Muitas vezes somos assombrados por uma saudade.
Saudades de ninguém, de alguém, de momentos, de um passado. Não importa...
No entanto, no presente, na experiência vivida fomos incapazes de atribuir tamanho valor ao que vivemos.
A lembrança de um tempo feliz só nos ocorre á posteriori. Muitas vezes são essas memórias que nos mantêm vivos, considerámo-las inesquecíveis mas á medida que o tempo passa, a elas se sobrepõem outras, que quando vividas tinham uma significância mínima comparadas com as nossas recordações.
Em cada instante mudamos a nossa maneira de ver o mundo, as cores alteram-se, as palavras tocam com mais força ou não...
Porém, muitas vezes, não temos saudades do passado que foi mas sim de um passado que nunca foi (mas que idealizamos á nossa maneira).
Outras vezes, temos “saudades” de um futuro que nunca chega, de um futuro, que por ser tão planeado, se torna real, físico, palpável nos nossos sonhos mas que se dilui no campo dos possíveis.
Saudade de um dia perdido, de uma oportunidade desperdiçada, de um instante que fugiu, de uma palavra que não saiu, de um gesto que se prendeu.
E assim, a saudade estabelece uma aliança com o arrependimento... saudade da pessoa que nunca existiu mas que vimos dentro de nós, saudades de estarmos sozinhos quando estamos rodeados de muita gente e saudades de companhia na solidão.
Saudades que nos ensinam a viver, a ver o que fomos, a dar valor ao que tivemos, saudades que idolatram um passado e rebaixam um presente (esquecemo-nos nós que o presente se transforma sempre em passado?)
É assim, pela saudade, que descobrimos uma parte da condição humana! A chamada insatisfação!
Mas hoje sinto-me assim…
Apenas com saudades!
Seja lá o que isso for!
quinta-feira, dezembro 28, 2006
terça-feira, dezembro 26, 2006
Um final daqueles :)
Dia de Natal!
Um dia que parecia normal! Passado dentro de 4 paredes (casa) com a companhia de um filme animado e um momento em que o corpo praticamente caiu de cansaço para o lado... foi despertado por uma simples e simpática visita:)
Mais tarde, uma saída por aí... ao som de vozes estranhas e com as quais me sentia incomodada...porquê? Não faço ideia!
Regresso, depois de "vaguear" pela cidade num carro com pessoas mas poucas conversas/palavras.
O telemóvel toca com uma mensagem que solta um sorriso... seguesse outra, e outra... hora de fazer valer mais o dia! Sair! O toque para descer as escadas e entrar no seu carro!
Destino? A cidade "quase deserta". Há um café aberto mas... não há uma mesa vazia! De que vale!? O carro tem bancos confortáveis e a conversa flui quase que antes de se pensar no que se vai dizer! Percorremos estradas sem que nada fizessem parar a velocidade à vontade de toda a conversa!
As nossas conversas chegam sempre aos mesmos pontos: relações, coisas que achamos certas ou não, sentimentos... coisas que acabamos a discutir/falar e a achar que ambos temos razão sobre os diferentes pontos de vista. Risos, opiniões, histórias pessoais, ideias, a mala que cai porta fora (risos), ... um carro parado no meio do nada e tanta coisa para se falar enquanto as horas correm sem que se troque um olhar com o relógio.
É bom aproveitar as poucas oportunidades que há para se estar com pessoas com quem se gosta de conversar e, acima de tudo, se confia! Tive vontade de me irritar com o mundo por não podermos ter mais oportunidades como esta ao longo dos meses... mas a vida assim decidiu!
Já quase no fim, que nenhum queria que chegasse, foram risos, gargalhadas, caras tolas, "discussão" em tom de brincadeira, uma foto pelo meio, ... tanta coisa tão tola, tão nossa... está-nos no sangue :)
...a despedida chegou com a certeza de que a próxima conversa estaria longe! Bateu-se a porta do carro, cada um, já com saudades... mas a certeza de que a nossa relação não se altera e que somos sempre amigos "à séria" =)
Terminou assim um dia de Natal que acabou por ter um fim inesperado e com algum sentido, ao contrário de outros dias em que não encontrei nenhum...
*Resta um "Obrigada" e agradecer um presente que chegou ao fim do dia =)
Ass: Little Puzzle ;)
Contos de fada
domingo, dezembro 24, 2006
desde já peço desculpa pelo "radicalismo" :)
As crónicas quase moralistas dizem que o Natal é a festa que na meninice mais nos alicia porque se inspira na história do nascimento mitificado de uma criança e porque toda a família se reúne e se comem guloseimas, mas o mais importante, porém, são os presentes, que, na presença de todos e com muitos doces, se recebem como prémio da nossa inocência de meninos, melhor dito, da nossa suposta ignorância acerca da forma como se geram e aparecem os bebés.
A festa de natal é portanto qualquer coisa que atenua ou anula a culpabilidade, porque se recebi presentes é porque eles PENSAM que eu não fiz “maldades” ou coisas menos boas ( mas todos as fazemos).
Assim, o Natal não interessa nem ao menino Jesus!
P.S: Abomino alguns clichés, nomeadamente aquele que diz que Natal é quando o homem quiser. Cá para mim é quando alguém Nos quiser e mostramos isso dando uma prenda ou uma atenção que o outro valorize realmente, de acordo com os seus gostos, com aquilo que o outro è. No entanto, é nesta época que vemos que não conhecemos as pessoas como realmente gostaríamos. E pior. Há quem não nos conheça a nós…
Culpo-me por isso! J
Os crescidos também acreditam no Pai Natal, porque apesar de tudo esperam que os outros adivinhem as prendas que eles querem receber sem nunca as terem pedido... Para se assegurarem da "magia das suas relações"!
PS2: Não levem demasiado à letra o que escrevi. Foi um desabafo…
Eu até gosto do Natal :), nem que seja para perceber a importância de me fazer presente na vida dos outros…
Por isso cá estou eu.. :)
FELIZ NATAL
sexta-feira, dezembro 22, 2006
O Natal está à porta...
Hoje fizeram-me 2 vezes o gesto de câmara municipal do Porto em língua gestual ( se é que me faço entender!)
Da primeira vez fizeram-no com as 2 mãos, levei com 2, o que só mostra a generosidade da pessoa (e isto leva-me a crer que é porque nos aproximamos da época Natalícia).
As pessoas ficam mais bondosas…
Da segunda vez que mo fizeram o dedo tinha um anel. É verdade, a câmara municipal do Porto estava enfeitada…
De certeza que sim, estamos perto do Natal!!!!
O Natal está aí á porta…. Já se sente!
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Com um fim-de-semana à porta
As máscaras...
se tivesse que fazer a minha agora não sei como a faria, visto que tenho usado uma para tentar esconder um pouco da tristeza de não poder ir ao fim-de-semana que andei a planear e desejar que fosse acontecer. Aguardo do lado de cá, à espera que todas as máscaras se vão perdendo pelos dias e todos cheguem aqui com outro olhar... o olhar Dele nos outros e neles mesmos...
BOM FIM-DE-SEMANA
fico aqui junto de vocês na nossa oração!!
"vejo-me a leste..."
segunda-feira, dezembro 11, 2006
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Ignóbil (no verdadeiro sentido da palavra)
O Prémio ignobel destaca investigações e descobertas "científicas" caracterizadas pela sua patetice ou inutilidade. Este ano o IgNobel foi para a área da matemática( atribuído a Nic Svenson e Piers Barnes, da Austrália) pelo cálculo do "número de fotografias que é necessário tirar a um grupo para que se consiga uma foto em que ninguém fique de olhos fechados". "Trata-se de um modelo estatístico baseado no número médio de piscadelas de olho por minuto de alguém que está a posar para uma fotografia (10), na duração de uma piscadela (250 milisegundos) e no tempo de exposição do obturador da câmara em boas condições de luz interior (8 milisegundos)." Parece que para um grupo de 30 pessoas o mínimo serão 15 fotos, para um grau de confiança de 99% .
