O leve bater, cansado me encontra....
Visto-me de desilusão e encontro o desencanto na balada da vida. Aí, embalo-me no desespero, balanço os receios e caio no precipício. Insinuo esquecer, recordo lembranças vãs, desejos vagos, memorizo o instante, anseio glória... Procuro. Descubro. Perco. Encontro. Agarro. Liberto. Uma rápida visão do real disfarçado, de uma escolha difícil, de um erro certo, de uma inevitável sombra que apodera a desistência de um ser amarrado, estático que finge alcançar o horizonte, e sobrevoar a mansidão que apazigua a inconstância e… Pára. Sente. Apalpa. Uma descida profunda. Escorrego lentamente até ao abismo e deslizo contente para uma queda profunda. Flutuo sozinha e atinjo uma meta inexistente... Dissolve-se nos limites uma voz fugaz . Tiiiiiiiic, Tiiiic, Tic…
O leve bater, cansado se esconde, foge depressa para apanhar um rumo feliz.
O coração tem destas coisas…
O real não existe e o que existe não é real. Sei e não senti. Senti e não sei. Será que é estar longe de quem sou ?
Ou é um intenso mergulhar na alma?....
O coração tem destas coisas…
sábado, outubro 28, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
Acreditas em truques de magia?
Há quem diga que falo demasiado em metáforas…
Há quem diga que elas me escondem, que são a minha capa…
No mundo da fantasia todos os super-heróis ( ui… agora fui bastante ambiciosa com a comparação mas vá…) num momento ou outro transformam-se e a sua capa esconde apenas a sua banalidade...
Faz-se magia…
Senão vejamos, o Homem-aranha, o Batman…
Todos, á excepção do Super-Homem (sim, ele nasceu assim!!), pois esse de vez em quando transforma-se mas é em Clark Kent (com os óculos e tal….).
Assim, o meu uso abusivo das metáforas apenas reflecte que sou uma pessoa normal que de vez em vez vai em busca de poderes mágicos para poder salvar o mundo, o seu mundinho.
E por isso recorre ás metáforas…
Há quem diga que acredita em Super-Homens…
Há quem diga que já foi salvo por outros super-heróis…
Outros há, que há falta de melhor distribuem os seus poderes e vão por aí espalhando magia…
Com ou sem metáforas todos nos iludimos na magia de sermos 1 super homem/mulher ( nem que seja para 1 única pessoa, nem que seja uma única vez na vida, nem que seja para salvar 1 único momento!)
E tu?
Ainda acreditas em Super-heróis ou preferes os truques de magia?
( se não vai dar tudo ao mesmo!)
Há quem diga que elas me escondem, que são a minha capa…
No mundo da fantasia todos os super-heróis ( ui… agora fui bastante ambiciosa com a comparação mas vá…) num momento ou outro transformam-se e a sua capa esconde apenas a sua banalidade...
Faz-se magia…
Senão vejamos, o Homem-aranha, o Batman…
Todos, á excepção do Super-Homem (sim, ele nasceu assim!!), pois esse de vez em quando transforma-se mas é em Clark Kent (com os óculos e tal….).
Assim, o meu uso abusivo das metáforas apenas reflecte que sou uma pessoa normal que de vez em vez vai em busca de poderes mágicos para poder salvar o mundo, o seu mundinho.
E por isso recorre ás metáforas…
Há quem diga que acredita em Super-Homens…
Há quem diga que já foi salvo por outros super-heróis…
Outros há, que há falta de melhor distribuem os seus poderes e vão por aí espalhando magia…
Com ou sem metáforas todos nos iludimos na magia de sermos 1 super homem/mulher ( nem que seja para 1 única pessoa, nem que seja uma única vez na vida, nem que seja para salvar 1 único momento!)
E tu?
Ainda acreditas em Super-heróis ou preferes os truques de magia?
( se não vai dar tudo ao mesmo!)
Uma noite...
«Tive medo, e o medo consome-nos o prazer de viver e de amar.»
«E, no entanto, tenho medo de não saber o caminho de regresso, de me perder tão longe que não me volte a encontrar.»
«E, no entanto, tenho medo de não saber o caminho de regresso, de me perder tão longe que não me volte a encontrar.»
