sexta-feira, março 27, 2009

O que levo dentro das "minhas coisas"?


E onde vou arrumá-las??







Parar não tem sido hipótese...
parar = pensar...

Não é o momento certo, resta saber se ele existe ou é criado

Mudanças...


Sentir a tralha acabada de arrumar e com lugares fixos e... parece que ainda não é desta que ganham forma dentro das 4 paredes...

toca a procurar, pegar na mala e seguir viagem, ainda que seja para "o sítio mais ao lado" ...

LOLOL

Há mudanças e mudanças... resta saber quais são as que realmente mudam: se as duas, uma ou... nenhuma!

Passo e passo


Um passo de cada vez que leva adiante um corpo que se perde por entre as ruas mais iluminadas ou escurecidas de dias e noites que teimam em ir passando, passo a passo, enquanto são percorridas apressadamente cansadas.
Pequenos passos que vão pisando um chão desconhecido mas que, cada vez mais, se torna um chão menos impessoal e mais informal... ainda com muito para descobrir e caminhos novos a percorrer mas que, o tempo tratará de desbravar.

São passos de quilómetros ou de meros metros; passos de partilha e amizade com passos de profissão e dedicação; passos de lágrimas de dor e saudade fechadas num corpo, e sorrisos de alegria e amor em "pequenos grandes" gestos que não passam de infâncias acompanhadas com orgulho e felicidade; passos de descobertas que o escuro só desvenda quando a luz se acende e o caminho percorrido é seguro e mais tranquilo...

Vê-se no horizonte que a linha existe mas sabe-se que não termina ali. Há passos para além do olhar e do seu alcance... há um futuro caminho que pede que seja pisado mas não promete nem segurança nem qualquer coisa, apenas promete ser caminho e deixar que os pés se deixem cair firme enquanto pisam o chão e carregam o que o corpo traz da vida.

Passo e passo, avança-se e descansa-se ... pois pode caminhar-se andando ou estando um pouco, nunca sempre, parado.

Perder e ganhar

Uma constante roda viva de coisas, pessoas, sitações... que tornam a vida diferente de alguma maneira. O tempo parece escassear a todo o momento e as coisas parecem correr a uma velocidade extraordinariamente apressada. Encontram-se as pessoas perdidas na salada mista da vida profissional que tira "férias" quando se aproxima o fim-de-semana que parece mais curto que um cobertor de uma criança.

Ganhar tempo faz perder qualquer coisa mais;
Perder tempo em qualquer coisa, faz ganhar algo mais nessa "outra coisa";
Perder tempo a falar ao telemóvel ou a mandar mensagem, pode ser a consequência de se ganhar um conforto das palavras de alguém, uma partilha de bons momentos e segredos que ajudam a adormecer de sorriso no rosto;
Não descansar pode ajudar a ganhar-se momentos para mais tarde recordar;
Dormir ganha-se maior descanso e perdem-se horas a dormir que poderiam ser dedicadas a outra coisa;

Dei por mim a pensar que perdemos e ganhamos a cada decisão, a cada pequeno passo ou momento que fazemos qualquer coisa, seja escrever num blog ou dormir tranquilamente numa cama, sendo 1h da madrugada.

Quando se perde numa relação ganha-se em amizades e em conhecimento de nós mesmos e da vida;
Quando se ganha numa relação, ganha-se alguém, partilha-se a vida, conhecesse mais umas quantas pessoas e soltam-se sorrisos e momentos mais profundos com amigos comuns...

Estamos sempre a perder e a ganhar... e é o tempo que faz a contagem das vitórias ganhas e das derrotas ganhas também.

segunda-feira, março 23, 2009









"a minha vida é um punhado de começos suspensos."

Miriam Reyes

quarta-feira, março 11, 2009

Esconderijos



Gosto de sítios onde me posso esconder à vista de todos...
Réfugios onde é possível misturarmo-nos com a paisagem...


Gosto de pessoas que mesmo sem falar me tiram as dúvidas todas...
É bom não perder tempo com coisas desnecessárias...

domingo, março 08, 2009

Um dia diferentes


Os olhos pesam como duas pedras que correm atrás da força da gravidade. Esforço-me por segurá-las firmes às pestanas levantadas, deixando que os olhos escuros e rasgados possam ir identificando cada letra e ordenando as mãos a pressionarem a tecla que vai desenhar as palavras.

O dia tão cheio e um fim-de-semana a prometer sempre coisas diferentes. Começou pelas caras, pelas novas paredes, novo espaço, novos sorrisos e vozes... novidades! Parece que fica para trás mais uma etapa ultrapassada mas, não passa de uma parte de mudança dentro de toda a mudança que tem vindo a ser. Descubro agora que, afinal, os sítios têm sido os mesmos e, as poucas fugas aos "sítios do costume" foram por me raptarem por perto de 2h e guiarem-me... inacreditável como olho e vejo que não sei nada das ruas e das cortadas que levam a "todos os lugares nenhuns" que vejo aos meus olhos. Senti que parei um pouco a veia da exploração e da descoberta que sempre me soube tão bem ter e rir-me dela, com ela quando me perco em estradas e ruas, quando ando pelo meu pé a tentar inventar caminhos mais curtos para a meta... coisas típicas!

