Uma mãe, muito gentilmente, ofereceu-me uma frase num formato original:
“ Grande é a poesia, a bondade e as danças. Mas o melhor do mundo são as crianças.”
Fernando Pessoa
Isto deixa-me um pouco confundida verdade seja dita: então mas são as crianças ou é o vinho? =)
Às vezes gostava mesmo que percebessem que não gosto explicitamente de crianças. Ou melhor dito, que não tenho uma predilecção por essa faixa etária.
É verdade que gosto muito de crianças como também é verdade que gosto muito de adultos. Em verdade, também há crianças por quem não nutro uma particular simpatia e o mesmo acontece com os adultos.
Gostava mesmo que as pessoas entendessem que gosto da pessoa, seja criança ou esteja noutra fase qualquer de desenvolvimento…
Gostava mesmo que as pessoas não absolutizassem…
Nesta e noutras questões…
segunda-feira, junho 30, 2008
quinta-feira, junho 26, 2008
Lados Errados
Largaram-me a mil metros do chão
Largaram-me porque me agarrei
Numa alucinação de vida
Que me enchia o coração
E que agora vejo perdida
Num cair que já não sei
Largaram-me a mil metros do chão
Reparo o sol que se afasta no ar
Rasgo caminho onde o vento dormia
Adormeço sentidos no meu furacão
Enquanto sol anuncia o dia
Sinto o meu corpo, desamparado, deslizar...
Perdi-te do lado errado do coração
Eras tu o meu chão...
Enquanto caía a terra rachou
E eu via a queda ainda mais funda
Ao meu lado passava tudo o que passei
Comigo a miragem que nada mudou
Do voo rasante que nem começou
Do tempo apressado que nem reparei
Sinto os meus gestos flutuar, devagar
No último segredo antes do ódio
À minha frente um filme de aves sem voz
E quando as toquei resolvi gostar
Quando as ouvi fiquei a amar
Ter tentado subir ao cimo de nós
Amei-te do lado errado do coração
Eras tu o meu chão...
Não sei ao que chamam lados do coração
Mas és tu o meu chão...
És tu o meu chão...
segunda-feira, junho 23, 2008
sábado, junho 21, 2008
Qualquer coisa descoordenada sem clareza...
Soltarmo-nos é mesmo difícil….
Defendermo-nos também se torna complicado…
Discernir acerca daquilo que não devemos permitir, impor limites nas nossas relações, traçar as nossas próprias regras de acordo com as nossas acepções…é um bocadinho complexo é...
Hoje despedi-me… Ouço que todas as despedidas custam… mas também ouço que todos os regressos tendem a ser felizes…
Hoje fizeram-me saltar da cadeira…. Teatralizar a vida na caricatura de uma história relatada… Quem relatou estava a observar… não se soltava…
Pedem-me para me soltar eu… Mostrar como se pode soltar-se… Mostrar como nos podemos defender…
E quando não somos capazes daquilo que queríamos???…
Ouço dizer que o empenho é sempre o mais importante…. Mas também ouço dizer que o empenho reflecte-se sempre nas acções…
Fica sempre por mostrar “mais qualquer coisa”… Aliás, só assim percebemos que aprendemos..
Aceitar elogios quando sabemos que nos faltou qualquer coisa e há-de faltar sempre.. leva-nos ao extremo da exigência e faz-nos questionar acerca do valor motivante do elogio…
Claro que fico embevecida com elogios… principalmente com aqueles que sei justos..
Mas não quero deixar-me nunca enternecer demasiado com eles e manter permanentemente a atitude mais humilde possível …
Ouço dizer que devemos olhar sempre para todas as versões da história (às vezes há os que gostam e os que não gostam)… mas também ouço que é preciso desequilibrarmo-nos para recuperarmos o novo equilíbrio…
Aqui estou eu….
Após uma despedida…
Um pouco desequilibrada…
Acho eu que...
Ainda só ouvi uma versão da história
Mas a minha versão desta história também é muita boa….
quinta-feira, junho 19, 2008
"Os Dois"
Depois de mais atenta à letra... aqui fica... direitinha!!
Eu não sei quantas vezes te vais matar até eu cair
Eu não sei quantas vezes vais fugir para não voltar
Eu não sei qual das fugas iguais será excepção
E talvez um dia seja eu a largar a mão
Eu quero ver quantas vezes me vais ferir até ganhar
Quero saber se o que vem te dá razões para confiar
e entender que eu te sei sarar, te sei fazer feliz
Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois... os dois...
E ninguém te vai prometer que é para sempre a paixão
E ninguém te vai jurar que é o fim da solidão
Mas eu não te sei apagar sem que possas entender:
o que o acaso nos mostrou a razão fez esquecer...
Porque eu sei que existir ao pé de ti é bem melhor
Eu sei que depois da tempestade vem azul
Eu já sei de cor o espaço do teu corpo para mim
Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois... os dois...
Eu não sei quantas vezes te vais matar até cair
Mas se é tão fácil escurecer e tão simples eu fugir...
Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois,
os dois.
Eu não sei quantas vezes vais fugir para não voltar
Eu não sei qual das fugas iguais será excepção
E talvez um dia seja eu a largar a mão
Eu quero ver quantas vezes me vais ferir até ganhar
Quero saber se o que vem te dá razões para confiar
e entender que eu te sei sarar, te sei fazer feliz
Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois... os dois...
E ninguém te vai prometer que é para sempre a paixão
E ninguém te vai jurar que é o fim da solidão
Mas eu não te sei apagar sem que possas entender:
o que o acaso nos mostrou a razão fez esquecer...
Porque eu sei que existir ao pé de ti é bem melhor
Eu sei que depois da tempestade vem azul
Eu já sei de cor o espaço do teu corpo para mim
Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois... os dois...
Eu não sei quantas vezes te vais matar até cair
Mas se é tão fácil escurecer e tão simples eu fugir...
Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois,
os dois.
Tiago Bettencourt & Mantha
terça-feira, junho 17, 2008
De quê? III
De quê? II
A Meta
A meta começa a ver-se, mesmo sem a "corrida" estar acabada.
O percurso atrás foi longo! Muitos momentos para recordar com alegrias e tristezas; vitórias e derrotas ... mas que valem para crescer no caminho até à recta final que vai ficando próxima a cada passo leve e lento ou mesmo mais apressado que se dá no caminho.
Tudo começa a rotular-se com a calma de um olhar, com o segredo de um sorriso, com as memórias de uma vida que acaba onde começar a próxima mudança, a próxima "paragem".
Aproxima-se o "fim de um princípio"!
Não se sabe onde, não se sabe quando nem como... um dia começará... depois de acabar!
A corrida ainda dura até chegar o dia ... a meta!
terça-feira, junho 10, 2008
Brilhozinho nos olhos
Uma vez falaram-me com esta música…
(à falta da original)
Fiquei nesta “ambivalência”:
Será que soube-me a pouco ou será que me soube a tanto?
=)
È estranho como o limite entre um e outro pode ser tão ténue e motivado pelas expectativas que poderemos ter…
Saí deste fim de semana com um (O) brilhozinho nos olhos!
Agora falo eu por esta música…
Aliás, acho que falaremos para sempre assim!
Foi bom!
Soube-me a TANTO…
(à falta da original)
Fiquei nesta “ambivalência”:
Será que soube-me a pouco ou será que me soube a tanto?
=)
È estranho como o limite entre um e outro pode ser tão ténue e motivado pelas expectativas que poderemos ter…
Saí deste fim de semana com um (O) brilhozinho nos olhos!
Agora falo eu por esta música…
Aliás, acho que falaremos para sempre assim!
Foi bom!
Soube-me a TANTO…
sexta-feira, junho 06, 2008
Pés
Aproxima-se de mansinho...
hesita...
...
fica um silêncio morno entre a porta e alguém...
Num gesto lento, vai desatando o atacador... primeiro o esquerdo, depois o direito...
tem o gesto de descalçar cada um dos pés segurando o calcanhar com os dedos...
pousa cada pé de forma leve no chão ... que não é frio!!
É o teu chão...
Entrar "em alguém" requer cuidado...
A capacidade de entrega e respeito passa pela simplicidade conseguirmos descalçar-nos perante alguém...
Existem pessoas que nem reparamos que entramos friamente sem querer sentir o chão...
Outras, criamos rituais para dar o primeiro passo...
Difícil é quando nos descalçamos e pisamos um chão que respeitamos, conhecemos e faz parte "do nosso chão"... é aí que... saberei calçar-me outra vez??
Existe chão SAGRADO!!!
hesita...
...
fica um silêncio morno entre a porta e alguém...
Num gesto lento, vai desatando o atacador... primeiro o esquerdo, depois o direito...
tem o gesto de descalçar cada um dos pés segurando o calcanhar com os dedos...
pousa cada pé de forma leve no chão ... que não é frio!!
É o teu chão...
Entrar "em alguém" requer cuidado...
A capacidade de entrega e respeito passa pela simplicidade conseguirmos descalçar-nos perante alguém...
Existem pessoas que nem reparamos que entramos friamente sem querer sentir o chão...
Outras, criamos rituais para dar o primeiro passo...
Difícil é quando nos descalçamos e pisamos um chão que respeitamos, conhecemos e faz parte "do nosso chão"... é aí que... saberei calçar-me outra vez??
Existe chão SAGRADO!!!
Mobilar a vida???
Por vezes, sinto-me num mundo de analfabetos emocionais onde tudo parece tão frio e egoísta!
A vida é como um armário, separados por espaços e onde tudo se pode colocar organizado por espacinhos e categorias. A determinada altura mete-se lá alguma coisa importante que queremos agarrar quando "houver tempo" ou quando passar aquela fase.