Para mim esta descoberta já foi útil… ou pelo menos um bocado útil… pronto, um bocadinho útil.
Se calhar devia deixar de tirar fotografias…para não aparecer com cara de estúpida e… de olhos fechados.Eh Eh…
Mas pensando bem, toda a gente tem algum episódio na sua vida que merece um prémio ignóbil…
Atire a primeira pedra quem nunca cometeu uma estupidez…ou duas... ou três... ou...MUITAS!
Para mim esta descoberta já foi útil… ou pelo menos um bocado útil… pronto, um bocadinho útil.
Se calhar devia deixar de tirar fotografias…para não aparecer com cara de estúpida e… de olhos fechados.Eh Eh…
Mas pensando bem, toda a gente tem algum episódio na sua vida que merece um prémio ignóbil…
Atire a primeira pedra quem nunca cometeu uma estupidez…ou duas... ou três... ou...MUITAS!
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Hoje
... é daqueles dias em que tudo parece ter corrido de uma maneira menos boa e que faz pensar nas coisas duma maneira extrema.
... ouvi mais do que uma vez "não devias mesmo ter saído de casa".
... senti que talvez esteja a ter as atitudes erradas perante mim mesma e as minhas possibilidades no momento.
... apeteceu-me mandar tudo para o alto e sair daqui.
... tive vontade de desistir de algo importante.
... voltei a pensar em desistir, com um aperto bem forte a lembrar-me de como custa fazê-lo.
... tive medo!
... deslizei sem poder controlar a água debaixo de mim.
... deixei o rio cair com o medo e o desespero.
... enfrentei aquilo que sabia certo e agi pelo certo mas menos lógico.
... deitei a baixo o que precisava para mim.
... hoje... hoje...
Hoje aconteceu tanta coisa, senti tanta coisa e só me apetece adormecer e acordar quando o cansaço passar e sentir que é um novo dia, com um ritmo normal.
Mas o "hoje" de que falo já se tornou ontem e o hoje começou faz umas horas... só falta adormecer... hoje!!!*
Até mais hoje/ logo!
domingo, dezembro 03, 2006
sábado, dezembro 02, 2006
O que uma película tem dentro de si só!
“No tempo em que sempre esperava ter companhia para ver o filme X ou Y, estranhava aqueles que via abandonar sós a sala de cinema. Não se ressentiriam da sua solidão, no meio dos grupos e casais, comentando e rindo os destinos dos personagens? Não teriam amigos? Seriam o único elemento da família apreciador da sétima arte? Mais tarde, percebi uma série de coisas importantes: que, esperando pela companhia, deixaria sair de cartaz muitos filmes; que há lugares muito mais práticos para namorar; que se aprecia melhor uma película na mudez da individualidade, sem ter de comentar ou sussurrar a cada momento-chave; e que, por fim, o verdadeiro espectador nem de si se lembra durante um filme, quanto mais pensará se está ou não um rosto conhecido na cadeira ao lado.Hoje, sou um convicto militante desses que peregrinam, isolados, para o interior das salas. Quando saio, digiro, tranquilamente, a narrativa das imagens, nos melhores casos, até ao adormecer.No entanto, o atractivo fundamental do cinema solitário continuava a escapar-me. Até ontem. Nesse feliz título de Pedro Paixão, Viver Todos Os Dias Cansa, desvenda-se o segredo: as pessoas que gostam de ir sozinhas ao cinema fazem-no porque durante duas horas não precisam de existir. O telemóvel está desligado; no escuro, somos invisíveis; sem ninguém a acompanhar, não é necessário fazer uma piada ou um comentário inteligente. Não é preciso nada. Se o filme for mesmo bom, nem nos lembramos, repito, de nós próprios. Duas horas de suspensão de vida, de intervalo, de exílio.De “O Ninja das Caldas” a “Citizen Kane”, escolham as vossas armas. O cinema pode fazer mais pela nossa paz interior que um mês inteiro de reclusão no Tibete”
Alexandre Borges
Não fui eu a escrever isto mas poderia ter sido…
Não fui eu a escrever isto mas essas palavras estavam exactamente na minha boca…
Se me pedissem para escrever sobre isso diria exactamente o mesmo…
Sem tirar nem pôr…
Hoje apetece-me ir ao cinema…
Vá-se lá saber porquê…
Alexandre Borges
Não fui eu a escrever isto mas poderia ter sido…
Não fui eu a escrever isto mas essas palavras estavam exactamente na minha boca…
Se me pedissem para escrever sobre isso diria exactamente o mesmo…
Sem tirar nem pôr…
Hoje apetece-me ir ao cinema…
Vá-se lá saber porquê…
quinta-feira, novembro 30, 2006
segunda-feira, novembro 27, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
Pôs-me a pensar...
Um amigo uma vez disse-me numa conversa, assim de repente, assim descontextualizado :
-Já viste o que já fiz por ti?
-Mas o que é que fizeste por mim?
-Não é essa a pergunta que deves fazer… Deves perguntar-te porque é que eu não fiz nada por ti…e assim vês que já fiz alguma coisa…
- (????)
-Tal como as hipóteses, nós á partida procuramos falsificar aquilo que vai contra o que estamos a testar. Se não o conseguimos fazer é porque a nossa hipótese estava correcta (é assim que vemos a sua veracidade!)
Ele pôs-me a pensar
Pois é…
Muitas das vezes nem sempre fazemos as perguntas certas…
Quando nos centramos demasiado num aspecto descentramo-nos de todos os outros…
E não nos apercebemos do âmago das questões… Ou de outras vertentes das questões que podem ser relevantes para o caso!
Muitas das vezes não fazemos as perguntas certas…
E eu arriscar-me-ia a dizer: maior parte das vezes.
O que é certo é que ele pôs-me a pensar…
E quando muito cheguei a 1 conclusão…
Tenho amigos esquisitos… e põe esquisito nisso…
-Já viste o que já fiz por ti?
-Mas o que é que fizeste por mim?
-Não é essa a pergunta que deves fazer… Deves perguntar-te porque é que eu não fiz nada por ti…e assim vês que já fiz alguma coisa…
- (????)
-Tal como as hipóteses, nós á partida procuramos falsificar aquilo que vai contra o que estamos a testar. Se não o conseguimos fazer é porque a nossa hipótese estava correcta (é assim que vemos a sua veracidade!)
Ele pôs-me a pensar
Pois é…
Muitas das vezes nem sempre fazemos as perguntas certas…
Quando nos centramos demasiado num aspecto descentramo-nos de todos os outros…
E não nos apercebemos do âmago das questões… Ou de outras vertentes das questões que podem ser relevantes para o caso!
Muitas das vezes não fazemos as perguntas certas…
E eu arriscar-me-ia a dizer: maior parte das vezes.
O que é certo é que ele pôs-me a pensar…
E quando muito cheguei a 1 conclusão…
Tenho amigos esquisitos… e põe esquisito nisso…
quarta-feira, novembro 22, 2006
As "criaturas" de palmo e meio
Vim o caminho de regresso a casa com um sorriso! Ainda só tive 2 dias ali e aqueles pequenotes já me deram "a volta" e conseguiram surpreender muito! Perdi-me em pensamentos, olhares "no amanhã, enquanto voltava p'ra casa... muito trabalho mesmo mas a certeza de que são as crianças que me roubam sorrisos simplesmente com aquele jeito simples e sincero de fazer, surpreender e ser...
Criaturas de palmo e meio que têm magia em cada sorriso, olhar e mesmo nas asneiras tolas que fazem, nos abraços e "festinhas" meigos que nos oferecem! Crianças são pequenos adultos com um olhar diferente sobre a vida... com alguns desejos simples mas que as "crianças grandes" do mundo não conseguem fazer um esforço por realizar!!!
Fica a resposta inesperada de uma criança:
- O que queres ser quando fores grande?
- Eu quero ser feliz, mamã!
* * *
[Foto numa roça de S. Tomé: também lembra as pequenas "criaturas de palmo e meio" sorrisos]
sábado, novembro 18, 2006
Criatividade...