Rita Matos, Amar demais
segunda-feira, outubro 23, 2006
Tudo a começar...
Lá fora a chuva continua a cair e parece-me estar frio. Ainda tenho os olhos meio fechados.
Uma semana que começa quando todos os dias pareceram dar-me a volta e enganarem-me à medida que passaram.
Tenho muitas coisas a "encher-me" a cabeça e não sei bem em que coisas pensar ou, "por onde começar". Ainda agora "tudo começa" e já tenho medo do que pode dificultar o caminho. Apesar de tudo estou a tentar que tudo caminhe com calma e encontre o seu sentido e o ritmo certo... é hora de começar!
A música leva-me a S. Tomé...
Vale mesmo a pena parar um pouco antes "do dia começar".
Muita coisa
Muita coisa para "uma hora só". Chegar, passear pelo silêncio de uma sala vazia. Ainda tanto por vir. O telemóvel toca e uma voz doce e familiar conforta com todo o carinho. Pedia-me algum tempo, apenas para uma passagem para nos vermos e conversarmos um pouco. Sorri e esperei pelo "sinal" da chegada.Umas linhas escritas com apontamentos "bem desenhados" e o tempo foi passando. Pensei que talvez não conseguisse passar... toca o telemóvel: desta vez pediu-me apenas 5 minutos do meu tempo, para passar, ver a minha cara, dois dedos de conversa e voltar "à vida".Chegou! Desci e encontrei-o bem vestido (vinha dum casamento). Senti-me feliz por voltar a vê-lo e ter recebido esta visita.
O tempo passou e os minutos passaram com sinceridades, amizade, esclarecimentos e, melhor de tudo, a certeza que a amizade construída continua MUITO forte. A conversa e a atitude dele deixaram-me ainda com mais certezas de que estes anos valeram a pena e que crescemos juntos nesta amizade. É óptimo poder acabar uma conversa e sair a sentir saudades da pessoa... o ar esteve sempre carregado de paz... apeteceu-me chorar quando cheguei a casa! Porquê? Sentia tanta coisa que me deixava super feliz e só as lágrimas poderiam soltar tudo aquilo aqui dentro.
Seguiu-se um caminho de uma simples conversa sobre os dias e que foi conduzida a um nível de sinceridade e confiança... soube mesmo bem! Senti-me bem e à vontade para falar de medos, para falar de coisas meio "escondidas"... só foi preciso ser sincera, dizer as coisas! S.Tomé apareceu "pelo meio" (saudades)... apeteceu-me chorar outra vez com algumas palavras e por tudo o que a conversa me fez sentir, pelo aconchego "daquele colo"... chorar, não de tristeza, de conforto!
Abre-se uma "janela de conversa" onde um amigo que não voltei a ver me deixa apenas "*"; o coração apertou e senti que talvez as coisas estejam a começar a seguir um caminho melhor para ele: sorri com as lágrimas nos olhos.
Um e-mail aberto a deixar-me bem quentinha pela forma como as coisas foram ditas, pelas palavras, pelo sentimento com que tudo foi "dito"... mais uma lágrima de gratidão por aquela pessoa ter acompanhado o percurso destes tempos, mesmo longe.
Uma mensagem do amigo que aqui apareceu rebentou: que orgulho em ter pessoas como ele que eu trato como Amigo, como amizade "em forma de gente"...
Acabo a noite a falar com a minha princesa e a sentir um conforto muito calmo!
Parei de chorar! As lágrimas não foram de tristeza, não foram de raiva, ... foram de orgulho, saudade, felicidade, algum medo... por fragilidade... por precisar!! Chorar faz bem e não precisamos chorar apenas quando estamos tristes... chorar faz bem.
Apeteceu-me escrever... não saiu nada demais a não ser "lágrimas" desembrulhadas de muitos sentimentos que flutuam na pele e num olhar sonolento e mais calmo!Escrevi para quem quiser ler; escrevi porque não quis ficar por um eco de pensamentos e de acontecimentos... escrevi porque quis escrever.
21 de Outubro de 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
... «Levaste-me ao céu, sim, mas deixaste-me lá ficar»
« O tempo tem uma medida estranha quando os momentos são importantes e especiais. Tudo podia ter sido diferente, se o tempo ou lugar fossem outros. São os fragmentos, juntos, que fazem as grandes histórias, os grandes sentimentos. (...)
