Há uma frase de Roland Barthes, crítico francês de literatura e da sociedade, que me deixa desconcertada e em certa medida ajuda a compreender como é importante o que escrevemos (no limite, o que partilhamos com os outros):
“Naquilo que se escreve, cada um defende a sua sexualidade.”
Não explica! Mas leio isto e acho que faz sentido !
O lugar comum diria mesmo que na escrita deixamos transparecer um jogo labiríntico com o subconsciente afectivo, com os seus segredos e as suas razões.
Sentirmo-nos perdidos nas nossas emoções…
Sentirmo-nos extasiados em sensações…
Inexplicável ou explicável pela intensidade com que escrevemos?
Cá para mim, a escrita transpira a envolvência a que somos capazes de nos submeter…
È caso para dizer: Tenho que ter mais cuidado com o que escrevo! Ou melhor: como escrevo :)
3 comentários:
Bem... Demonstras a sexualidade em cada acto que executas.. E, efectivamente, o modo como se escreve, o modo como se coordena todo um sentido de um qualquer texto é acusatório do Eu íntimo de cada um..
Já reparaste no modo como escrevo? Cheio de ambiguidades que só a mim são concreto? Parece fácil... Para mim é-me mais simples escrever assim do que escrever concretos para quem lê. O que diz isto da minha sexualidade?...
Tu é que és a psicóloga em formação ;)
:)
bem... tou a ver que temos que medir as palavras para esconder segredos nossos ou que escrever apenas o que os outros conhecem de alguém... ;)
a nossa exposição não se torna física mas sentimental, tlv.
:)
A Maria bonita é ainda mais bonita do que eu pensava! Tenho que vir explorar por estas bandas, descobrir;)
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