Abre-se a porta... beeeeeeeeeem devagar! Arrastada por um vento surdo e levemente forte mas muito discreto. Entra qualquer coisa. Caminha bem leve, a percorrer todo o espaço perdido e solto naquele lugar, leve e lento, pintalgado de branco liso e puramente limpo.
Arrepia a proximidade que torna a ansiedade num bichinho irrequieto preso e a rodopiar o umbigo, sem deixar de comichar as entranhas. Ouve-se aproximar-se a boca que sopra no ouvido qualquer coisa... chegou! O ouvido escuta calmamente nervoso cada som, cada palavra e cada leve respirar.
Chegou o segredo que veio para ficar até deixar de o ser. Segredos contados e que deixam de ser "só segredo de si" e passam a ser um segredo nosso! Nosso... (solta-se um leve sorriso no rosto)... é nosso. E um dia será desvendado e perderá o segredo, o nervoso miúdo que faz comichar. Cresce, acontece e "plim!" numa questão de piscar dos olhos todos conhecem o segredo como um momento, algo que está acontecer! E este sim... é bom! Um segredo tão bom que deixa sair um sorriso patetamente feliz e felizmente alegre.
Agora, fecha-se a porta, bem devagar, para ninguém entrar até que o segredo se torne momento e o momento se torne alegria ... o NOSSO segredo e o V(N)OSSO momento.
Shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Fecha-se a porta e espera-se que chegue o momento!
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