Quero estar lá quando te apetecer chorar e não souberes porquê. Quando algo correr mal e precisares de te apoiar um segundo, a correr. Quando não souberes o que fazer. Quando te sentires sozinho, mesmo no meio de gente. Quero que contes comigo. Sempre. Nem que seja para te escutar e nada dizer. Ou apenas para murmurar "Boa noite.", ouvir a tua voz e saber o que te vai na alma. (...)
Fechava os olhos e deixava-me estar ali, (...) guardando aquela memória como se pudesse ser eterna. (...) No pulsar de cada momento, de cada olhar, de cada beijo, ao pousar de cada voo, descobri o que nunca tinha sabido sentir. (...) E foi num abrir e fechar de olhos, num abraço, que me dei conta do que mais sentia. (...) Ter sempre muito mais para dar também. (...)
Provei a mim própria que tudo isto podia existir e que, na vida, por vezes, perdemos oportunidades de sermos felizes, com medo de arriscar, com medo de sofrer, com o medo de sermos julgados. (...) »
Rita Matos, in Amar Demais
Um (excerto de um) texto que fala de sentimentos, de momentos, do crescer "daquele sentimento" que, algumas vezes, pode "levar-nos ao céu, sim, mas deixar-nos lá ficar".
domingo, outubro 15, 2006
A Menina do Medo
- Menina do Medo, é o teu nome?
- Sim. Eu sou a Menina do Medo.
- Porquê Menina do Medo? Medo? Medo de quê?
- Medo de ser, medo de estar, medo de fazer. Medo de perder... Sabes?
- Hmmm, sei... Mas sempre me disseram que, quanto mais medo temos de perder alguma coisa, mais fácil e rapidamente a perdemos.
- E isso é verdade?
- Não sei, diz-me tu. Tu, que és a Menina do Medo, conta-me: já perdeste uma coisa, por teres tanto medo de ficares sem ela?
- (Silêncio.)
- (Silêncio.)
- Eu tinha uma bolinha de sabão. Mas tinha tanto medo que ela rebentasse, que ela fosse embora!... E por ter tanto medo que isso acontecesse, quis protegê-la, quis ficar com ela para mim, quis agarrá-la e toquei-lhe. Adivinhas o que aconteceu, não adivinhas? Ela rebentou, acho que até antes de começar a voar para longe...
- Hmmm... A mim, também já me contaram que o bom das bolinhas de sabão, é que podemos voltar a fazer outra, e outra, e outra; por mais que as bolinhas de sabão rebentem ou voem para longe, há sempre a oportunidade de voltarmos a encontrar outra: basta termos aquilo que lhes dá sustento...
- Não. Cada bolinha de sabão é única. E a bolinha que vem a seguir, nunca é igual à anterior... Eu queria aquela: aquela era a minha bolinha de sabão.
- (Silêncio.)
- (Cai uma lágrima.)
- E agora, de que é que tens medo?
- Tenho medo, longe da minha bolinha de sabão...
Inês Santos
Li este texto no outro dia, daí falar em bolas de sabão. Então decidi "pedir licença" à menina que o escreveu e postei-o aqui.
O medo...!
Existem momentos em que me sinto a Menina do Medo... o bom é que há pessoas que ajudam a afastá-la um pouco, e sentir que não estou sozinha...
Acho que os amigos são quem assusta o Medo...
e abraçam Menina!
sábado, outubro 14, 2006
Gostei...
«(...) Eras capaz de te apaixonar por ela se ela não fosse mais esperta do que tu? Quer dizer, ela talvez não seja mais esperta do que tu. Mas não é importante pensares que ela é mais esperta para te apaixonares? ora pensa. Se ela anda obcecada por ele, é porque ele sabe mais. Falar com aquele homem é entrar numa seara imensa. (...) Porque todos nós queremos saber coisas, saber como as coisas encaixam umas nas outras. Os conversadores seduzem-nos, encurralam-nos num beco sem saída. Todos queremos, acima de tudo, crescer e mudar. Admirável mundo novo»
(in “Paciente Inglês”)
E quando vemos que o mundo não é assim tão admirável, não é assim tão novo, que ás vezes as coisas não encaixam instantaneamente, é preciso “ dar 1 jeitinho”, e que ninguém sabe nem mais nem menos, todas sabemos coisas diferentes, sentimos que nos traímos a nós próprios.
