(...)
De repente, no meio da história, apareceu o Génio. (...)
Estás tão crescida! Mas falta-te qualquer coisa...Já sei! É o teu coração. (...) E consegues ser feliz, mesmo sem o teu coração? - perguntou o génio preocupado com ela.
- Acho que sim. Pelo menos não penso nisso. Trabalho tanto que nem tenho tempo para pensar.
- Tapar uma coisa não é o mesmo que esquecê-la - advertiu o Génio.
- Eu sei (...) mas agora é melhor assim.
- E porque não pedes outro desejo? (...)
- Pode ser - concordou. - Quero que açguém encontre a concha onde está o meu coração e ma ofereça de presente.
- Está bem - respondeu o Génio. - Assim que eu encontrar a pessoa certa, resolvo-te isso.
E desapareceu mais uma vez, sem que mais ninguém o tivesse visto.
"Só os Génios é que conseguem aparecer e desaparecer desta maneira", pensou ela.
in A rapariga que perdeu o coração, de Margarida Rebelo Pinto
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