quarta-feira, dezembro 26, 2007

Para ser lido/visto até ao fim… Tirem uns minutinhos da vossa vida… às vezes, e apesar de termos vergonha disso e não o admitirmos aos amigos mais próximos as comédias românticas até sabem bem.. e fiquem descansadinhos que não conto a ninguém que leram este post…

E depois do maior título que alguma vez escreverei na minha vida (bem, há que admitir que não obedece criteriosamente aos requisitos de um título mas não há nenhum professor de português que me leia por isso… Cecília tu não contas e tapas os olhos ok?)

Sublinho a pequena advertência: ler e ouvir até ao fim!

Sou daquelas ínfimas pessoas que namora a ideia peregrina de que o amor é um construto completamente utópico… pouco puro…
Não digo que não se possa gostar muito de alguém… Mesmo muito…
Mas não acho bom idealizar demasiado sobre isso (no entanto e apesar da indicação fazêmo-lo na mesma)!
Podem-me chamar descrente mas não desespero com isso…


Sequência de uma história feliz (para ver e ouvir):

http://www.youtube.com/watch?v=hAeiVae73GI&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=gMg8PY7LtFw&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=0brQ_Ixhotc&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=pn-4sHD5ZtY&feature=related



Conclusão: O amor não existe !!!



“Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açúcares.

Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante.


E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu.

Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.

Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente.

Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.”

Fernando Alvim




Mas ainda assim:

Everbody fallen in love (só para ouvir):

http://www.youtube.com/watch?v=R-uKC8V0TwU&feature=related


Espero ter-vos aliciado ao visionamento de uma comédia romântica daquelas nhé, a alugar no vídeo clube mais perto de si…

Ah e já que chegou aqui obrigada por ter respeitado a advertência inicial!

Teria muitas mais coisas a acrescentar à minha tese intitulada: “o amor não existe” mas não me prolongo como prémio de mérito aos que leram o post até ao fim (não vos quero maçar mais, coitados!)!
Obrigado!

Só acrescentar que no fundo o que exijo do meu amor (e não pensem com isto que estou a ser incongruente, sei que disse que o amor não existe) é que seja um bom conversador porque é isso que faremos para o resto da vida…
O resto é conversa…

E para os mais curiosos, não, não estou apaixonada… só me deu para isto… =)
Maluqueiras…

5 comentários:

Unknown disse...

Bem...sem comentários ao título... :)
A verdade é que esse amor cor-de-rosa, lamechento, cheio de "gosto tanto de ti amorzinho"...EXISTE MESMO! lol...Claro que por vezes vem camuflado em discussões parvas e faltas de paciência mas é tão bom quando acaba por voltar...Porque quando é verdadeiro, volta sempre...
Sim, Maria. Fala a eterna romântica que adora uma bom filme em que depois de tantos promblemas e obstáculos o menino e a menina vivem felizes para sempre! Mas é por isso que vale a pena batalhar...Quem é que não quer ouvir "Amor, I love you"?...

Maria disse...

" Amor, i love you?"- esqueci-me que és mais inclinida para professora de inglês :)

E esqueci-me tb de na advercência inicial acrescentar proibida a leitura a recem casadas... =)

Principalmente a recem casadas com um marido que passado anos ainda se lembra de eu lhe ter falado de um "chiiro" (não se fazem homens assim hj em dia!)

Tou a brincar. quando digo que o amor não existe sei bem que estou a ser demasiado extremista e sei bem que nunca se chegará a um consenso sobre a temática...
Se quissese ser lamecha utilizaria mesmo aquele chavão que diz que o amor não se define sente-se...

O que digo é que o amor genuinamente altruista é dificil e que por mt que custe admitir o amor anda sempre aliado á pressão social,ao medo da solidão ou mesmo um investimento inconsciente na nossa auto-estima...Sendo também muitas vezes a beleza a "via verde" do amor n´alguns casos..
Mas ainda assim amor...
Não me incomoda...

Ao que dou particular relevo é à construção do amor... da relação...
O que me preocupa é como é que o amor chega até nós ( é uma escolha isso sem dúvida, agora é uma escolha feito como, porquê e para quê?)
Eu sei que em última instância isso não interessa mt...
mas...

E sei novamente que estou a ser apoderada pelo meu radicalismo =)
No entanto, avisei no ínicio que a tese era grande e maçadora... =)

Anónimo disse...

sei que não vou acrescentar muito a este post...
mas adorei ines!!!esta mesmo lindo!
e confesso que em parte concordo com muito do que disseste.
Aquele amor de filmes para mim não existe...não há amor à primeira vista e muito menos a pessoa certa ou a "nossa cara-metade". Porque afinal esse sentimento tão incerto não passa de uma construção...feita a dois ... ou então isolada...
Mas o que torna tudo isto mais difícil e saber quando de facto gostamos mesmo de alguem, que nos faça abdicar de tudo...
E assim continuamos como o patinho do último video...sempre em busca... :)

An@ disse...

Finalmente me dignei a "perder" o meu tempo e ler do início ao fim tudo o que tinhas deixado...

O amor... aquele tema que ja tanto conheces a minha opinião e sabes de que lado estou como guerreira... bem ou mal é assim que luto e assim que vou passando... uma vezes ganha-se, outras perde-se e, ainda outras espera-se pela última oportunidade de batalha;)

Obrigada por este teu post e ... eu sei que tu acreditas no amor, à tua maneira mas sei que ele está lá;) apaixonada estás sempre :)

gmdt, gémea

Anónimo disse...

Só tenho a acrescentar minha ratazanazinha, que esta foi uma tese mt apoiada, e bastante discutida aqui na Ruf como tal está mt bem elaborada e escrita, és tu!;
Considero as tuas ultimas ideias a chave para este embroglio..(a parte pirosa nem vo falar lol)

"é que seja um bom conversador porque é isso que faremos para o resto da vida…
O resto é conversa…" nem mais =)