Tenho que dizer alguma coisa ou tenho alguma coisa para dizer?
Ás vezes debato-me com esta pergunta… e muitas vezes desejava ter muitas coisas para dizer ou… ter mais criatividade.
Só que hoje ouvi alguém dizer: Criativo só Deus, nós somos arrumadores.
Na verdade nós só reelaboramos o que já temos e por isso a criatividade não é um dom mas um processo que se pode desenvolver.
O que me custa é que nós só apelidados de criativos os artistas, músicos e outros que tais. Então e os cientistas? Em todas as suas obras eles tiveram que depositar uma boa parte de criatividade.
Hoje não tinha nada para dizer…
Mas achei que tinha que dizer alguma coisa…
Há falta de um estilo criativo!
Porque não louvar a criatividade?
De todos…
Ás vezes debato-me com esta pergunta… e muitas vezes desejava ter muitas coisas para dizer ou… ter mais criatividade.
Só que hoje ouvi alguém dizer: Criativo só Deus, nós somos arrumadores.
Na verdade nós só reelaboramos o que já temos e por isso a criatividade não é um dom mas um processo que se pode desenvolver.
O que me custa é que nós só apelidados de criativos os artistas, músicos e outros que tais. Então e os cientistas? Em todas as suas obras eles tiveram que depositar uma boa parte de criatividade.
Hoje não tinha nada para dizer…
Mas achei que tinha que dizer alguma coisa…
Há falta de um estilo criativo!
Porque não louvar a criatividade?
De todos…
quinta-feira, novembro 16, 2006
Há momentos...
"Agora que o tempo voa... uma saudade feliz:
S. Tomé é sentido!"
Ouvi, ao acaso, uma música (uma das) que marcou o tempo e lugares de/em S. Tomé...
... passaram assim dois meses!!
segunda-feira, novembro 13, 2006
sexta-feira, novembro 10, 2006
E... explicações
“Eu também não sei o que o Pai quer dizer quando afirma “ Não metas o nariz nos assuntos das outras pessoas”, pois eu faço imensas coisas com outras pessoas: na escola, na loja e no autocarro, e o trabalho dele é ir a casa das outras pessoas e arranjar-lhes as caldeiras e o aquecimento. E todas estas coisas são assuntos de outras pessoas. A Siobhan compreende. Quando me diz para eu não fazer alguma coisa, ela explica-me exactamente aquilo que não devo fazer.
E eu gosto disso.
Por exemplo, ela uma vez disse-me:
_ Tu nunca deves dar um murro na Sarah ou bater-lhe seja de que maneira for, Chistopher.
Mesmo que ela te bata primeiro. Se ela te bater outra vez, afasta-te dela, não te mexas e conta de 1 a 50, e depois vem ter comigo e conta-me o que ela fez, ou então conta a um dos teus professores. Ou por exemplo, ela uma vez disse-me: _ Se quiseres andar de baloiço e já lá estiver gente, nunca deves empurrar ninguém. Deves perguntar-lhes se podes andar. E depois tens de esperar até eles saírem.
Mas quando as outras pessoas nos dizem o que não podemos fazer, elas não o dizem desta maneira. Por isso, decido sozinho aquilo que vou fazer e aquilo que não vou fazer.”
( in estranho caso do cão morto)
Pois é, mas ás vezes as decisões que fazemos sozinhos não são as melhores..
Ás vezes também precisamos que nos expliquem as coisas como se fossemos uma criança de 4 anos…
Ás vezes ou sempre?
É que isso simplificava as coisas…
Umas vezes não gostamos nada que os outros nos digam o que podemos e como devemos fazer, outras vezes quando queremos que os outros nos digam isso, eles não o fazem…
Ainda me estou a debruçar sobre esta questão…
E eu gosto disso.
Por exemplo, ela uma vez disse-me:
_ Tu nunca deves dar um murro na Sarah ou bater-lhe seja de que maneira for, Chistopher.
Mesmo que ela te bata primeiro. Se ela te bater outra vez, afasta-te dela, não te mexas e conta de 1 a 50, e depois vem ter comigo e conta-me o que ela fez, ou então conta a um dos teus professores. Ou por exemplo, ela uma vez disse-me: _ Se quiseres andar de baloiço e já lá estiver gente, nunca deves empurrar ninguém. Deves perguntar-lhes se podes andar. E depois tens de esperar até eles saírem.
Mas quando as outras pessoas nos dizem o que não podemos fazer, elas não o dizem desta maneira. Por isso, decido sozinho aquilo que vou fazer e aquilo que não vou fazer.”
( in estranho caso do cão morto)
Pois é, mas ás vezes as decisões que fazemos sozinhos não são as melhores..
Ás vezes também precisamos que nos expliquem as coisas como se fossemos uma criança de 4 anos…
Ás vezes ou sempre?
É que isso simplificava as coisas…
Umas vezes não gostamos nada que os outros nos digam o que podemos e como devemos fazer, outras vezes quando queremos que os outros nos digam isso, eles não o fazem…
Ainda me estou a debruçar sobre esta questão…
Convicções e...
Hoje estou feliz…
Encontrei uma justificação suficientemente razoável para NÃO fazer tudo o que me mandam! E a partir de hoje já posso desobedecer com mais convicção!!
“ É que eu nem sempre faço o que me mandam. Isto porque quando as pessoas nos dizem o que fazer, normalmente é confuso e não faz sentido.
Por exemplo, as pessoas dizem frequentemente “ Está calado”, mas não nos dizem por quanto tempo temos de ficar calados. Ou vemos uma tabuleta que diz NÃO PISAR A RELVA EM VOLTA, mas devia dizer NÃO PISAR A RELVA EM VOLTA DESTA TABULETA ou então NÃO PISAR A RELVA NESTE PARQUE, porque há muita relva que é permitido pisar.
Além disso, as pessoas estão sempre a quebrar as regras. Por exemplo, o Pai conduz muitas vezes a mais de 50 Km/h em zonas em que esse é o limite de velocidade, e ás vezes conduz depois de ter estado a beber, e é frequente não usar o cinto de segurança. E na Bíblia diz Não matarás, mas existiram as Cruzadas e duas guerras mundiais e a Guerra do Golfo, e em todas elas havia Cristãos a matarem pessoas.”
( in o estranho caso do cão morto)
Encontrei uma justificação suficientemente razoável para NÃO fazer tudo o que me mandam! E a partir de hoje já posso desobedecer com mais convicção!!
“ É que eu nem sempre faço o que me mandam. Isto porque quando as pessoas nos dizem o que fazer, normalmente é confuso e não faz sentido.
Por exemplo, as pessoas dizem frequentemente “ Está calado”, mas não nos dizem por quanto tempo temos de ficar calados. Ou vemos uma tabuleta que diz NÃO PISAR A RELVA EM VOLTA, mas devia dizer NÃO PISAR A RELVA EM VOLTA DESTA TABULETA ou então NÃO PISAR A RELVA NESTE PARQUE, porque há muita relva que é permitido pisar.
Além disso, as pessoas estão sempre a quebrar as regras. Por exemplo, o Pai conduz muitas vezes a mais de 50 Km/h em zonas em que esse é o limite de velocidade, e ás vezes conduz depois de ter estado a beber, e é frequente não usar o cinto de segurança. E na Bíblia diz Não matarás, mas existiram as Cruzadas e duas guerras mundiais e a Guerra do Golfo, e em todas elas havia Cristãos a matarem pessoas.”
( in o estranho caso do cão morto)
Num abraço
Porque tenho saudades...
dos "bons dias" com um beijo simples;
das duas "macaquinhas" a pendurarem-se nas minhas costas e no meu colo;
dos sorrisos;
dos olhares;
dos grandes e dos pequenos;
de dar colo...
...porque tenho saudades...
Acordei a lembrar-me das "piquenas" (em especial)... não sei se como se fossem irmãs mais novas se como as filhas que poderia adoptar um dia... não sei...