E é engraçado porque é precisamente aí que crescemos e mudamos.
O amor é 1 oportunidade de crescimento!
No fundo o amor é apenas uma questão de oportunidade…
Até podemos conhecer a pessoa certa mas se não for no momento certo, no contexto certo e nas circunstâncias certas de nada adianta…
Será que encontrei a pessoa certa aos 4 anos ou hei-de encontrá-la aos 70?
Será que a encontrei numa esquina perdida por aí e nem trocamos 1 palavra ?
Percebem o que quero dizer?
Ainda me ando a convencer disso…
É que ás vezes não podemos acreditar em tudo o que se escreve…
Nem mesmo quando somos nós a escrevê-lo…
(in “Paciente Inglês”)
E quando vemos que o mundo não é assim tão admirável, não é assim tão novo, que ás vezes as coisas não encaixam instantaneamente, é preciso “ dar 1 jeitinho”, e que ninguém sabe nem mais nem menos, todas sabemos coisas diferentes, sentimos que nos traímos a nós próprios.
E é engraçado porque é precisamente aí que crescemos e mudamos.
O amor é 1 oportunidade de crescimento!
No fundo o amor é apenas uma questão de oportunidade…
Até podemos conhecer a pessoa certa mas se não for no momento certo, no contexto certo e nas circunstâncias certas de nada adianta…
Será que encontrei a pessoa certa aos 4 anos ou hei-de encontrá-la aos 70?
Será que a encontrei numa esquina perdida por aí e nem trocamos 1 palavra ?
Percebem o que quero dizer?
Ainda me ando a convencer disso…
É que ás vezes não podemos acreditar em tudo o que se escreve…
Nem mesmo quando somos nós a escrevê-lo…
quinta-feira, outubro 12, 2006
poucas palavras*
Amar demais,
Medo,
Bolas de sabão,
Medo de ser, de perder…
Li agora umas “coisas” sobre tudo isto! Mais “um pedacinho” de tempo parada, a ler e saborear, “no silêncio” de uma música calma e no arrepio de uma constipação irritante.
Na vida parece-me que faço poucas bolas de sabão por saber que podem rebentar ou fugir com o vento. Tenho medo e saber que não as posso agarrar e guardar para sempre, afinal… nada dura para sempre. Faço as bolas de sabão, muitas, mas as que mais quero guardar (e corro atrás, com medo de as perder) e tento proteger são as que podem rebentar e “magoar”. Sem dúvida que o facto de ter um medo enorme de perder alguma coisa pode ser um atalho para insegurança. Mas também não sei como não ter medo de perder algumas coisas quando são tão importantes na vida!
segunda-feira, outubro 09, 2006
Há dias assim...
Toca o despertador! Sou obrigada a acordar pelo som irritante que faz.
Abro um olho e vejo que começou o dia. Hora de levantar e começar a mexer.
Um banho faz-me entender que é realmente necessário "acordar para o dia" (não que já não estivesse acordada mas fez-me entender que a rotina ia começar a ganhar lugar a partir de hoje). Entre a vontade de cair na cama e a obrigação de ter que sair pus um pé fora de casa e o outro dentro do carro. Como qualquer coisa enquanto saia da garagem.
Percorri o "caminho habitual". Não sei se fui rápida a fazê-lo... a minha cabeça estava a vaguear por tantas coisas que apareciam "de frente" com o meu pensamento que, quando dei por mim, tinha chegado ao meu destino.
Entrei na escola acompanhada por uma amiga. A conversa não estava nada de especial, apenas suficiente para chegar até à sala no passo apressado com que iamos. Já no corredor alguém me chamou e conseguiu soltar-me um sorriso simpático: uma cara nova (caloiro) e conhecida dava-ma os bons dias. Entre dois beijos e um "olá" bem disposto cumprimentei-o mas rapidamente dirigi-me à sala... em 5 passos estava já à porta. Respirei fundo e entrei. Olhares direccionados para a porta por onde entrava... senti-me envergonhada! Sorrisos a darem-me os bons dias: olhei para o vazio e, num sorriso simples, disse um "bom dia!" animado para toda a sala enquanto procurava um lugar onde me pudesse sentar, lá mais atrás, e onde me "perdessem de vista".
Sentei-me e... no meio daquela gente conhecida e amiga senti-me... sozinha! Não porque não estivessem pessoas que me dizem bastante e fazem parte da minha vida mas talvez porque "as mais importantes" não estavam presentes. Deixei-me ficar e senti o mimo da amiga de carteira. Depois limitei-me a tirar um bloco, uma caneta, os óculos e a ouvir a professora de forma a tomar nota de qualquer coisa que pudesse achar importante. Escrevi umas linhas mas... perdi-me! Quando reparei faltava-me um espaço da aulas em que eu não sei "por onde andei". Decidi perder-me mas com consciência. Comecei a escrever.
O tempo passou e nem o senti passar assim. Desabafei com um papel, perdi parte da conversa da professora (que era interessante mas eu não conseguia manter-me atenta) mas, consegui sentir-me bem naquele tempo.
A aula parecia não acabar, 2h já tinham passado e a sala estava a ficar pequena. Num intervalo de 10 minutos consegui andar um pouco, ouvir as conversas que "saltaram para a mesa" (sem grande interesse, novamente) e regressamos à sala.
Na espera ainda tive um comentário simpático da professora que me fez sorrir-lhe e brincar um pouco "com o sorriso agradável" que ela me retribuiu. Retomou a aula. Durou mais de uma hora mas... terminou!
Saí e dirigi-me ao carro num passo nem muito rápido nem muito lento, o suficiente para não parar pelo caminho e "dar à chave" para voltar a casa.
Viagem de regresso mais concentrada na música (que me pareceu animada, talvez por querer mesmo voltar para casa) e a viagem passou-se bem.
Cheguei a casa... oh não!? O almoço dos amigos do pai!
Ainda fiquei uns minutos sentada no carro a tentar mentalizar-me da ideia. Sai e abri a porta da sala onde todos estavam sentados, já a almoçar. Outra vez todos os olhares se direigiram para a porta onde eu estava. Num sorriso acompanhado de um "boa tarde!" passei pela mesa e subi até casa, para deixar as coisas. Desci e... sentei-me na mesa em que, no meio de 10 homens estavam 2 mulheres e uma criança (e depois eu).
A conversa não me dizia nada. Na minha frente tinha dois homens que falavam bem. Um deles tomou a palavra e não mais se conseguiu falar, ele parecia "incontrolável". Falou de si e dos seus sucessos, que relatava com um grande sorriso e com a voz num "volume elevado". Começou a irritar-me pois não queria ouvi-lo falar apenas dos seus sucessos nem sobre julgamentos e vitórias... olhei à volta e poucas eram as vozes que se ouviam. Ouvia-se uma, de vez em quando, a pedir um pouco de água ou outra coisa, mas tudo em tom de segredo para não interromper o senhor. Irritou-me!
Fugi para a cozinha assim que consegui. Ajudei no que foi preciso e não consegui "fazer sala", esqueci as regras "de etiqueta" e fui para "o meu canto". Sentei-me com música e a deixar-me escrever tudo, como se estivesse a contar uma história, a história do dia sem interesse... o meu!
Troquei uns minutos de conversa na net, umas mensagens no telemóvel e depois deixei-me cair no sofá à espera que o dia passasse por mim quando adormecesse... pois que não adormeci! Fiquei a ver coisas sem interesse na televisão.
Finalmente, ao jantar sim, uma visita simpática que me perguntava, com interesse, como tinha sido S. Tomé. Falei com um sorriso solto e "cheio de vontade". Falei de S. Tomé. Senti a saudade, brilhou-me o olhar e arrepiou-me de saudades. Jantar com conversas, de certa forma, interessantes, é verdade e com um à vontade muito bom. Agora sim, um momento em que falei sobre o que achava acerca da questão, respondi a perguntas, ri, sorri... estive bem e gostei de estar, sem pressas para sair dali. Acabei com um convite para conhecer o projecto da Bússola através da exposição (parece que ficou e, durante o jantar, senti interesse enquanto falei e nas perguntas, nos comentários que fazia e, por me dizer que notava gosto nas palavras).
