O leve bater, cansado me encontra....
Visto-me de desilusão e encontro o desencanto na balada da vida. Aí, embalo-me no desespero, balanço os receios e caio no precipício. Insinuo esquecer, recordo lembranças vãs, desejos vagos, memorizo o instante, anseio glória... Procuro. Descubro. Perco. Encontro. Agarro. Liberto. Uma rápida visão do real disfarçado, de uma escolha difícil, de um erro certo, de uma inevitável sombra que apodera a desistência de um ser amarrado, estático que finge alcançar o horizonte, e sobrevoar a mansidão que apazigua a inconstância e… Pára. Sente. Apalpa. Uma descida profunda. Escorrego lentamente até ao abismo e deslizo contente para uma queda profunda. Flutuo sozinha e atinjo uma meta inexistente... Dissolve-se nos limites uma voz fugaz . Tiiiiiiiic, Tiiiic, Tic…
O leve bater, cansado se esconde, foge depressa para apanhar um rumo feliz.
O coração tem destas coisas…
O real não existe e o que existe não é real. Sei e não senti. Senti e não sei. Será que é estar longe de quem sou ?
Ou é um intenso mergulhar na alma?....
O coração tem destas coisas…
1 comentário:
É tão teu... tão à minha gémea estas palavras...
sem mais nada a dizer... apenas sempre muito para saber, sentir, conversar...
O coração vai batendo... na realidade ou não... ele bate*
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