sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Atenção: post incomum!

“Agora, apenas sinto mais admiração por aquilo a que chamam pessoas comuns. Não existem pessoas comuns. Se temos a arte de fazer com que a alma do outro se abra, então, todas as pessoas são incomuns. Há uma riqueza extrema dentro de cada um de nós. É como nos livros. Ou sabemos tocar no mistério das coisas e, neste caso, o livro é bom. Ou não sabemos tocar no mistério das coisas e, pelo contrário, o livro é mau. Se Deus quiser, hei-de escrever mais alguns livros.”

Antonio Lobo Antunes


De facto, todas as pessoas são incomuns…
Mas a beleza do encontro, a arte de fazer com que as pessoas se abram na sua “incomundidade” (deixemos passar a palavra para não dar um ar demasiado erudito ao post) não acontece com todos…
Aí reside o mistério da vida e em último caso das relações…


E quem não o consegue fazer, por muito incomum que seja, vai ser sempre comum para nós porque não nos deixa marcas…
Hitchcock contou que acordou um dia a meio da noite com uma magnífica ideia para um filme e que, como todos os criadores, a anotou num papelinho para não a esquecer. No dia seguinte, ao acordar, encontrou no papel, uma frase só: “Rapaz conhece rapariga.”

E se é verdade que todas as pessoas são incomuns também é verdade que a riqueza que sabemos encontrar dentro de nós e deixar que transpareça numa troca sublime de humildade pode acontecer num encontro comum…
Mas cá para mim saber tocar no mistério do outro num encontro de dois é tudo menos comum…


Daí “ rapaz CONHECE rapariga” ser uma ideia magnífica…

1 comentário:

An@ disse...

:) é óptimo sentir-me incomum!
É mesmo bom podermos conhecer pessoas, partilhar com elas e tornar isso uma coisa "fora do normal", afinal, sempre fomos tão diferentes e gerimos as coisas sempre de forma tão nossa que nunca chega a ser igual em momento algum, mesmo que se passe sempre no mesmo lugar!

Sem dúvida "rapariga conhece rapaz" é "pano para mangas" num desenrolar de um "desenrolar" de uma história incomum...

Gosto imenso de ti, gémea*