Fiquei até ao momento de acompanhar a visita à porta.
Um jantar para terminar o dia com um jantar, esse sim, com interesse.
Uma mensagem duma grande amiga (a minha paixão) a pedir e a dar mimo... também sabe bem no final deste dia!!
Acaba-se um dia a escrever imensa coisa para quem quiser passar e ler... para partilhar apenas!
Afinal, os dias podem sempre ter "o melhor" no final, a poucas horas de começar o dia seguinte.
Hoje foi assim, amanhã pode ser diferente!
Há dias assim...
Abro um olho e vejo que começou o dia. Hora de levantar e começar a mexer.
Um banho faz-me entender que é realmente necessário "acordar para o dia" (não que já não estivesse acordada mas fez-me entender que a rotina ia começar a ganhar lugar a partir de hoje). Entre a vontade de cair na cama e a obrigação de ter que sair pus um pé fora de casa e o outro dentro do carro. Como qualquer coisa enquanto saia da garagem.
Percorri o "caminho habitual". Não sei se fui rápida a fazê-lo... a minha cabeça estava a vaguear por tantas coisas que apareciam "de frente" com o meu pensamento que, quando dei por mim, tinha chegado ao meu destino.
Entrei na escola acompanhada por uma amiga. A conversa não estava nada de especial, apenas suficiente para chegar até à sala no passo apressado com que iamos. Já no corredor alguém me chamou e conseguiu soltar-me um sorriso simpático: uma cara nova (caloiro) e conhecida dava-ma os bons dias. Entre dois beijos e um "olá" bem disposto cumprimentei-o mas rapidamente dirigi-me à sala... em 5 passos estava já à porta. Respirei fundo e entrei. Olhares direccionados para a porta por onde entrava... senti-me envergonhada! Sorrisos a darem-me os bons dias: olhei para o vazio e, num sorriso simples, disse um "bom dia!" animado para toda a sala enquanto procurava um lugar onde me pudesse sentar, lá mais atrás, e onde me "perdessem de vista".
Sentei-me e... no meio daquela gente conhecida e amiga senti-me... sozinha! Não porque não estivessem pessoas que me dizem bastante e fazem parte da minha vida mas talvez porque "as mais importantes" não estavam presentes. Deixei-me ficar e senti o mimo da amiga de carteira. Depois limitei-me a tirar um bloco, uma caneta, os óculos e a ouvir a professora de forma a tomar nota de qualquer coisa que pudesse achar importante. Escrevi umas linhas mas... perdi-me! Quando reparei faltava-me um espaço da aulas em que eu não sei "por onde andei". Decidi perder-me mas com consciência. Comecei a escrever.
O tempo passou e nem o senti passar assim. Desabafei com um papel, perdi parte da conversa da professora (que era interessante mas eu não conseguia manter-me atenta) mas, consegui sentir-me bem naquele tempo.
A aula parecia não acabar, 2h já tinham passado e a sala estava a ficar pequena. Num intervalo de 10 minutos consegui andar um pouco, ouvir as conversas que "saltaram para a mesa" (sem grande interesse, novamente) e regressamos à sala.
Na espera ainda tive um comentário simpático da professora que me fez sorrir-lhe e brincar um pouco "com o sorriso agradável" que ela me retribuiu. Retomou a aula. Durou mais de uma hora mas... terminou!
Saí e dirigi-me ao carro num passo nem muito rápido nem muito lento, o suficiente para não parar pelo caminho e "dar à chave" para voltar a casa.
Viagem de regresso mais concentrada na música (que me pareceu animada, talvez por querer mesmo voltar para casa) e a viagem passou-se bem.
Cheguei a casa... oh não!? O almoço dos amigos do pai!
Ainda fiquei uns minutos sentada no carro a tentar mentalizar-me da ideia. Sai e abri a porta da sala onde todos estavam sentados, já a almoçar. Outra vez todos os olhares se direigiram para a porta onde eu estava. Num sorriso acompanhado de um "boa tarde!" passei pela mesa e subi até casa, para deixar as coisas. Desci e... sentei-me na mesa em que, no meio de 10 homens estavam 2 mulheres e uma criança (e depois eu).
