


sábado, fevereiro 23, 2008

Imagens que falam



Acabei de passar no blog de um amigo e não resisti a "tirar-lhe" este clip que... é somente isto =)

Obrigada, Diogo.
[http://paletadesons.blogspot.com]

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Me(o)rgulhar


Empanquei hoje nesta(s) palavra(s)!
Não consegui identificar nada que as ligasse... pelo menos para já!
Posso, sim, orgulhar-me dos meus mergulhos, do "arriscar" ao longo da vida... mas... será um mergulho sempre motivo de orgulho?? Talvez sim!

Podemos ter orgulho no que fazemos mas também orgulho (ser orgulhoso) suficiente para silenciar perante determinadas situações... divagar por orgulhos e mergulhos!

Ainda está muito fresca esta ideia de mergulhos e orgulhos mas... a seu tempo, mergulho nela e devo orgulhar-me de a pensar.

Adormecida (a bela) !

http://www.youtube.com/watch?v=Kx9nWdDRp1s&feature=related

Ás vezes estamos estáticos…
Inertes… embrenhados nos nossos sonhos mais profundos…


Mas se alguém for com muito jeitinho…
Esperar com toda a paciência, ao mesmo tempo que nos toca….
A inércia transforma-se em envolvência…

Permaneço inerte, apenas à espera do sinal verde para atravessar a rua…

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

A minha irmã gosta muito de mim...

Sempre que lhe mando mensagens ela não me responde…
Sempre que falamos ela responde-me com menos de 4 palavras (senão vejamos “ Sim está bem ou a variante Não!
CONFIRMADO! (sempre menos que 4 palavras)).
Salvo o dia em que me disse: Isto fica só entre nós!... Não vale a pena ninguém saber que não sabes meter pilhas (o que esclareço desde já é falso, apenas lhe pedi para colocar as pilhas para não me cansar)!

Há uns tempos estava a minha mãe ao telefone e, de repente (estávamos as duas, eu e a minha irmã, em amena cavaqueira, quando no meio do silêncio ouvimos a nossa mãe a dizer:
“As minhas filhas estão a mandar beijinhos”)!

Entreolhámo-nos, abrimos os olhos à nossa mãe (nem sabíamos quem estava do outro lado da chamada e nem sequer tínhamos aberto a boca, são assim as amenas cavaqueiras com a minha irmã) …
A minha irmã olhou para mim e disse-me:
_ Vês, é assim que recebes beijinhos meus todos os dias!

E foi assim que falou comigo mais do que 4 palavras e sem ser interceptada anteriormente com uma pergunta.

P:S: Acho que nunca esqueceu, quando em tenra idade, lhe sugeria que déssemos um abraço de força proporcional ao que gostávamos uma da outra, e de eu gostar MUITO mas mesmo MUITO dela (para além de ter o dobro do seu tamanho)!
Irmãos mais velhos, deixo-vos um conselho:

Não tentem fazer o mesmo em casa. Pode ser perigoso e de repercussões irreversíveis!

Ahhh…. E cuidado.. não é visível à priori… Nessa mesma altura, quando a mãe perguntava à minha irmã: “ Se não fosses chata o que gostavas de ser?”… Ela respondia prontamente o meu nome (Atentem, não estou a ser chata quando vos aviso, aliás esse nunca foi o meu forte como viram pelo exemplo…) apenas prezo pela saúde das vossas relações fraternais…

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Só para ler

É bom quando nos encolhemos um pouco, de mãos entrelaçadas nos joelhos e deixamos ficar. Sentimos protegidos e ... quietos!
Melhor, é quando pequenos abrigos de palavras, como este, nos deliciam e confortam, ainda que com a distância que nos separam.
Li e ... soube-me bem!


http://amar-tesomente.blogspot.com/2008/02/possibilidade-de-amar.html

domingo, fevereiro 17, 2008

Consigo


"Eu consigo!" "Vou consigo!"


Podemos conseguir alguma coisa sozinhos ou acompanhados.
A verdade é que, tal como na vida, há significados diferentes para determinadas coisas que soam iguais. Nem sempre a clareza das palavras é igual à dos actos... resta que o tempo e as situações nos coloquem a definição das coisas e que consigamos, sozinhos ou não, encontrar o verdadeiro significado... acho que mais cedo ou mais tarde, conseguimos!

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Atenção: post incomum!

