sexta-feira, outubro 31, 2008

Enquanto "consumia" a leitura...

Encontrei, atrás do livro de Gilles Lipovetsky (sobre a sociedade de consumo):

“Numa sociedade em que a melhoria contínua das condições de vida materiais praticamente ascendeu ao estatuto de religião, viver melhor tornou-se uma paixão colectiva, o objectivo supremo das sociedades democráticas, um ideal nunca por demais exaltado. Entrámos assim numa nova fase do capitalismo: a sociedade do hiperconsumo.Eis que nasce um terceiro tipo de Homo consumericus, voraz, móvel, flexível, liberto da antiga culturas de classe, imprevisível nos seus gostos e nas suas compras e sedento de experiências emocionais e de (mais) bem-estar, de marcas, de autenticidade, de imediatidade, de comunicação.Tudo se passa como se, doravante, o consumo funcionasse como um império sem tempos mortos cujos contornos são infinitos. Mas estes prazeres privados originam uma felicidade paradoxal: nunca o indivíduo contemporâneo atingiu um tal grau de abandono.”

Excerto do documentário “A história das coisas”:

Sem comentários: