segunda-feira, abril 28, 2008

Antigo recordado no novo (presente)

Este texto recorda-me uma peregrinação que fiz a Fátima faz tempo, pelos colégios.
Fiquei a pensar nele alguns momentos do meu dia e... cá fica! Com tanto para dizer!


“ Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse um pouco mais de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais… Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate! Se Deus me oferecesse um pouco mais de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto, não apenas o meu corpo, mas também a minha alma. Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas, de um poema de Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua. Regaria as rosas com as lágrimas para sentir a dor dos Seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas… Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida… Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas. Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de ser apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar! A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria que aprender a voar sozinha. Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocês, os homens… Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta. Aprendi que quando um recém-nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre. Aprendi que um homem só tem direito de olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, Ma não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…”


(autor desconhecido)

Pelo antigo a caminho do novo


Um fim-de-semana prolongado dado aos outros. Um verdadeiro desafio... superado! Não sozinha! =)

Servir torna-se cada vez mais delicioso e desafiante. Um caminho antigo e "relativamente conhecido" a caminho de algo mais, de algo diferente que fica por dentro e por fora... pelas pessoas, pelos sorrisos, pelos pés...
Caminhar na companhia de "conhecidos desconhecidos"...

Senti-me bem! Sentimento de entrega e subtileza presença para dar miminhos, bolachas e rebuçados, para tocar os pés e ser tocada por dentro.
Vale a pena o esforço, as dores, o sol, ... valem a pena as pessoas! Por momentos encontrei a capacidade de me deixar levar, como antes, pelas pessoas e momentos. Apeteceu-me agarrar "o mundo". Soube mesmo bem.

Reforçar laços, sentir-me levada (literalmente), sentir pessoas que se tornaram os meus pés, que se tornaram a minha força de chegar... sentir que alguém sentia vontade de me carregar porque podia fazer algo por mim... desmanchei-me perante tudo. Toda a minha alma se transformou em lágrimas de ser "cruz pesada" nas costas de alguém mas por chegar a caminhar pelos pés de quem caminha e quer chegar.

Indescritível!

Sentimento de chegada... dores, inchaço ... uma
ENORME força para me deixar encontrar pelos outros que foram apoio comigo e para mim; uma pequena chama de esperança para me reencontrar, aos poucos.



"Vou conTigo pelo antigo a caminho do novo"



Este caminho deve levar-me a algum lugar... saberei... quando lá chegar!

quarta-feira, abril 23, 2008

Nostalgia




http://www.youtube.com/watch?v=QCcB9l80vuU&feature=related

lembro-me de cantar acerrimamente esta musica de apresentação ( actualmente, ao olhar para a letra reparo k desde pequenina me saí uma poliglota (modéstia à parte =), porque realmente a letra tem que se lhe diga… hoje só consigo cantar o busch busch, e a medo…)


http://www.youtube.com/watch?v=F92Npd1x6E0&feature=related

lembro-me bem de andar naqueles bonecos, em que se põe a moedinha e que abanavam ao som de uma musica… O meu preferido era a abelha maia (tenho fotos a comprovar!)
Depois fiquei a repudiar seriamente este desenho animado, quando na minha adolescência, um indivíduo de alcunha abelha se aventurou a gostar de mim fazendo com que os seus amigos me apelidassem de abelha maia (faço por esquecer esta etapa da minha vida, com toda a certeza traumatizante).

http://www.youtube.com/watch?v=maWsN_XsamQ

lembro-me de esperar convictamente, de pijama vestido, pela hora do vitinho para ir dormir ( só mais tarde me apercebi que os meus queridos pais fizeram uma gravação que passavam na tv a seu belo prazer quando achavam que já estava na hora da caminha…)
bahhhh!

http://www.youtube.com/watch?v=F5JWY9TRojk

pequenos póneis…
Tinha um pónei destes em casa (que vinha com uma escova incluída) e a quem penteava o cabelo (???). já que não conseguia pentear o meu fazia-o num pequeno cavalo! =)


http://www.youtube.com/watch?v=WNEAZm8s838

Estes desenhos tiveram uma influência decisiva na altura em que desenhava todos os bonecos de olhos fechados…
(reparem para o conjunto de animais simetricamente iguais)
Cá está a causa!

O que é certo é que os desenhos animados ensinam-nos a vida!
Sinto-me bastante desactualizada no que concerne aos desenhos animados actuais!
Sempre quis dizer isto um dia: “ Acho k estou a ficar velha”! =)

terça-feira, abril 22, 2008

Noite de Promessas - a dobrar III

A noite foi feita de promessas... a dobrar !
De um outro lado, pedia:
- "Promete que tens isto até eu voltar (para casa)!"
Mais uma vez, a mesma resposta se cumpriu... mais uma vez saiu de mim um "prometo", desta vez, com a certeza e vontade de cumprir após "a banda sonora"!

Cumpri e continuo a cumprir! Tem um sabor especial... vem de longe e de um abraço que a infância sempre teve para mim, até hoje e... "amanhã" tenho a certeza que lá estará =)

Noite cheia! Mas... antes de terminar ainda ... :
-" eu acredito por ti até tu acreditares (...)"


E uma última promessa:
-"mas tens de me prometer que quando for aí ficas comigo"

Mas quem nega um regaço??


Noite CHEIA de tudo!



Final sunset on the waves... the perfect girl, the perfect place to wacth the world go down in flames


Thanks,

Puzzle

Noite de Promessas - a dobrar II

(...)

- "À quanto tempo não és feliz?"

(...)

- "Prometes?" (pediu isto como uma criança)
A minha resposta foi cuidada, pensada...
- "Só se promete a uma criança aquilo que sabemos que vamos realmente cumprir, senão ela deixa de acreditar em nós."
-"Então promete! Sabes que podes cumprir!"

Hesitei bastante tempo! Aceitei e... vou cumprindo!
Custa acreditar "naquilo" mas... prometi... resta ver onde chega ou se... depois disso... alguma coisa resulta!


Obrigada... a ti!













princesa
(qualquer coisa parecida)


"Um dia vou ser feliz: hoje é o dia"

Noite de Promessas - a dobrar




WALKING TO HAWAI

Falling feels like flying
Until you hit the ground
And everything is beautiful
till you take a look around
So let it go

Turn the bow into the wave boys
I feel a storm coming in
And every bridge we build we burn
And never learn to swim
No we never learn to swim
So let it go

Lead me to the edge and watch
See how far we both can drop
Let it all just slip away
Let it fade

Well walk to hawaii
A final sunset on the waves
The perfect girl the perfect place
To watch the world go down in flames
Wouldnt that be a shame
So let it go

Lead me to the edge dont stop
Beauty always had a cost
And as the air slips from our lungs
Well sing songs of love
Oh love, oh love...

segunda-feira, abril 21, 2008


Faz voltar o que tens porque é meu

Rever



Ouvi hoje dizer que quanto mais se consegue olhar para trás, mais se vê em frente. Fiquei por momentos a pensar nisso mas... decidi abandonar isso... não sei bem porquê!

Cada vez mais dou por mim a contar o tempo, a pensar naquilo que aí vem, que não promete nada mas ... é desafio dos grandes! Pode ser cheio de sorrisos, portas e janelas ou... pode ser um bater à porta que permanece fechada...
Assusta! Apesar de tudo, vem marcar a diferença do que é crescer com um suporte e do que é crescer suportando muito de nós!
Sinto-me baralhada com tanta coisa que penso, que muda, que é desafio e, principalmente, tudo aquilo que não depende só de mim e do meu esforço!

Para onde é que vai o raio do esforço? Por onde fica o desejo, a vontade, os sonhos...? Para que servem estes anos percorridos com cansaço e luta?

Incógnita que massacra e que, ao mesmo tempo, define como o tempo corre veloz, mais adiantado do que o ponteiro dos segundos que rodopia no relógio vezes sem conta e não se cansa disso mesmo...


Avalia-se o ano aos poucos... prefiro não o comentar... fica avaliado cá por mim e pelos sentidos, sentimentos e senti-qualquer-coisa-mais.


E agora? ... Não sei!
Passará agora a tempestade, as nuvens negras, para darem lugar ao sol que se espera faz TEMPO?!

Só Deus sabe o que virá, só Deus sabe o que será



Meio perdida...

A consistência dos sonhos


Até que ponto são os sonhos consistentes?
De que são feitos, afinal?
Sonho não implica ser algo muito rosa e surreal!! Pode ser real, possível de concretizar...
mas porque raio metemos os sonhos nas prateleiras mais altas do armário que temos em frente... bem bem alto que mal lá chegamos ou... não chegamos mesmo!!

De que são feitos os sonhos??

Pergunto-me tanta vez e todas as vezes... fico sem uma resposta... ou sem A resposta!!

sábado, abril 19, 2008

QUEIMA DAS FITAS 2008 - A chegar


A poucas semanas de chegar a festa que envolve toda a cidade de negro numa festa de estudantes (ou não, depende do contexto), muita cerveja, muita cor (no dia do cortejo)... a tradição mudou e vamos lá ver como é!Queima sem o tio Quim Barreiros ... mas faz-se, tenho a certeza, e maltinha não vai faltar!

É estranho ver esta Queima como a última (muito provavelmente). Começasse a pensar em tudo o que já está para trás: as queimas, latadas, jantares de curso, ... tudinho! "ai saudade!!" :) Mas... ainda falta o chegar ao fim. Antes... QUEIMA e as NOITES DO PARQUE!

Pois bem minha gente, este ano o cartaz é:

Sexta, 2 de maio

- Fingertips
- Dapunksportif

Sábado, 3 de maio

- David Fonseca
- Hands on Approach

Domingo, 4 de maio - dia do Cortejo

- José Malhoa
- Tiago Silva e ganda malucos
- Hi-Fi

Segunda, 5 de maio

- Primitive Reason
- Quinta do Bill

Terça, 6 de maio

- Clã
- Mind da Gap

Quarta, 7 de maio

- Yves Larock
- Jorge Palma

Quinta, 8 de maio

- Gabriel o Pensador
- Ez Special

Sexta, 9 de maio

- Anthony B
- Tiago Bettencourt

Sábado, 10 de maio

- James
- Mesa


sexta-feira, abril 18, 2008

Tudo sem...

... nada!

terça-feira, abril 15, 2008

um jardineiro cantor =)

Mais momentos musicais *



Tiago Bettencourt

O Jogo - Tiago Bettencourt

Momentos musicais... deliciosos!





Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer, sou eu quem não quer ver que tudo é tão maior aqui
Está frio demais para apostar em mim

Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e o medo faz-nos sós
És tu quem quer mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais para me sentir...
Mas queres ficar...

Tudo o que é meu é tudo o que eu não sei largar
Queres levar tudo o que é meu e tudo o que eu não sei largar...
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder...

Tudo o que é meu é tudo o que eu não sei largar
Queres levar tudo o que é meu e tudo o que eu não sei largar...
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder...
Não... Não vai perder... Não vai perder!

Porque há momentos em que...

muita coisa irrita!
Depois passa!!!

sábado, abril 12, 2008

Só porque achei piada

Não é difícil gostar de alguém , mas quando se gosta , gosta-se e pronto, não h á nada a fazer.
Pensamos na pessoa o dia todo e olhando para o tecto perguntamo-nos onde estará a outra pessoa naquele exacto momento em que pensamos nela. Onde estás ? Ontem pensei em ti, hoje também , ainda agorinha mesmo estava a pensar em ti, e andamos nisto . Gostamos de alguém , não perguntem agora porquê porque mesmo que vos quisesse dizer nunca saberia a resposta. Eu não sei o porquê! as pessoas gostam de saber porque diacho gostamos nós de alguém e isto não é fácil de explicar. Convenhamos: vi-a uma vez ou duas , o que não é muito eu sei, mas porque raio tem de existir uma regra que implica vermos mais do que uma vez alguém para sabermos que gostamos dela. E depois, alguns puritanos perguntam-nos: " ai sim, gostas dela, então de que cor são os olhos dela? Como é que ela se chama?" Como se ao não sabermos responder a qualquer uma das perguntas ficasse assim provado que não gostávamos desse alguém . Mentira.


Quando se gosta quer-se que a pessoa de quem gostamos seja nossa, como se fosse um direito. E se estiver escrito no diário da republica" tanto melhor. algo como " Declaramos para os devidos efeitos que a jovem etc. e tal é propriedade de Fernando Alvim , sua e apenas sua, seu grande malandro!". As coisas infelizmente não são assim e já ninguém é de ninguém , já ninguém dá a mão, na melhor das hipóteses faz-se um "leasing", arrenda-se a mão ou coisa do genero . Não gosto nada disto. O que eu gostava mesmo era de lhe perguntar: de quem são essas mãos e ela dizer " são tuas!" De quem é essa boca? e ela responder " É Tua!" De quem é esse cabelo? " É teu!" Contudo as defesas apoderam-se de nós , sentimos o ritmo cardíaco a aumentar e "ai a minha vida a andar para trá s ", estamos com aquela pessoa de quem tanto gostamos e pensamos " não lhe posso mostrar que gosto já dela, senão est á tudo estragado!" temos oportunidade de estarmos juntos logo naquele dia e " ai que isto não é bem assim"

Talvez por isso eu não percebo este amor que pensa e reflecte . O amor, a paixão, o desejo - todos parentes próximos da mesma família não pensam muito, porque não existe uma lógica , uma norma a seguir, um " agora temos de ir ao cinema, jantar, teatro, exposição" e " vê lá o que está a dar na televisão !?" e " olha que eu não sou dessas" e ainda dez mensagens por dia!
Para mim basta-me saber que gosto - e gosto - e perceber que o meu corpo responde por mim - e responde. Não tem de haver pressa! - dizem alguns. Não têm??? ai não, que não tem!!!

O desejo não me parece ser algo tranquilo, é exactamente o contrário, é stressadinho , fuma cigarro atrás de cigarro - saia da frente que tenho pressa! - o desejo buzina ao cair do sem á foro verde, é taxista em hora de ponta - saia daí senhor! - quer passar à frente de todos tipo Chico espertos tem urgência em chegar, quer ser r á pido para se manifestar junto de quem gosta.

Quando gosto de alguém , não quero saber se aquele ou o outro acredita nisso, não me interessa até perceber se ela própria acredita. O que interessa mesmo é que eu sabia disso e sei - é que eu acredite - e acredito - e que seja verdade - verdadinha!!!!!!!!!


ALVIM

Livros "por uma noite" (2)

Hoje, quando acordei, a primeira reacção foi procurar o que havia lido ontem. Deparei-me com algo mais do que o que procurava... apareceu-me isto (lamechices, diria ou direi eu um dia, qui ça):

“Imagina que te escrevo em voz baixa. Falamos sempre baixo quando queremos que acreditem nas nossas palavras. E tudo o que aqui escrevo é verdade.
Escrevemos porque ninguém ouve. Escrevo-te porque estás longe, numa cidade onde o nevoeiro roubou o ar ao sol e as pessoas pensam mais do que sentem. Se ao menos estivesses aqui ao meu lado, passava-te a mão pela nuca, puxava-te ligeiramente os caracóis e então tu fechavas os olhos de prazer e eu sentia-te próximo. Mas isso agora não é possível…”
“Espero por ti porque acho que podes ser o homem da minha vida. E espero por ti porque sei esperar, porque nos genes ou na aprendizagem da sabedoria mais íntima e preciosa, há uma voz firme e incessante que me pede para esperar por ti. E eu gosto de ouvir essa voz a embalar-me de noite antes de, tantas e tantas vezes, te encontrar nos meus sonhos, e a acalentar-me de manhã, quando um novo dia chega e me faz pensar o quão longa e inglória pode ser a minha espera.”
Quando estou aqui sentada, a namorar o mar e a escrever este diário por ti e para ti, porque é mesmo para ti, meu querido, longínquo e quase impossível amor, sinto-me feliz e não me sinto só. Sei que a minha crença inabalável, a minha energia amorosa e o meu desejo eterno por ti irão alcançar-te e tocar-te de alguma forma. Não me perguntes como, mas sinto que é possível. Gosto de acreditar que tenho o dom de tornar realidade as minhas ficções. E, neste momento, tu és a minha mais bela ficção, um sonho que acalento como uma criança que cresce, sabendo que a espera será grande, será arriscada e ninguém sabe se será frutífera. O objectivo não é o mais importante, mas sim o caminho que se percorre para o alcançar.
Somos nós, com os nossos passos, que vamos fazendo o nosso próprio caminho. Há quem corra demasiado depressa e perca a alma no trajecto, há quem mude de ideias e arrisque um atalho, há quem não saiba escolher a melhor direcção quando chega a uma encruzilhada, há quem deixe pedras pelo caminho para não se perder, se precisar de voltar para trás.
Não sei que espécie de caminhante sou, para onde vou, não sei. Nem sei para onde vais. Nem tu sabes. Pode ser que um dia acordes com uma luz nova, uma força desconhecida que te vai trazer até mim… Sei que há uma força estranha que me faz correr para ti, embora nunca, em nenhuma circunstancia, corra atrás de ti, porque não posso, não me é permitido interferir no teu destino e mudar o curso da tua vida. Isso, terás que ser tu a fazê-lo, por ti e para ti, se assim o entenderes. Será que sentes a mesma força? Quero acreditar que sim, mas no fundo começo a sentir que não…”
Margarida Rebelo Pinto

Livros "por uma noite"

Ontem, fui desafiada a sair de casa à noite! Tinha pensado ficar pelo meu espaço e tempo mas... o desafio pareceu-me simpático.
Saí para a rua. Uma brisa fresca escorria-me pela cara enquanto caminhava num passo apressado para chegar ao carro que me esperava. Entrámos e fomos pela estrada fora... até ao destino que nos acolheu, a nós e mais pessoas.

Uns passos perdidos por entre as pessoas que andavam com um ar tranquilo (talvez porque sexta-feira tranquiliza mais as pessoas) e encaminhei-nos para um espaço de música, livros e mil coisas. Quis passear perto de livros...uns conhecidos, outros que nem nunca sonhei ou vi. Sentia-me perdida no meio de tantas palavras. Procurava títulos que me chamassem a atenção e me levassem a ler o "resumo breve" que guarda, habitualmente, nas costas. Poucos foram os que me chamaram a isso... títulos apelativos, a falar de sentimentos e emoções mas... não encontrava muita coisa.
A menina que me havia levado procurava qualquer coisa nova para levar e ler. Baixou-se, mesmo junto à prateleira do fundo, juntinho ao chão, e pediu-me opinião. Quando me baixei, deparei-me com 3 livros ... apenas um deles me fez, repentinamente, recuar no tempo (não muito atrás, apenas uns meses) e sentir um aperto que havia sentido ...
Eu já lhe havia pegado, tocado e lido "as costas"... tudo encaixava na perfeição ao momento que começava a ser penoso e pesado; ao compasso de espera que queria que terminasse mas..não conseguia fazer-lhe frente e encontrar um fim porque... a esperança parece imortal!
Sugeri-lhe então o "tal" livro! Porque tinha ouvido falar "bem" dele e ... porque ... porque sim!
Peguei nele com algum jeito enquanto ela fazia "qualquer coisa" e... virei-o de costas... já não me lembrava bem tudo o que havia lido mas... deixei-me de "coisas", e comecei a ler, lentamente, cada palavra que deslizava em cada uma das linhas... dizia...

“Quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver.”

Diário da tua ausência, Margarida Rebelo Pinto

Quando acabei de ler não sabia bem onde meter todos os pensamentos... os sentimentos, tentei que ficassem onde quer que estejam agora... veio-me à memória uma cara, um tempo que não sei se já passado se ainda esquecido por entre a correria dos dias e da vida madrasta... mas... li!
Recordei...

quinta-feira, abril 10, 2008

Parabéns, Mariota =)





Hoje é o teu dia e melhor que uma música mais calma... esta sim, marca tudo o que podemos mudar às 3h da manhã ou a qualquer outra hora do dia =)

Tu és importante!!
Poderia ficar aqui a escrever mil coisas que sinto e que me lembro quando penso em ti e na pessoa que és para mim e na minha vida! Mas acho que deixo isso para ti... sabes bem onde chegas em mim e nos outros =)

*

segunda-feira, abril 07, 2008

"Sou como a noite"




Nunca tinha ouvido... e soube-me bem!
Fica para quem começa a ouvir Lúcia Moniz agora ;)

*

Só porque gostei

domingo, abril 06, 2008

(Abril) águas mil



Vejo isto muitas vezes.... (sem guarda chuva)!
Desenhos infantis em que apenas uma única personagem desenhada apanha chuva...
Normalmente é sempre a personagem do próprio “artista”...

Com isto recordo-me sempre de um video-clip um bocadito “antigo” – Bad Day...
No video vemos 2 personagens desconhecidas...
Ela desenha, num placard gigante de publicidade, uma nuvem com chuva por cima da modelo...
Ele desenha um guarda chuva na mão dela... Ela riposta desenhando um carro a fazer saltar a água estagnada de uma poça e ele desenha uma barreira que impede a água de molhar a senhora....

No fundo a questão reside apenas no limiar da fronteira...
Quem está de que lado... quem quer ultrapassar ( ou não) o limite...
No fundo o que temos para nos proteger....

Um dia li uma história (um pequeno conto) de uma rapariga que perdera 3 pessoas importantes em dias de chuva e que desde então andava sempre de guarda chuva. Usava-o sempre, independentemente do tempo.. Usava-o porque não se queria molhar, temia a chuva, a tempestada, o dilúvio. E o chapéu de chuva era a sua arma, a sua grande defesa...

O Narrador diz asssim, na noite em que ela lhe confidenciou o segredo do “guarda chuva”:

“ Na nossa única noite beijámo-nos pela única vez e, creio bem, por um único motivo: chovia demasiado, do céu e dos nossos olhos, e eu não sabia o que fazer e ela não tinha mais nada para dizer.”
O Playboy que chora nas canções de amor

Porque há dias de chuva... convém lembrar o ciclo geral da água (que perguntei á pouco tempo a um menino e ele descreveu-mo detalhadamente =)...

Gosto mesmo de guarda chuvas...
Aliás ando sempre com um em dias cinzentos.
Não vá ser preciso...

E falando de chuva... lembrei-me agora: Estamos na Primavera! =)
(e não é que ela volta sempre?) =)

sexta-feira, abril 04, 2008

... "passado recente" ...

Há coisas que nos fazem recuar no tempo, no espaço, na alma, na vida... Lúcia Moniz é mais uma das minhas bandas sonoras "da vida".
Sempre me soube bem ouvir música e ter "coisas" associadas a músicas.

Há dias em que remexemos em mil coisas e não se sabe bem como definir a forma de estar...
Apetece ouvir coisas que nos lembrem momentos mais calmos e "revivê-los" por dentro como se voltassem a acontecer...

Sinceramente... apetece-me apenas ouvir...
Ficar... encontrar(...)






"A Vida Segue Lá Fora" (in Magnólia)



"Leva-me P'ra Casa" (in "Leva-me p'ra casa")