A conversa não me dizia nada. Na minha frente tinha dois homens que falavam bem. Um deles tomou a palavra e não mais se conseguiu falar, ele parecia "incontrolável". Falou de si e dos seus sucessos, que relatava com um grande sorriso e com a voz num "volume elevado". Começou a irritar-me pois não queria ouvi-lo falar apenas dos seus sucessos nem sobre julgamentos e vitórias... olhei à volta e poucas eram as vozes que se ouviam. Ouvia-se uma, de vez em quando, a pedir um pouco de água ou outra coisa, mas tudo em tom de segredo para não interromper o senhor. Irritou-me!
Fugi para a cozinha assim que consegui. Ajudei no que foi preciso e não consegui "fazer sala", esqueci as regras "de etiqueta" e fui para "o meu canto". Sentei-me com música e a deixar-me escrever tudo, como se estivesse a contar uma história, a história do dia sem interesse... o meu!
Troquei uns minutos de conversa na net, umas mensagens no telemóvel e depois deixei-me cair no sofá à espera que o dia passasse por mim quando adormecesse... pois que não adormeci! Fiquei a ver coisas sem interesse na televisão.
Finalmente, ao jantar sim, uma visita simpática que me perguntava, com interesse, como tinha sido S. Tomé. Falei com um sorriso solto e "cheio de vontade". Falei de S. Tomé. Senti a saudade, brilhou-me o olhar e arrepiou-me de saudades. Jantar com conversas, de certa forma, interessantes, é verdade e com um à vontade muito bom. Agora sim, um momento em que falei sobre o que achava acerca da questão, respondi a perguntas, ri, sorri... estive bem e gostei de estar, sem pressas para sair dali. Acabei com um convite para conhecer o projecto da Bússola através da exposição (parece que ficou e, durante o jantar, senti interesse enquanto falei e nas perguntas, nos comentários que fazia e, por me dizer que notava gosto nas palavras).
Fiquei até ao momento de acompanhar a visita à porta.
Um jantar para terminar o dia com um jantar, esse sim, com interesse.
Uma mensagem duma grande amiga (a minha paixão) a pedir e a dar mimo... também sabe bem no final deste dia!!
Acaba-se um dia a escrever imensa coisa para quem quiser passar e ler... para partilhar apenas!
Afinal, os dias podem sempre ter "o melhor" no final, a poucas horas de começar o dia seguinte.
Hoje foi assim, amanhã pode ser diferente!
Há dias assim...
domingo, outubro 08, 2006
sábado, outubro 07, 2006
Na minha "puquonez"
Palavras…
Opiniões…
Medos…
Crescer ou ser pequeno…
Tanta coisa e deixei-me levar pela questão do Sr. Alberto Caeiro:
“Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura…”
As pessoas crescem com aquilo que vivem, com grandes decisões, momentos menos bons que ensinam a sacudir o pó e levantar a cabeça, … simplesmente crescem! A altura não interessa, o importante é que os desafios vão-se tornando maiores e cada vez mais exigentes. Eu teimo em dizer que “sou piquininha”… é óbvio! Mal era se eu fosse crescendo e os desafios fossem todos “do mesmo nível”… tudo perderia a piada!
O último desafio foi o que mais me ajudou a sentir que qualquer coisa mudou. Aos poucos, as coisas pareciam pedir mais e mais e exigir que acreditasse mais um bocadinho, e outro, e mais outro… para, com os retalhos que fosse juntando conseguisse costurar uma manta para me aconchegar quando algo parecia correr menos bem. Normalmente, são os outros que chegam e nos aconchegam com o nosso conjunto de retalhos. Mostram-nos os retalhos que viram serem postos e reparam nos mais pequenos pormenores que nos “passam ao lado” mas sempre ali estiveram e não iam fazer sentido noutro lugar; mostram que nem sempre os piores momentos são realmente “os piores” porque têm sempre qualquer coisa boa a ensinar.
É bom quando olhamos para o lado e temos pessoas que nos podem mostrar que, afinal, as coisas fazem sentido acontecerem “assim”.
Tenho crescido…
Cresci!