... só sei que tenho saudades... daquele lugar, daquele colo, daqueles sorrisos e olhares...
...tenho saudades!!
terça-feira, novembro 07, 2006
Dias que passam
"Breath Me" - Sia
«Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And the worst part is there's no one else to blame
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me, I am small and needy
Warm me up and breathe me
Ouch, I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found
Yeah, I think I might break
Lost myself again and I feel unsafe
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me, I am small and needy
Warm me up and breathe me»
Estou sentada em frente ao computador faz algum tempo e não me canso de ouvir a mesma música, não me canso de pensar que tenho sido muito ausente em mim e nos outros...
Pedir desculpas seria muito pouco, conseguir recuperar o tempo também não é possível mas tentar que não se repita assim é talvez a melhor solução.
Na falta de melhor...
DESCULPEM!!!
domingo, novembro 05, 2006
"Balada do Desajeitado"
«Sei de alguém
Por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado
Nunca foi capaz de falar
Só que hoje
Viu o tempo que perdeu
Sabes esse alguém sou eu
E agora eu vou-te contar
Sabes lá
O que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado
E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
De haver tempo para te falar
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti
Podes crer
Que à noite o sono é ligeiro
Fico á espera o dia inteiro
Para poder desabafar
Mas como sempre
Chega a hora da verdade
E falta-me o á vontade
Acabo por me calar
Falta-me jeito
Ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais
E às vezes até me engasgo
Nada a fazer
É por isso que eu te conto
É tarde para não dizer
Digo como sei e pronto
Eu não sei...
(...)Então olha gosto muito de ti»
Não sei bem porquê mas apeteceu-me pôr isto aqui. Talvez por ter acordado a cantarolar, talvez por me fazer lembrar pessoas e momentos, talvez por ter uma letra bonita... talvez! Passaram-me tantas outras músicas pela cabeça, que ouvi "ontem" e que gosto muito, mas... foi esta que ficou!
Lembra S.Tomé (e toda a família Bússola'06; a oração; ...), lembra os campos, lembra o telefonema simpático de há poucas semanas, ... lembra muita coisa, ... lembra-me "eu"! Porque às vezes não sei mesmo como fazer as coisas porque sinto vergonha, porque nem sempre digo tudo o que devia na altura certa (porque nem sempre sei qual é a altura certa)... enfim!
Lembra de ti... que deixaste parte da tua concha em S.Tomé e trouxeste a outra metade;) Sim, tu que gostas tanto da "P'ra Saber o Fim"... Tu que fazes mesiversário comigo neste blog... é o mesiversário do nosso espacinho :) e tenho a agradecer-te tudo e mais alguma coisa, menina!
Para não variar... "adoro-te imenso, gémea"
* * *
Por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado
Nunca foi capaz de falar
Só que hoje
Viu o tempo que perdeu
Sabes esse alguém sou eu
E agora eu vou-te contar
Sabes lá
O que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado
E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
De haver tempo para te falar
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti
Podes crer
Que à noite o sono é ligeiro
Fico á espera o dia inteiro
Para poder desabafar
Mas como sempre
Chega a hora da verdade
E falta-me o á vontade
Acabo por me calar
Falta-me jeito
Ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais
E às vezes até me engasgo
Nada a fazer
É por isso que eu te conto
É tarde para não dizer
Digo como sei e pronto
Eu não sei...
(...)Então olha gosto muito de ti»
Não sei bem porquê mas apeteceu-me pôr isto aqui. Talvez por ter acordado a cantarolar, talvez por me fazer lembrar pessoas e momentos, talvez por ter uma letra bonita... talvez! Passaram-me tantas outras músicas pela cabeça, que ouvi "ontem" e que gosto muito, mas... foi esta que ficou!
Lembra S.Tomé (e toda a família Bússola'06; a oração; ...), lembra os campos, lembra o telefonema simpático de há poucas semanas, ... lembra muita coisa, ... lembra-me "eu"! Porque às vezes não sei mesmo como fazer as coisas porque sinto vergonha, porque nem sempre digo tudo o que devia na altura certa (porque nem sempre sei qual é a altura certa)... enfim!
Lembra de ti... que deixaste parte da tua concha em S.Tomé e trouxeste a outra metade;) Sim, tu que gostas tanto da "P'ra Saber o Fim"... Tu que fazes mesiversário comigo neste blog... é o mesiversário do nosso espacinho :) e tenho a agradecer-te tudo e mais alguma coisa, menina!
Para não variar... "adoro-te imenso, gémea"
* * *
Sem pedir licença...
Antes, há muito pouco tempo atrás, pensava que já tinha conhecido as raras pessoas fascinantes que nos calham nas quotas do género. Na vida.
Pessoas que nos tocam, que nos mostram caminhos, que caminham connosco…
Tu, que chegaste sem pedir licença e sem espalhafato, fazes anos hoje.
O meu desejo é que, depois da tua meia-noite, o resto do tempo seja teu.
Para sonhar, estar, viver intensamente!
E principalmente para partilhar momentos!
Pessoas que nos tocam, que nos mostram caminhos, que caminham connosco…
Tu, que chegaste sem pedir licença e sem espalhafato, fazes anos hoje.
O meu desejo é que, depois da tua meia-noite, o resto do tempo seja teu.
Para sonhar, estar, viver intensamente!
E principalmente para partilhar momentos!
sábado, novembro 04, 2006
sábado, outubro 28, 2006
A ouvir: música no coração
O leve bater, cansado me encontra....
Visto-me de desilusão e encontro o desencanto na balada da vida. Aí, embalo-me no desespero, balanço os receios e caio no precipício. Insinuo esquecer, recordo lembranças vãs, desejos vagos, memorizo o instante, anseio glória... Procuro. Descubro. Perco. Encontro. Agarro. Liberto. Uma rápida visão do real disfarçado, de uma escolha difícil, de um erro certo, de uma inevitável sombra que apodera a desistência de um ser amarrado, estático que finge alcançar o horizonte, e sobrevoar a mansidão que apazigua a inconstância e… Pára. Sente. Apalpa. Uma descida profunda. Escorrego lentamente até ao abismo e deslizo contente para uma queda profunda. Flutuo sozinha e atinjo uma meta inexistente... Dissolve-se nos limites uma voz fugaz . Tiiiiiiiic, Tiiiic, Tic…
O leve bater, cansado se esconde, foge depressa para apanhar um rumo feliz.
O coração tem destas coisas…
O real não existe e o que existe não é real. Sei e não senti. Senti e não sei. Será que é estar longe de quem sou ?
Ou é um intenso mergulhar na alma?....
O coração tem destas coisas…
Visto-me de desilusão e encontro o desencanto na balada da vida. Aí, embalo-me no desespero, balanço os receios e caio no precipício. Insinuo esquecer, recordo lembranças vãs, desejos vagos, memorizo o instante, anseio glória... Procuro. Descubro. Perco. Encontro. Agarro. Liberto. Uma rápida visão do real disfarçado, de uma escolha difícil, de um erro certo, de uma inevitável sombra que apodera a desistência de um ser amarrado, estático que finge alcançar o horizonte, e sobrevoar a mansidão que apazigua a inconstância e… Pára. Sente. Apalpa. Uma descida profunda. Escorrego lentamente até ao abismo e deslizo contente para uma queda profunda. Flutuo sozinha e atinjo uma meta inexistente... Dissolve-se nos limites uma voz fugaz . Tiiiiiiiic, Tiiiic, Tic…
O leve bater, cansado se esconde, foge depressa para apanhar um rumo feliz.
O coração tem destas coisas…
O real não existe e o que existe não é real. Sei e não senti. Senti e não sei. Será que é estar longe de quem sou ?
Ou é um intenso mergulhar na alma?....
O coração tem destas coisas…
sexta-feira, outubro 27, 2006
Acreditas em truques de magia?
