Há tempos estava na estação de comboios envolvida no meio da multidão apressada quando me prendi nuns escritos de uma t-shirt : " Eu sou o mais bonito" - Ao ler aquilo fui inundada por pensamentos que, instintivamente,me fizeram olhar para a cara do dono da t-shirt classificando-o como convencido.
Mas em baixo continuava a frase " ... quando não estás a olhar para mim". E deu para perceber que, os dois, desprendemos naturalmente um esboço de sorriso. " Eu sou o mais bonito quando não estás a olhar para mim"!
Será certo ambicionarmos sempre ter uma imagem correcta, equilibrada e "forte" para os outros ( qualquer que seja o que sejamos está sempre á mercê de julgamentos pré-morais )?
Sérá que não é melhor deixarmo-nos ir até ao fim (de rajada) sem o risco de nos perdermos em preconceitos vagos pelo caminho?
Levamos o que somos ao peito mas será que todos reparam ou vêm apenas metade do que somos?