“Agora, apenas sinto mais admiração por aquilo a que chamam pessoas comuns. Não existem pessoas comuns. Se temos a arte de fazer com que a alma do outro se abra, então, todas as pessoas são incomuns. Há uma riqueza extrema dentro de cada um de nós. É como nos livros. Ou sabemos tocar no mistério das coisas e, neste caso, o livro é bom. Ou não sabemos tocar no mistério das coisas e, pelo contrário, o livro é mau. Se Deus quiser, hei-de escrever mais alguns livros.”

Antonio Lobo Antunes


De facto, todas as pessoas são incomuns…
Mas a beleza do encontro, a arte de fazer com que as pessoas se abram na sua “incomundidade” (deixemos passar a palavra para não dar um ar demasiado erudito ao post) não acontece com todos…
Aí reside o mistério da vida e em último caso das relações…


E quem não o consegue fazer, por muito incomum que seja, vai ser sempre comum para nós porque não nos deixa marcas…
Hitchcock contou que acordou um dia a meio da noite com uma magnífica ideia para um filme e que, como todos os criadores, a anotou num papelinho para não a esquecer. No dia seguinte, ao acordar, encontrou no papel, uma frase só: “Rapaz conhece rapariga.”

E se é verdade que todas as pessoas são incomuns também é verdade que a riqueza que sabemos encontrar dentro de nós e deixar que transpareça numa troca sublime de humildade pode acontecer num encontro comum…
Mas cá para mim saber tocar no mistério do outro num encontro de dois é tudo menos comum…


Daí “ rapaz CONHECE rapariga” ser uma ideia magnífica…

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Uma noite - partilha(r)

Uns dias naquele que parece continuar a ser o meu local de eleição para um futuro... Lisboa!

Dias diferentes, longe de tudo o que é rotina, o grupo de amigos de sempre, os sítios de sempre, as coisas de sempre... tudo ficou para trás. Óptima ideia! Óptima opção... fugir!

Bom rever pessoas, rir, sentir todo o carinho, ficar em casa de alguém que nos faz sentir "em casa"... tudo isto é delicioso.. mas está quase a acabar...pena!

Ontem a noite foi deliciosa! Um jantar meio forçado contra toda a "não fome" que tinha mas em grande companhia. Conversa para aqui, acoli, e troca de companhia "até mais logo, talvez".

Inicia nova viagem, agora de metro, para outro lugar... rir porque a máquina de bilhetes pifou, mostrar BI, assinar folhas...rir! Rir ainda mais com a família... sair lançando convites mas acabando só nós duas... à busca da rua certa para um certo bar! Voltas e voltas mas chegámos! Tudo simples, como gosto! Sem grandes coisas, sem formalidade... um lugar "apetitoso"! Recepção do melhor!

Falámos imeeeeeeeeeeeenso... desde que nos encontrámos até parar naquele bar. Dava para uma noite inteira... incrível o dom da amizade e confiança!Até usámos expressões bimbas...credo! E falámos do futuro, dos projectos/planos, sonhos... de agora e mais antigos... tudo em cima da mesa junto com uma bebida com ananás e um chá!
Cantámos, rimos com as conversas com o (Sr) Sérgio, um copo, um chocolate, mais cantar, acompanhar fados... bom demais!!

Continuámos sozinhas, mesmo depois de um telefonema com uma possível companhia mas... a noite foi mesmo nossa e das nossas coisas :)
Não chegámos a todas as respostas, não entendemos tudo o que queriamos... ficou tanto por se saber mas... não temos respostas para tudo, tal como queriamos!


TEJO BAR - Alfama

Assim... guitarras por ali, cavaquinho acoli...

Um lugar óptimo! Uma noite deliciosa...

E quase de partida quando queria apenas chegar!!!

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Ás vezes...

( postsecret)


Ás vezes (ou será sempre) pergunto-me se não me torno demasiado intrusiva em determinadas relações… porque sei que há pessoas que gostam muito do seu espaço e onde não estou hierarquicamente equiparada ao topo das suas prioridades…

Ás vezes (ou será sempre) pergunto-me se não me torno demasiado distante em determinadas relações…porque sei que há pessoas que gostam mesmo de partilhar o seu espaço e prestar contas diárias da sua vida numa troca de amizade…

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Operação Sandwiche - A Quaresma a começar

"Neste mundo, tudo tem a sua hora; cada coisa tem o seu tempo próprio:

Há tempo de nascer, e tempo de morrer;
Há tempo de plantar e o tempo de arrancar;
O tempo de matar e o tempo de curar;
O tempo de destruir e o tempo de construir;
O tempo de chorar e o tempo de rir;
O tempo de estar de luto e o tempo de dançar;
O tempo de atirar pedras e o tempo de as juntar;
O tempo de se abraçar e o tempo de se afastar;
O tempo de procurar e o tempo de perder;
O tempo de conservar e o tempo de deitar fora;
O tempo de rasgar e o tempo de coser;
O tempo de calar e o tempo de falar;
O tempo de amar e o tempo de odiar;
O tempo de guerra e o tempo de paz."