Porque arrisquei,
porque confiei,
porque falhei,
porque senti medo,
porque pedi e dei colo,
porque rezei,
porque tenho amigos,
porque soube dar e receber,
porque … tanta coisa nos faz crescer!
A seu tempo… a seu tempo eu vou sentir que cresci mas, por mais que cresça, há alturas em que vou continuar a sentir-me bem “piquininha” perante pessoas e situações!
Opiniões…
Medos…
Crescer ou ser pequeno…
Tanta coisa e deixei-me levar pela questão do Sr. Alberto Caeiro:
“Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura…”
As pessoas crescem com aquilo que vivem, com grandes decisões, momentos menos bons que ensinam a sacudir o pó e levantar a cabeça, … simplesmente crescem! A altura não interessa, o importante é que os desafios vão-se tornando maiores e cada vez mais exigentes. Eu teimo em dizer que “sou piquininha”… é óbvio! Mal era se eu fosse crescendo e os desafios fossem todos “do mesmo nível”… tudo perderia a piada!
O último desafio foi o que mais me ajudou a sentir que qualquer coisa mudou. Aos poucos, as coisas pareciam pedir mais e mais e exigir que acreditasse mais um bocadinho, e outro, e mais outro… para, com os retalhos que fosse juntando conseguisse costurar uma manta para me aconchegar quando algo parecia correr menos bem. Normalmente, são os outros que chegam e nos aconchegam com o nosso conjunto de retalhos. Mostram-nos os retalhos que viram serem postos e reparam nos mais pequenos pormenores que nos “passam ao lado” mas sempre ali estiveram e não iam fazer sentido noutro lugar; mostram que nem sempre os piores momentos são realmente “os piores” porque têm sempre qualquer coisa boa a ensinar.
É bom quando olhamos para o lado e temos pessoas que nos podem mostrar que, afinal, as coisas fazem sentido acontecerem “assim”.
Tenho crescido…
Cresci!
Porque arrisquei,
porque confiei,
porque falhei,
porque senti medo,
porque pedi e dei colo,
porque rezei,
porque tenho amigos,
porque soube dar e receber,
porque … tanta coisa nos faz crescer!
A seu tempo… a seu tempo eu vou sentir que cresci mas, por mais que cresça, há alturas em que vou continuar a sentir-me bem “piquininha” perante pessoas e situações!
Quanto ao tamanho… serei sempre a "Piquena"!
sexta-feira, outubro 06, 2006
(A)parte
"A América para V. era o equívoco. Colombo procurava a Índia e descobriu a América..."
Sei bem o que isso é... Ao longo da vida também procurei umas coisas e encontrei outras...
Pelas vezes que vivo para dentro...
Pelas vezes que estou só...
Pelas vezes que percorro dentro de sis ( sejam eles quem forem embalam-me ao som da sua música!!).
Pelas vezes que disse que nunca escreveria num blog...
Aqui estou eu!
Por todas essas vezes vejo que é possível construir dentro de si só uma arca que não se fecha (dentro de si só) mas que se abre aos outros!
Pelas vezes que acreditamos na força das equipas...
Pelas vezes que não vivemos para dentro...
Pelas vezes que não estamos sós...
Aqui estamos Nós!
Duas partes que construirão muitos apartes por aí...
Dentro de si só e em si mesmo a vida prega-nos partidas...
E eu, e eu sei bem o que isso é....
Ao longo da vida também procurei umas coisas e encontrei outras... e....
E ainda bem!!!!
quinta-feira, outubro 05, 2006
Uma noite em "Equipa"
Enquanto percorriamos as muitas fotos de 7 semanas de sonho fomo-nos perdendo...
Perdemo-nos em sorrisos, filmes, memórias... perdemo-nos em S. Tomé!
Foi bom sentir-me acompanhada nos sorrisos, nas piadas, ... em tudo o que falava e, principalmente, não estar sozinha a rever todas aquelas imagens!
Uma noite com a Equipa!
Com a companheira de quarto e com a companheira (gémea) das conversas à beira mar! Melhor que estas horas!? Não peço!
A noite acaba com risos de 3 meninas, em volta de um computador meio "marado", tentando fazer nascer um pequeno espaço... que Dentro de Si Só terá ké ku no guarda junto (o que guardamos juntas).
Obrigada Equipa!
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