Congratulo-me (ou não!) por não fazer parte daquele leque de pessoas que dizem: “Nunca fui a uma manif”..
Pois eu fui.. talvez não com os melhores motivos… não para demarcar uma posição de esquerda ou de direita ou afirmar uma qualquer opinião política radicalista…
Fui empenhada num ideal…Porque acredito que só com esforços unidos ou com uma maioria absoluta as opiniões conseguem vingar com mais afinco…
Fui porque acredito que é nos meandros das nossas vivências que sentimos o impacto das acções e nos consciencializamos do verdadeiro sentido que terão para nós, ou que queremos que tenham e a partir daí poderemos tomar decisões mais conscientes, coerentes…
Porque o comodismo e a desresponsabilização transferida para um “ há alguém que faça…” também impera em mim… e por uma vez quis destituí-lo da minha pessoa!
Lembro-me então da minha primeira e última manif… de ter ido com um colega (hummm, agora que penso, talvez o facto de ter ido com 3 dos colegas mais giros dos 5 existentes no meu curso também tenha sido um factor decisivo na minha ida. Era capaz de me dar algum estatuto perante o restante mulherio da área (a rondar uma centena e meia), mas adiante…), que um pouco contrariado experimentou tudo o que há de azares por um dia… (para além de estar doente fazia daquilo um “estou prestes a morrer, eu bem sabia que não devia ter vindo”!…) leva-me a outra questão não menos importante!
A maneira como encaramos o que nos acontece depende do esforço que empenhamos naquilo que realmente queremos e do grau de vitimização que estamos dispostos a utilizar na condução da nossa própria vida!
Assim, todos os dias ao acordar, podemos fazer uma e a mesma revolução: estar cientes de que tudo depende de nós, mesmo a maneira como contornamos circunstâncias imprevisíveis, mesmo a capacidade que temos de pedir apoio…
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