Do livro do Eclesiastes 3, 1-8

terça-feira, fevereiro 05, 2008


«(...) Contudo, no íntimo, sei há muito que não existem chaves e que, para algumas crianças, nem mesmo o amor alguma vez bastará. Só que a fé na alma humana escapa à razão e desafia as frágeis certezas do nosso conhecimento. (...)»



in A criança que não queria falar, Torey Hayden




segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Porque damos beijos?

Nunca fui muito beijoqueira! Não gosto! Não encontro sentido nos cumprimentos…
Não quer dizer que não goste de beijos.. Gosto sim.. e muito! Mas em momentos especiais, e não quando aparecem como ritual…
Talvez isso não me diga nada, porque nunca cheguei a compreender a verdadeira razão para as pessoas fazerem isso: DAREM BEIJOS (note-se todos os dias, quando se encontram):


1-Dizem que foram os homens árabes que inventaram o abraço. Ao tocaram-se os homens das tribos nómadas do deserto certificavam-se que o outro não levava armas;

2-Os esquimós beijam-se esfregando os narizes e aproximando a face para sentirem a respiração do outro. Tudo estratégias para se aquecerem com o toque e defenderem-se do frio!

3-Os russos dão dois beijos na face e um na boca; os franceses dão três beijos e os japoneses não podem tocar-se ou dar beijos em público porque isso não é muito bem visto!

4-Dizem até que há lugares onde as pessoas não se beijam mas arrancam as sobrancelhas com a boca. Quanto mais sobrancelha se arranca, mais se gosta…

5-Há quem diga que os beijos tiveram origem no costume das mães que trituravam os alimentos na boca, para os transformar em papa, e os passavam de boca a boca para os seus filhos.

6-Outros dizem que os beijos nasceram da imitação dos pássaros a darem de comer às suas crias…

7-Outra explicação é que o beijo surgiu quando os homens das cavernas tiveram necessidade de sal na alimentação e começaram a lamber as caras porque o suor é salgado…

Na verdade beijamo-nos porque precisamos de afecto e de sentir a proximidade do toque, num como quem diz: “quero-te bem”!


Mas fazemos isso conscientemente quando beijamos ou fazemos disso um mero ritual de educação que a sociedade convencionou?
Eu sei que muitas vezes o faço por conformidade social…
E sei que se soubesse antes dos pontos 5 e 7 daria muito menos beijos do que dou…
Uma boa hipótese seria mudar-me para o Japão…

Segundo Haselton beijar é simplesmente um teste de sabor, porque a saliva contém um composto informativo sobre o MHC (complexo de histocompatibilidade principal) já que tendemos a escolher um parceiro com um MHC diferente do nosso para diminuir o risco de o útero expelir o feto (e procriarmos com mais eficiência!).


Para ajudar à festa há ainda a "doença do beijo" que é a designação comum para a mononucleose infecciosa.


As populações afectadas dividem-se essencialmente em dois grupos: as crianças pequenas, que são frequentemente infectadas pelos pais durante manifestações de afecto ("os miminhos") ou por outras crianças, já que têm pouco pudor em lamber objectos já lambidos por outros meninos; e os adolescentes, que são infectados quando começam a beijar as namoradas(os).
O que quer dizer que um dos "episódios gripais" ao longo da nossa vida não foi mais que mononucleose infecciosa.


Para além disso, muitos beijos, durante um longo período de tempo pode ser uma forma de os homens passarem alguma testosterona (pela saliva) para a mulher, aumentando a sua excitação e tornando-a mais receptiva a maior intimidade.


Enfim…
Benditos beijos!

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Definições (in)definidas

E se alguém viesse ter contigo e te pedisse ajuda...

"Diz-me o que é a vida: como é, como se sente, como se vive, como se vê...? O que é a vida?"

Responderias:


"A vida...

...é assim!"