Há quem diga que falo demasiado em metáforas…
Há quem diga que elas me escondem, que são a minha capa…
No mundo da fantasia todos os super-heróis ( ui… agora fui bastante ambiciosa com a comparação mas vá…) num momento ou outro transformam-se e a sua capa esconde apenas a sua banalidade...
Faz-se magia…
Senão vejamos, o Homem-aranha, o Batman…
Todos, á excepção do Super-Homem (sim, ele nasceu assim!!), pois esse de vez em quando transforma-se mas é em Clark Kent (com os óculos e tal….).
Assim, o meu uso abusivo das metáforas apenas reflecte que sou uma pessoa normal que de vez em vez vai em busca de poderes mágicos para poder salvar o mundo, o seu mundinho.
E por isso recorre ás metáforas…
Há quem diga que acredita em Super-Homens…
Há quem diga que já foi salvo por outros super-heróis…
Outros há, que há falta de melhor distribuem os seus poderes e vão por aí espalhando magia…
Com ou sem metáforas todos nos iludimos na magia de sermos 1 super homem/mulher ( nem que seja para 1 única pessoa, nem que seja uma única vez na vida, nem que seja para salvar 1 único momento!)
E tu?
Ainda acreditas em Super-heróis ou preferes os truques de magia?
( se não vai dar tudo ao mesmo!)
Há quem diga que elas me escondem, que são a minha capa…
No mundo da fantasia todos os super-heróis ( ui… agora fui bastante ambiciosa com a comparação mas vá…) num momento ou outro transformam-se e a sua capa esconde apenas a sua banalidade...
Faz-se magia…
Senão vejamos, o Homem-aranha, o Batman…
Todos, á excepção do Super-Homem (sim, ele nasceu assim!!), pois esse de vez em quando transforma-se mas é em Clark Kent (com os óculos e tal….).
Assim, o meu uso abusivo das metáforas apenas reflecte que sou uma pessoa normal que de vez em vez vai em busca de poderes mágicos para poder salvar o mundo, o seu mundinho.
E por isso recorre ás metáforas…
Há quem diga que acredita em Super-Homens…
Há quem diga que já foi salvo por outros super-heróis…
Outros há, que há falta de melhor distribuem os seus poderes e vão por aí espalhando magia…
Com ou sem metáforas todos nos iludimos na magia de sermos 1 super homem/mulher ( nem que seja para 1 única pessoa, nem que seja uma única vez na vida, nem que seja para salvar 1 único momento!)
E tu?
Ainda acreditas em Super-heróis ou preferes os truques de magia?
( se não vai dar tudo ao mesmo!)
Uma noite...
«Tive medo, e o medo consome-nos o prazer de viver e de amar.»
«E, no entanto, tenho medo de não saber o caminho de regresso, de me perder tão longe que não me volte a encontrar.»
«E, no entanto, tenho medo de não saber o caminho de regresso, de me perder tão longe que não me volte a encontrar.»
Rita Matos, Amar demais
segunda-feira, outubro 23, 2006
Tudo a começar...
Lá fora a chuva continua a cair e parece-me estar frio. Ainda tenho os olhos meio fechados.
Uma semana que começa quando todos os dias pareceram dar-me a volta e enganarem-me à medida que passaram.
Tenho muitas coisas a "encher-me" a cabeça e não sei bem em que coisas pensar ou, "por onde começar". Ainda agora "tudo começa" e já tenho medo do que pode dificultar o caminho. Apesar de tudo estou a tentar que tudo caminhe com calma e encontre o seu sentido e o ritmo certo... é hora de começar!
A música leva-me a S. Tomé...
Vale mesmo a pena parar um pouco antes "do dia começar".
Muita coisa
Muita coisa para "uma hora só". Chegar, passear pelo silêncio de uma sala vazia. Ainda tanto por vir. O telemóvel toca e uma voz doce e familiar conforta com todo o carinho. Pedia-me algum tempo, apenas para uma passagem para nos vermos e conversarmos um pouco. Sorri e esperei pelo "sinal" da chegada.Umas linhas escritas com apontamentos "bem desenhados" e o tempo foi passando. Pensei que talvez não conseguisse passar... toca o telemóvel: desta vez pediu-me apenas 5 minutos do meu tempo, para passar, ver a minha cara, dois dedos de conversa e voltar "à vida".Chegou! Desci e encontrei-o bem vestido (vinha dum casamento). Senti-me feliz por voltar a vê-lo e ter recebido esta visita.
O tempo passou e os minutos passaram com sinceridades, amizade, esclarecimentos e, melhor de tudo, a certeza que a amizade construída continua MUITO forte. A conversa e a atitude dele deixaram-me ainda com mais certezas de que estes anos valeram a pena e que crescemos juntos nesta amizade. É óptimo poder acabar uma conversa e sair a sentir saudades da pessoa... o ar esteve sempre carregado de paz... apeteceu-me chorar quando cheguei a casa! Porquê? Sentia tanta coisa que me deixava super feliz e só as lágrimas poderiam soltar tudo aquilo aqui dentro.
Seguiu-se um caminho de uma simples conversa sobre os dias e que foi conduzida a um nível de sinceridade e confiança... soube mesmo bem! Senti-me bem e à vontade para falar de medos, para falar de coisas meio "escondidas"... só foi preciso ser sincera, dizer as coisas! S.Tomé apareceu "pelo meio" (saudades)... apeteceu-me chorar outra vez com algumas palavras e por tudo o que a conversa me fez sentir, pelo aconchego "daquele colo"... chorar, não de tristeza, de conforto!
Abre-se uma "janela de conversa" onde um amigo que não voltei a ver me deixa apenas "*"; o coração apertou e senti que talvez as coisas estejam a começar a seguir um caminho melhor para ele: sorri com as lágrimas nos olhos.
Um e-mail aberto a deixar-me bem quentinha pela forma como as coisas foram ditas, pelas palavras, pelo sentimento com que tudo foi "dito"... mais uma lágrima de gratidão por aquela pessoa ter acompanhado o percurso destes tempos, mesmo longe.
Uma mensagem do amigo que aqui apareceu rebentou: que orgulho em ter pessoas como ele que eu trato como Amigo, como amizade "em forma de gente"...
Acabo a noite a falar com a minha princesa e a sentir um conforto muito calmo!
Parei de chorar! As lágrimas não foram de tristeza, não foram de raiva, ... foram de orgulho, saudade, felicidade, algum medo... por fragilidade... por precisar!! Chorar faz bem e não precisamos chorar apenas quando estamos tristes... chorar faz bem.
Apeteceu-me escrever... não saiu nada demais a não ser "lágrimas" desembrulhadas de muitos sentimentos que flutuam na pele e num olhar sonolento e mais calmo!Escrevi para quem quiser ler; escrevi porque não quis ficar por um eco de pensamentos e de acontecimentos... escrevi porque quis escrever.
21 de Outubro de 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
... «Levaste-me ao céu, sim, mas deixaste-me lá ficar»
« O tempo tem uma medida estranha quando os momentos são importantes e especiais. Tudo podia ter sido diferente, se o tempo ou lugar fossem outros. São os fragmentos, juntos, que fazem as grandes histórias, os grandes sentimentos. (...)
Quero estar lá quando te apetecer chorar e não souberes porquê. Quando algo correr mal e precisares de te apoiar um segundo, a correr. Quando não souberes o que fazer. Quando te sentires sozinho, mesmo no meio de gente. Quero que contes comigo. Sempre. Nem que seja para te escutar e nada dizer. Ou apenas para murmurar "Boa noite.", ouvir a tua voz e saber o que te vai na alma. (...)
Fechava os olhos e deixava-me estar ali, (...) guardando aquela memória como se pudesse ser eterna. (...) No pulsar de cada momento, de cada olhar, de cada beijo, ao pousar de cada voo, descobri o que nunca tinha sabido sentir. (...) E foi num abrir e fechar de olhos, num abraço, que me dei conta do que mais sentia. (...) Ter sempre muito mais para dar também. (...)