Senti que veio um pouco de casa até aqui...a minha ("outra" nova) casa. Bom quando podemos mostrar aquilo que é o percurso diário, aquilo que se vê umas vezes e passamos cegos outras vezes. Ouvi as vozes de toda uma vida, ri e sorri com as caras e sorrisos com que aprendi a viver e a sorrir... veio até mim aquilo que demais importante se tem: desta vez fiquei à espera que viesse até mim. Estranhei esta parte... é sempre exigida a procura, a busca desenfreada e apressada de alguma coisa; ou pelo menos é feita a exigência de ir atrás de tudo sem que nada, ou pouco, venha chegando perto.
Entre percalços, água, comboios, ruas... foi uma tarde mais curta mas tão calma por dentro!
Termina-se o dia a tentar fazer destas paredes um espaço mais meu, encontrar um pouco de mim espalhado e... soltando a terrível doideira pela limpeza e arrumação que, acaba sempre por nunca estar como se quer mas... olhando agora à volta... instalei-me melhor agora que vejo rostos perto do espelho, posso abrir a gaveta e ver coisas que me fazem viajar ou, simplesmente, ver uma ou outra fotografia que me conta uma história, me faz sentir-me no momento... coisas que fazem de um pequeno espaço um grande lugar: um lugar especial! O meu lugar de agora!

Agradece-se o dia enquanto se procura aquecer a garganta muda e o corpo desejoso de cair como morto no quente e fofo recanto que acolhe cada noite!

Amanhã é outro dia!

sábado, março 07, 2009

"Nada dura para sempre"


Por vezes, esta frase parece não fazer sentido, mas não há uma forma melhor de definir as coisas de agora, do mês, das mudanças, reviravoltas, desafios, decisões, medos, lágrimas, sorrisos e corridas contra o tempo, cara sorridente e abraços chegados.

Chega-se à conclusão, passados todos estes anos, que o erro está em criar-se planos a longo prazo quando ainda nem se sabe que dia será amanhã, onde brilhará o sol ou cairá a chuva... planos podem ser feitos de um dia para o outro e com toda a probabilidade de pequenas/grandes falhas.

Desiste-se de criar e fazer planos definidos com um prazo superior ao aceitável. Rapidamente o que hoje é amarelo amanhã pode ter que ser azul e tudo fica frustrado e confuso.

Voltas e voltas que o tempo e as situações alteram. Aos poucos encontra-se alguma calma no meio do rebuliço... deseja-se a paz e a estabilidade que ainda não se sabe quando pode ser encontrada mas vai-se andando e caminhando por onde parece ser melhor!

Há relações, amor, ódio, vidas, casamentos... que não duram para sempre e mudam mas há muitas coisas que a memória e as recordações não apagam do coração, por muito que possa parecer que nada é eterno.
Pode-se acreditar que se confrontam e tentam remediar coisas que se podem ter tornado numa memória eterna e incomparável com tudo o que aparecer. Afinal, há coisas eternas mas que se forem chamadas de "memórias" ou "inesquecíveis" parecem ter um ar menos sério e pesado do que realmente são.

Há coisas que são eternas! =)

O valor

Torna-se difícil valorizar aquilo que sempre foi tão ligado a tudo o que faz parte de um dia, de uma vida. Sempre ali esteve e nunca foi notado. Algumas das coisas, dons que preenchem a delícia de qualquer dia menos agradável. Dons que saltam de dentro, sem razão, aparente, de querer um retorno ou sem serem pensados de forma proveitosa... simplesmente dons que escorregam com a respiração de um dia!

A dificuldade de sentir um elogio e saber lidar com eles torna-se nota forte numa vida ritmada desde que se sabe o que é um elogio, para que serve, como pode chegar... existem realmente qualidades em toda e qualquer pessoa, o problema está em ser identificado pela pessoa em questão. Tornam-se sempre tão maiores e, normalmente, parecem o maior absurdo que se houve por parecer demasiado exagerado e superior ao esperado de si próprio; principalmente porque a maior exigência pode vir de dentro.

Existe uma grande dificuldade em aceitar o elogio e a segurança de que o papel desempenhado ou a finalidade foi atingida quando parece que o que invade é a sensação de falha e frustração pessoal e não generalizada.

Aceitar um desafio é como um virús: muitos podem ter imunidade por si só e outros precisão procurar o seu remédio...

Não sei bem onde me encontro, sabendo onde me encontrar certamente mas... nada dura para sempre

As voltas

No espaço de um mês a vida pode dar mais voltas que os ponteiros de um relógio, com a semelhança de que o tempo é sempre contado, sentido, ouvido, a cada segundo, e as decisões têm que ser sempre apressadamente decididas, sentidas e sofridas ao mais ínfimo pormenor.
Sensação de que tudo coloca a vida à prova e a capacidade de crescer torna-se um ponto forte mas enfraquece a cada decisão de cada hora do dia.

Encontrei um ponto difícil de lidar: o ter que pensar de forma "egoísta" na hora de decidir algo mais, sem querer que os outros ganhem apenas porque é "politicamente correcto" e porque "devia" fazer aquilo pela pessoa, só porque sim. Damos por nós a espreitar as nossas necessidades que passam a ser a prioridade de tudo; apenas alguma necessidades.
Um não que hoje parece o mais certo e seguro, amanhã faz tremer a ponte que tinhamos como chão firme e agora é um pedaço de madeira prestes a estalar...

A felicidade das mudanças torna-se, aos poucos, alguma tranquilidade dos dias que se aproximam e desejam... ou que têm que ser mas se vão tornar em saudades dos que agora vão passando, queixosos.

quinta-feira, março 05, 2009

quarta-feira, março 04, 2009



Não sei quando volto.

No recanto do meu olhar passeio em imagens intermitentes.

Ondulo o corpo ao sabor da inércia, sobrevoando cada espaço de comtemplação.

Nas galerias trauseantes do desassosego liberto cais pérfidos de saudade.
Vou…
Ninguém o sabe a não ser eu.

A melodia ecoa em sentidos dispersos.

Mas eu também nunca soube dançar!