Teimam que tudo tem que ficar no armário enquanto percorrem um caminho que se não for feito sozinho, não tem sentido, ou ninguém pode fazer parte do caminho para não deixar que seja distracção ou se torne apoio com o qual se espera contar mas... tem-se medo que se conte em demasia...
Não entendo esta capacidade de...
colocar a cabeça à frente de tudo o que é vida e sentimentos!
separar tudo por categorias e tornar as pessoas "categorias também" que se colocam em prateleiras como se fossem um livro que não serve para agora mas... sabemos que está lá, onde o deixámos.
sacrificar as coisas todas por um acto egoista.
...
Afinal, sempre é real e urgente a necessidade de educar as emoções!
Sinto-me, cada vez mais, rodeada por pessoas com "analfabetismo emocional"...
(não é uma nem duas pessoas... são várias)
Afinal...
a vida vale por quê? por quem?
Havia um cérebro emocional muito antes de aparecer um cérebro racional
Goleman, 1997
E o vencedor é....
Em pequenina gostava mesmo de jogar ao braço de ferro com o meu pai e tinha um gozo intenso em que ele não me deixasse ganhar, para assim sentir a sua “força real”!
Era como se assim me entendesse protegida por alguém mesmo forte!
Sabia que tinha força e fazia por ter força, muita força (até porque o meu pai dava-me tempo para eu tentar toda a minha energia) mas saberia sempre que “poderá existir alguém que tem mais força que eu”- personificava isso no MEU pai ( só para a eventualidade de precisar é bom que se saiba)!
Em pequenina gostava muito que a minha mãe me desse sempre a escolher. E me ensinasse _ quando estava chateada_ (para os mais incrédulos - eu sei, é difícil de entender, mas também tenho mau feitio =)), que também podia escolher entre estar amuada (e as consequências disso) ou não estar amuada (e as consequências disso, bem melhores por sinal!)
Era como se assim me entendesse protegida por alguém mesmo forte!
Sabia que tinha força e fazia por ter força, muita força (até porque o meu pai dava-me tempo para eu tentar toda a minha energia) mas saberia sempre que “poderá existir alguém que tem mais força que eu”- personificava isso no MEU pai ( só para a eventualidade de precisar é bom que se saiba)!
Em pequenina gostava muito que a minha mãe me desse sempre a escolher. E me ensinasse _ quando estava chateada_ (para os mais incrédulos - eu sei, é difícil de entender, mas também tenho mau feitio =)), que também podia escolher entre estar amuada (e as consequências disso) ou não estar amuada (e as consequências disso, bem melhores por sinal!)
Trabalho de Yeondoo Jung em que desenhos de crianças dão lugar a fotografias
http://www.yeondoojung.com/artworks_view_wonderland.php?no=88
Sei que o que se passa na infância, aquilo que fazemos/sentimos e aprendemos a fazer/sentir, terá depois repercussões reais…
As minhas 5ª feiras são do Ricardo, do Gonçalo e do Bernardo…
Dei-lhes a escolher a brincadeira e… jogámos ao braço de ferro =)
Quem será que ganhou? =)
domingo, junho 01, 2008
Rock in Rio...Eu fui... e amei
Às vezes...
não é preciso muito para se sentir as coisas;
não é preciso a frieza de um "boa" dito entre dentes e com os olhos vagos;
é preciso um abraço apertado;
é preciso um olhar mais fundo;
é preciso a palavra certa no momento certo;
é preciso um conforto e um elogio;
é preciso a força de uma palavra ou de um gesto;
é preciso muita coisa...
não se encontram sorrisos;
não se encontra a coragem "nos crescidos";
não se consegue ver nada dentro de um olhar;
não se ouvem palavras em momentos certos, apenas nos desnecessários;
não há conforto ou elogios, apenas defeitos e críticas;
não há muita coisa...
era importante que tudo se pudesse ver e saber sem ser preciso ser dito ou visto!
nem todos conseguem dar aos outros o que realmente precisam, e pior que isso...
Às vezes não conseguem saber o que fazem errado quando se acham os certos...
Às vezes é difícil...
não é preciso a frieza de um "boa" dito entre dentes e com os olhos vagos;
é preciso um abraço apertado;
é preciso um olhar mais fundo;
é preciso a palavra certa no momento certo;
é preciso um conforto e um elogio;
é preciso a força de uma palavra ou de um gesto;
é preciso muita coisa...
não se encontram sorrisos;
não se encontra a coragem "nos crescidos";
não se consegue ver nada dentro de um olhar;
não se ouvem palavras em momentos certos, apenas nos desnecessários;
não há conforto ou elogios, apenas defeitos e críticas;
não há muita coisa...
era importante que tudo se pudesse ver e saber sem ser preciso ser dito ou visto!
nem todos conseguem dar aos outros o que realmente precisam, e pior que isso...
Às vezes não conseguem saber o que fazem errado quando se acham os certos...
Às vezes é difícil...
Às vezes... há momentos que dão que pensar
...hoje foi o momento, a hora e o sítio...
Às vezes...
...hoje foi o momento, a hora e o sítio...
Às vezes...
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