Provei a mim própria que tudo isto podia existir e que, na vida, por vezes, perdemos oportunidades de sermos felizes, com medo de arriscar, com medo de sofrer, com o medo de sermos julgados. (...) »
Rita Matos, in Amar Demais
Um (excerto de um) texto que fala de sentimentos, de momentos, do crescer "daquele sentimento" que, algumas vezes, pode "levar-nos ao céu, sim, mas deixar-nos lá ficar".
domingo, outubro 15, 2006
A Menina do Medo
- Menina do Medo, é o teu nome?
- Sim. Eu sou a Menina do Medo.
- Porquê Menina do Medo? Medo? Medo de quê?
- Medo de ser, medo de estar, medo de fazer. Medo de perder... Sabes?
- Hmmm, sei... Mas sempre me disseram que, quanto mais medo temos de perder alguma coisa, mais fácil e rapidamente a perdemos.
- E isso é verdade?
- Não sei, diz-me tu. Tu, que és a Menina do Medo, conta-me: já perdeste uma coisa, por teres tanto medo de ficares sem ela?
- (Silêncio.)
- (Silêncio.)
- Eu tinha uma bolinha de sabão. Mas tinha tanto medo que ela rebentasse, que ela fosse embora!... E por ter tanto medo que isso acontecesse, quis protegê-la, quis ficar com ela para mim, quis agarrá-la e toquei-lhe. Adivinhas o que aconteceu, não adivinhas? Ela rebentou, acho que até antes de começar a voar para longe...
- Hmmm... A mim, também já me contaram que o bom das bolinhas de sabão, é que podemos voltar a fazer outra, e outra, e outra; por mais que as bolinhas de sabão rebentem ou voem para longe, há sempre a oportunidade de voltarmos a encontrar outra: basta termos aquilo que lhes dá sustento...
- Não. Cada bolinha de sabão é única. E a bolinha que vem a seguir, nunca é igual à anterior... Eu queria aquela: aquela era a minha bolinha de sabão.
- (Silêncio.)
- (Cai uma lágrima.)
- E agora, de que é que tens medo?
- Tenho medo, longe da minha bolinha de sabão...
Inês Santos
Li este texto no outro dia, daí falar em bolas de sabão. Então decidi "pedir licença" à menina que o escreveu e postei-o aqui.
O medo...!
Existem momentos em que me sinto a Menina do Medo... o bom é que há pessoas que ajudam a afastá-la um pouco, e sentir que não estou sozinha...
Acho que os amigos são quem assusta o Medo...
e abraçam Menina!
sábado, outubro 14, 2006
Gostei...
«(...) Eras capaz de te apaixonar por ela se ela não fosse mais esperta do que tu? Quer dizer, ela talvez não seja mais esperta do que tu. Mas não é importante pensares que ela é mais esperta para te apaixonares? ora pensa. Se ela anda obcecada por ele, é porque ele sabe mais. Falar com aquele homem é entrar numa seara imensa. (...) Porque todos nós queremos saber coisas, saber como as coisas encaixam umas nas outras. Os conversadores seduzem-nos, encurralam-nos num beco sem saída. Todos queremos, acima de tudo, crescer e mudar. Admirável mundo novo»
(in “Paciente Inglês”)
E quando vemos que o mundo não é assim tão admirável, não é assim tão novo, que ás vezes as coisas não encaixam instantaneamente, é preciso “ dar 1 jeitinho”, e que ninguém sabe nem mais nem menos, todas sabemos coisas diferentes, sentimos que nos traímos a nós próprios.
E é engraçado porque é precisamente aí que crescemos e mudamos.
O amor é 1 oportunidade de crescimento!
No fundo o amor é apenas uma questão de oportunidade…
Até podemos conhecer a pessoa certa mas se não for no momento certo, no contexto certo e nas circunstâncias certas de nada adianta…
Será que encontrei a pessoa certa aos 4 anos ou hei-de encontrá-la aos 70?
Será que a encontrei numa esquina perdida por aí e nem trocamos 1 palavra ?
Percebem o que quero dizer?
Ainda me ando a convencer disso…
É que ás vezes não podemos acreditar em tudo o que se escreve…
Nem mesmo quando somos nós a escrevê-lo…
(in “Paciente Inglês”)
E quando vemos que o mundo não é assim tão admirável, não é assim tão novo, que ás vezes as coisas não encaixam instantaneamente, é preciso “ dar 1 jeitinho”, e que ninguém sabe nem mais nem menos, todas sabemos coisas diferentes, sentimos que nos traímos a nós próprios.
E é engraçado porque é precisamente aí que crescemos e mudamos.
O amor é 1 oportunidade de crescimento!
No fundo o amor é apenas uma questão de oportunidade…
Até podemos conhecer a pessoa certa mas se não for no momento certo, no contexto certo e nas circunstâncias certas de nada adianta…
Será que encontrei a pessoa certa aos 4 anos ou hei-de encontrá-la aos 70?
Será que a encontrei numa esquina perdida por aí e nem trocamos 1 palavra ?
Percebem o que quero dizer?
Ainda me ando a convencer disso…
É que ás vezes não podemos acreditar em tudo o que se escreve…
Nem mesmo quando somos nós a escrevê-lo…
quinta-feira, outubro 12, 2006
poucas palavras*
Amar demais,
Medo,
Bolas de sabão,
Medo de ser, de perder…
Li agora umas “coisas” sobre tudo isto! Mais “um pedacinho” de tempo parada, a ler e saborear, “no silêncio” de uma música calma e no arrepio de uma constipação irritante.
Na vida parece-me que faço poucas bolas de sabão por saber que podem rebentar ou fugir com o vento. Tenho medo e saber que não as posso agarrar e guardar para sempre, afinal… nada dura para sempre. Faço as bolas de sabão, muitas, mas as que mais quero guardar (e corro atrás, com medo de as perder) e tento proteger são as que podem rebentar e “magoar”. Sem dúvida que o facto de ter um medo enorme de perder alguma coisa pode ser um atalho para insegurança. Mas também não sei como não ter medo de perder algumas coisas quando são tão importantes na vida!
segunda-feira, outubro 09, 2006
Há dias assim...
Toca o despertador! Sou obrigada a acordar pelo som irritante que faz.
Abro um olho e vejo que começou o dia. Hora de levantar e começar a mexer.
Um banho faz-me entender que é realmente necessário "acordar para o dia" (não que já não estivesse acordada mas fez-me entender que a rotina ia começar a ganhar lugar a partir de hoje). Entre a vontade de cair na cama e a obrigação de ter que sair pus um pé fora de casa e o outro dentro do carro. Como qualquer coisa enquanto saia da garagem.
Percorri o "caminho habitual". Não sei se fui rápida a fazê-lo... a minha cabeça estava a vaguear por tantas coisas que apareciam "de frente" com o meu pensamento que, quando dei por mim, tinha chegado ao meu destino.
Entrei na escola acompanhada por uma amiga. A conversa não estava nada de especial, apenas suficiente para chegar até à sala no passo apressado com que iamos. Já no corredor alguém me chamou e conseguiu soltar-me um sorriso simpático: uma cara nova (caloiro) e conhecida dava-ma os bons dias. Entre dois beijos e um "olá" bem disposto cumprimentei-o mas rapidamente dirigi-me à sala... em 5 passos estava já à porta. Respirei fundo e entrei. Olhares direccionados para a porta por onde entrava... senti-me envergonhada! Sorrisos a darem-me os bons dias: olhei para o vazio e, num sorriso simples, disse um "bom dia!" animado para toda a sala enquanto procurava um lugar onde me pudesse sentar, lá mais atrás, e onde me "perdessem de vista".
Sentei-me e... no meio daquela gente conhecida e amiga senti-me... sozinha! Não porque não estivessem pessoas que me dizem bastante e fazem parte da minha vida mas talvez porque "as mais importantes" não estavam presentes. Deixei-me ficar e senti o mimo da amiga de carteira. Depois limitei-me a tirar um bloco, uma caneta, os óculos e a ouvir a professora de forma a tomar nota de qualquer coisa que pudesse achar importante. Escrevi umas linhas mas... perdi-me! Quando reparei faltava-me um espaço da aulas em que eu não sei "por onde andei". Decidi perder-me mas com consciência. Comecei a escrever.
