Numa entrevista Ricardo Araújo Pereira (antes de se ter tornado tão mediático), a propósito da representação humorística indicou um poema de Adília Lopes, Autobiografia Somaria, que é assim:
“ Os meus gatos gostam de brincar com as minhas baratas”
Ricardo Araújo disse que achava sublime a maneira como a autora personificava nos gatos o lado mais felino, crítico e até cruel das pessoas e nas baratas aquilo que nelas é mais repugnante, desagradável e até embaraçoso.
E a vida, e nela o trabalho e as relações resultam disso mesmo, da conjugação desses dois aspectos.
Um dia, Ricardo A. teve a oportunidade de entrevistar Adília Lopes e falou-lhe da sua interpretação do poema.
No entanto, ela disse-lhe que o escreveu porque tinha realmente uns gatos que gostavam de brincar com umas baratas que entretanto apareceram em sua casa.
Ricardo A. disse que a partir daí tirou uma lição:
Nunca mais se armar em esperto…
Eu achei esta história sublime!
Nunca mais a esqueci….
E hoje especialmente está-me a ecoar: Nunca mais me armar em esperta!
Vamos lá ver se consigo!!
(talvez não seja má ideia escrever esta lição num papel uma série de vezes para ver se realmente a interiorizo!)
1 comentário:
O problema... é que passamos sempre pelos momentos da vida em q nos armamos em espertos e ... a esperteza sai fura com a simples explicação do que é real...
Somos umas espertezas, sem duvida;)
*beijo*
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