terça-feira, julho 15, 2008

1 semana: III cenas


I cena

Senti-me tocada no ombro…
Maria?
Sim, sou eu!
E a Senhora do Bar entregou-me um bilhete
O bilhete pedia-me para levantar o traseiro da cadeira e olhar com muita atenção em todo o meu redor, e é se queria receber um aceno, um sorriso e após aproximação um beijo.

De facto, as aproximações fazem-nos sempre ganhar alguma coisa.
De facto, as reaproximações encurtam sempre as distâncias.
De facto, estar atenta ao nosso redor faz-nos sentir próximos dos pormenores das relações.

Obrigada pelo bilhete.

II cena

Entrei na reunião, á cautela, e fui apresentada com o meu segundo nome.
Falei do meu trabalho e mostrei-me disponível para, no final, esclarecer qualquer dúvida.

De facto, no final vieram esclarecer um dúvida: seria eu a menina das alianças de 3 anos que em tempos conheceu?
De facto era!
De facto, existem marcas intemporais, rostos que ficam.. traços que marcam…
De facto, a vida encarrega-se de nos fazer crescer preservando sempre alguns traços (e não falo apenas dos físicos)!

III cena

A conversar com uma senhora com idade de avó:
Gostava muito de lhe dar uma prenda, mas se se fosse casar agora era mais fácil, dava-lhe alguma coisa para o enxoval. Mas parece que só se vai casar daqui a muito tempo. Assim, não sei mesmo o que lhe hei-de dar!

De facto, podemos ser reconhecidas, de perfil, num sítio cheio de gente. – à semelhança da cena I

De facto, podemos ser reconhecidas passadas largas décadas, numa outra fase de desenvolvimento…- como aconteceu na cena II

Mas, de facto reconhecerem-me, sem nada eu dizer, como não tendo cara de quem se vá casar já é uma obra extremamente sábia. =)



1 comentário:

Sofia Amaral disse...

muito bom maria ines... as always................


é só uma boa revista descobrir esta colecçao de posts e vais ver.... suca colunista de uma boa magazine..... assim tipo carrie numa versao mais util:D