O tempo passou e nem o senti passar assim. Desabafei com um papel, perdi parte da conversa da professora (que era interessante mas eu não conseguia manter-me atenta) mas, consegui sentir-me bem naquele tempo.
A aula parecia não acabar, 2h já tinham passado e a sala estava a ficar pequena. Num intervalo de 10 minutos consegui andar um pouco, ouvir as conversas que "saltaram para a mesa" (sem grande interesse, novamente) e regressamos à sala.
Na espera ainda tive um comentário simpático da professora que me fez sorrir-lhe e brincar um pouco "com o sorriso agradável" que ela me retribuiu. Retomou a aula. Durou mais de uma hora mas... terminou!
Saí e dirigi-me ao carro num passo nem muito rápido nem muito lento, o suficiente para não parar pelo caminho e "dar à chave" para voltar a casa.
Viagem de regresso mais concentrada na música (que me pareceu animada, talvez por querer mesmo voltar para casa) e a viagem passou-se bem.
Cheguei a casa... oh não!? O almoço dos amigos do pai!
Ainda fiquei uns minutos sentada no carro a tentar mentalizar-me da ideia. Sai e abri a porta da sala onde todos estavam sentados, já a almoçar. Outra vez todos os olhares se direigiram para a porta onde eu estava. Num sorriso acompanhado de um "boa tarde!" passei pela mesa e subi até casa, para deixar as coisas. Desci e... sentei-me na mesa em que, no meio de 10 homens estavam 2 mulheres e uma criança (e depois eu).
A conversa não me dizia nada. Na minha frente tinha dois homens que falavam bem. Um deles tomou a palavra e não mais se conseguiu falar, ele parecia "incontrolável". Falou de si e dos seus sucessos, que relatava com um grande sorriso e com a voz num "volume elevado". Começou a irritar-me pois não queria ouvi-lo falar apenas dos seus sucessos nem sobre julgamentos e vitórias... olhei à volta e poucas eram as vozes que se ouviam. Ouvia-se uma, de vez em quando, a pedir um pouco de água ou outra coisa, mas tudo em tom de segredo para não interromper o senhor. Irritou-me!
Fugi para a cozinha assim que consegui. Ajudei no que foi preciso e não consegui "fazer sala", esqueci as regras "de etiqueta" e fui para "o meu canto". Sentei-me com música e a deixar-me escrever tudo, como se estivesse a contar uma história, a história do dia sem interesse... o meu!
Troquei uns minutos de conversa na net, umas mensagens no telemóvel e depois deixei-me cair no sofá à espera que o dia passasse por mim quando adormecesse... pois que não adormeci! Fiquei a ver coisas sem interesse na televisão.
Finalmente, ao jantar sim, uma visita simpática que me perguntava, com interesse, como tinha sido S. Tomé. Falei com um sorriso solto e "cheio de vontade". Falei de S. Tomé. Senti a saudade, brilhou-me o olhar e arrepiou-me de saudades. Jantar com conversas, de certa forma, interessantes, é verdade e com um à vontade muito bom. Agora sim, um momento em que falei sobre o que achava acerca da questão, respondi a perguntas, ri, sorri... estive bem e gostei de estar, sem pressas para sair dali. Acabei com um convite para conhecer o projecto da Bússola através da exposição (parece que ficou e, durante o jantar, senti interesse enquanto falei e nas perguntas, nos comentários que fazia e, por me dizer que notava gosto nas palavras).
Fiquei até ao momento de acompanhar a visita à porta.
Um jantar para terminar o dia com um jantar, esse sim, com interesse.
Uma mensagem duma grande amiga (a minha paixão) a pedir e a dar mimo... também sabe bem no final deste dia!!
Acaba-se um dia a escrever imensa coisa para quem quiser passar e ler... para partilhar apenas!
Afinal, os dias podem sempre ter "o melhor" no final, a poucas horas de começar o dia seguinte.
Hoje foi assim, amanhã pode ser diferente!
Há dias assim...
Abro um olho e vejo que começou o dia. Hora de levantar e começar a mexer.
Um banho faz-me entender que é realmente necessário "acordar para o dia" (não que já não estivesse acordada mas fez-me entender que a rotina ia começar a ganhar lugar a partir de hoje). Entre a vontade de cair na cama e a obrigação de ter que sair pus um pé fora de casa e o outro dentro do carro. Como qualquer coisa enquanto saia da garagem.
Percorri o "caminho habitual". Não sei se fui rápida a fazê-lo... a minha cabeça estava a vaguear por tantas coisas que apareciam "de frente" com o meu pensamento que, quando dei por mim, tinha chegado ao meu destino.
Entrei na escola acompanhada por uma amiga. A conversa não estava nada de especial, apenas suficiente para chegar até à sala no passo apressado com que iamos. Já no corredor alguém me chamou e conseguiu soltar-me um sorriso simpático: uma cara nova (caloiro) e conhecida dava-ma os bons dias. Entre dois beijos e um "olá" bem disposto cumprimentei-o mas rapidamente dirigi-me à sala... em 5 passos estava já à porta. Respirei fundo e entrei. Olhares direccionados para a porta por onde entrava... senti-me envergonhada! Sorrisos a darem-me os bons dias: olhei para o vazio e, num sorriso simples, disse um "bom dia!" animado para toda a sala enquanto procurava um lugar onde me pudesse sentar, lá mais atrás, e onde me "perdessem de vista".
Sentei-me e... no meio daquela gente conhecida e amiga senti-me... sozinha! Não porque não estivessem pessoas que me dizem bastante e fazem parte da minha vida mas talvez porque "as mais importantes" não estavam presentes. Deixei-me ficar e senti o mimo da amiga de carteira. Depois limitei-me a tirar um bloco, uma caneta, os óculos e a ouvir a professora de forma a tomar nota de qualquer coisa que pudesse achar importante. Escrevi umas linhas mas... perdi-me! Quando reparei faltava-me um espaço da aulas em que eu não sei "por onde andei". Decidi perder-me mas com consciência. Comecei a escrever.
O tempo passou e nem o senti passar assim. Desabafei com um papel, perdi parte da conversa da professora (que era interessante mas eu não conseguia manter-me atenta) mas, consegui sentir-me bem naquele tempo.
A aula parecia não acabar, 2h já tinham passado e a sala estava a ficar pequena. Num intervalo de 10 minutos consegui andar um pouco, ouvir as conversas que "saltaram para a mesa" (sem grande interesse, novamente) e regressamos à sala.
Na espera ainda tive um comentário simpático da professora que me fez sorrir-lhe e brincar um pouco "com o sorriso agradável" que ela me retribuiu. Retomou a aula. Durou mais de uma hora mas... terminou!
Saí e dirigi-me ao carro num passo nem muito rápido nem muito lento, o suficiente para não parar pelo caminho e "dar à chave" para voltar a casa.
Viagem de regresso mais concentrada na música (que me pareceu animada, talvez por querer mesmo voltar para casa) e a viagem passou-se bem.
Cheguei a casa... oh não!? O almoço dos amigos do pai!
Ainda fiquei uns minutos sentada no carro a tentar mentalizar-me da ideia. Sai e abri a porta da sala onde todos estavam sentados, já a almoçar. Outra vez todos os olhares se direigiram para a porta onde eu estava. Num sorriso acompanhado de um "boa tarde!" passei pela mesa e subi até casa, para deixar as coisas. Desci e... sentei-me na mesa em que, no meio de 10 homens estavam 2 mulheres e uma criança (e depois eu).
