quarta-feira, outubro 15, 2008
(Des)Arrumado
Abrir a porta e encontrar tudo pelo chão, já nada tem lugar próprio nem espaço reservado. Tudo passa a ser lugar de tudo ou de nada. Um espaço comum a qualquer coisa que se mantinha ordeiramente limpo e arrumado dentro de quatro paredes. Desarrumação nítida e claramente sentida, visível. Prateleiras vazias e um chão que desaparece por entre mil coisas.
Mas... há portas que se abrem, devagar! Tudo está visualmente arrumado, tudo tem lugar, espaço, cor e forma subtil e harmoniosa. Dentro de um dossier não se vê a desarrumação sem que seja aberto. Dentro das gavetas não se sente o reboliço de papelada trocada e empilhada que não tem ordem nem lugar certo, não tem páginas e não tem tema certo!
Sair "de casa" e regressar ao final do dia. Olhar à volta onde tudo mantém a sua posição, ocupa o seu lugar e continua a ter a mesma cor. Apesar de tudo, sente-se uma desarrumação inquietante que deixa o incómodo de quem chega e se senta de cabeça cheia e continuamente a encher ... olhar à volta e ver que tudo é o mesmo, o local não muda mas desarruma-se em algum lugar. Alguma coisa não estará no sítio certo, simplesmente porque sempre ali esteve e não devia estar a partir do hoje. Perde-se a noção do espaço e do corpo... perde-se noção daquilo que realmente está arrumado e daquilo que está desarrumado. Não há a capacidade de chegar e mudar o que deve mudar, nem para conseguir sair e voltar a entrar notando as mudanças...
A "casa" precisa de qualquer coisa que se procura ... sem se saber o que é!
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1 comentário:
ontem arrumei o meu quarto, mas hoje já parece desarrumado outra vez! entendo o que queres dizer:) beijinho*
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