A conversa não me dizia nada. Na minha frente tinha dois homens que falavam bem. Um deles tomou a palavra e não mais se conseguiu falar, ele parecia "incontrolável". Falou de si e dos seus sucessos, que relatava com um grande sorriso e com a voz num "volume elevado". Começou a irritar-me pois não queria ouvi-lo falar apenas dos seus sucessos nem sobre julgamentos e vitórias... olhei à volta e poucas eram as vozes que se ouviam. Ouvia-se uma, de vez em quando, a pedir um pouco de água ou outra coisa, mas tudo em tom de segredo para não interromper o senhor. Irritou-me!
Fugi para a cozinha assim que consegui. Ajudei no que foi preciso e não consegui "fazer sala", esqueci as regras "de etiqueta" e fui para "o meu canto". Sentei-me com música e a deixar-me escrever tudo, como se estivesse a contar uma história, a história do dia sem interesse... o meu!
Troquei uns minutos de conversa na net, umas mensagens no telemóvel e depois deixei-me cair no sofá à espera que o dia passasse por mim quando adormecesse... pois que não adormeci! Fiquei a ver coisas sem interesse na televisão.
Finalmente, ao jantar sim, uma visita simpática que me perguntava, com interesse, como tinha sido S. Tomé. Falei com um sorriso solto e "cheio de vontade". Falei de S. Tomé. Senti a saudade, brilhou-me o olhar e arrepiou-me de saudades. Jantar com conversas, de certa forma, interessantes, é verdade e com um à vontade muito bom. Agora sim, um momento em que falei sobre o que achava acerca da questão, respondi a perguntas, ri, sorri... estive bem e gostei de estar, sem pressas para sair dali. Acabei com um convite para conhecer o projecto da Bússola através da exposição (parece que ficou e, durante o jantar, senti interesse enquanto falei e nas perguntas, nos comentários que fazia e, por me dizer que notava gosto nas palavras).
Fiquei até ao momento de acompanhar a visita à porta.
Um jantar para terminar o dia com um jantar, esse sim, com interesse.
Uma mensagem duma grande amiga (a minha paixão) a pedir e a dar mimo... também sabe bem no final deste dia!!
Acaba-se um dia a escrever imensa coisa para quem quiser passar e ler... para partilhar apenas!
Afinal, os dias podem sempre ter "o melhor" no final, a poucas horas de começar o dia seguinte.
Hoje foi assim, amanhã pode ser diferente!
Há dias assim...
domingo, outubro 08, 2006
sábado, outubro 07, 2006
Na minha "puquonez"
Palavras…
Opiniões…
Medos…
Crescer ou ser pequeno…
Tanta coisa e deixei-me levar pela questão do Sr. Alberto Caeiro:
“Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura…”
As pessoas crescem com aquilo que vivem, com grandes decisões, momentos menos bons que ensinam a sacudir o pó e levantar a cabeça, … simplesmente crescem! A altura não interessa, o importante é que os desafios vão-se tornando maiores e cada vez mais exigentes. Eu teimo em dizer que “sou piquininha”… é óbvio! Mal era se eu fosse crescendo e os desafios fossem todos “do mesmo nível”… tudo perderia a piada!
O último desafio foi o que mais me ajudou a sentir que qualquer coisa mudou. Aos poucos, as coisas pareciam pedir mais e mais e exigir que acreditasse mais um bocadinho, e outro, e mais outro… para, com os retalhos que fosse juntando conseguisse costurar uma manta para me aconchegar quando algo parecia correr menos bem. Normalmente, são os outros que chegam e nos aconchegam com o nosso conjunto de retalhos. Mostram-nos os retalhos que viram serem postos e reparam nos mais pequenos pormenores que nos “passam ao lado” mas sempre ali estiveram e não iam fazer sentido noutro lugar; mostram que nem sempre os piores momentos são realmente “os piores” porque têm sempre qualquer coisa boa a ensinar.
É bom quando olhamos para o lado e temos pessoas que nos podem mostrar que, afinal, as coisas fazem sentido acontecerem “assim”.
Tenho crescido…
Cresci!
Porque arrisquei,
porque confiei,
porque falhei,
porque senti medo,
porque pedi e dei colo,
porque rezei,
porque tenho amigos,
porque soube dar e receber,
porque … tanta coisa nos faz crescer!
A seu tempo… a seu tempo eu vou sentir que cresci mas, por mais que cresça, há alturas em que vou continuar a sentir-me bem “piquininha” perante pessoas e situações!
Opiniões…
Medos…
Crescer ou ser pequeno…
Tanta coisa e deixei-me levar pela questão do Sr. Alberto Caeiro:
“Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura…”
As pessoas crescem com aquilo que vivem, com grandes decisões, momentos menos bons que ensinam a sacudir o pó e levantar a cabeça, … simplesmente crescem! A altura não interessa, o importante é que os desafios vão-se tornando maiores e cada vez mais exigentes. Eu teimo em dizer que “sou piquininha”… é óbvio! Mal era se eu fosse crescendo e os desafios fossem todos “do mesmo nível”… tudo perderia a piada!
O último desafio foi o que mais me ajudou a sentir que qualquer coisa mudou. Aos poucos, as coisas pareciam pedir mais e mais e exigir que acreditasse mais um bocadinho, e outro, e mais outro… para, com os retalhos que fosse juntando conseguisse costurar uma manta para me aconchegar quando algo parecia correr menos bem. Normalmente, são os outros que chegam e nos aconchegam com o nosso conjunto de retalhos. Mostram-nos os retalhos que viram serem postos e reparam nos mais pequenos pormenores que nos “passam ao lado” mas sempre ali estiveram e não iam fazer sentido noutro lugar; mostram que nem sempre os piores momentos são realmente “os piores” porque têm sempre qualquer coisa boa a ensinar.
É bom quando olhamos para o lado e temos pessoas que nos podem mostrar que, afinal, as coisas fazem sentido acontecerem “assim”.
Tenho crescido…
Cresci!
Porque arrisquei,
porque confiei,
porque falhei,
porque senti medo,
porque pedi e dei colo,
porque rezei,
porque tenho amigos,
porque soube dar e receber,
porque … tanta coisa nos faz crescer!
A seu tempo… a seu tempo eu vou sentir que cresci mas, por mais que cresça, há alturas em que vou continuar a sentir-me bem “piquininha” perante pessoas e situações!
Quanto ao tamanho… serei sempre a "Piquena"!
sexta-feira, outubro 06, 2006
(A)parte
"A América para V. era o equívoco. Colombo procurava a Índia e descobriu a América..."
Sei bem o que isso é... Ao longo da vida também procurei umas coisas e encontrei outras...
Pelas vezes que vivo para dentro...
Pelas vezes que estou só...
Pelas vezes que percorro dentro de sis ( sejam eles quem forem embalam-me ao som da sua música!!).
Pelas vezes que disse que nunca escreveria num blog...
Aqui estou eu!
Por todas essas vezes vejo que é possível construir dentro de si só uma arca que não se fecha (dentro de si só) mas que se abre aos outros!
Pelas vezes que acreditamos na força das equipas...
Pelas vezes que não vivemos para dentro...
Pelas vezes que não estamos sós...
Aqui estamos Nós!
Duas partes que construirão muitos apartes por aí...
Dentro de si só e em si mesmo a vida prega-nos partidas...
E eu, e eu sei bem o que isso é....
Ao longo da vida também procurei umas coisas e encontrei outras... e....
E ainda bem!!!!
quinta-feira, outubro 05, 2006
Uma noite em "Equipa"
Enquanto percorriamos as muitas fotos de 7 semanas de sonho fomo-nos perdendo...
Perdemo-nos em sorrisos, filmes, memórias... perdemo-nos em S. Tomé!
Foi bom sentir-me acompanhada nos sorrisos, nas piadas, ... em tudo o que falava e, principalmente, não estar sozinha a rever todas aquelas imagens!
Uma noite com a Equipa!
Com a companheira de quarto e com a companheira (gémea) das conversas à beira mar! Melhor que estas horas!? Não peço!
A noite acaba com risos de 3 meninas, em volta de um computador meio "marado", tentando fazer nascer um pequeno espaço... que Dentro de Si Só terá ké ku no guarda junto (o que guardamos juntas).
Obrigada Equipa!
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